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Análise: Doogee Mix 2

Amoom

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A Doogee tem colocado no mercado alguns smartphones que têm criado algum impacto junto dos consumidores e o seu Doogee Mix foi um desses casos, apresentando-se como uma versão de baixo custo do Xiaomi Mi Mix. Mais recentemente, afirmou que ia colocar no mercado o primeiro smartphone com impressão digital integrada no ecrã…

Enquanto essa novidade não chega, a pedido de vários leitores, testámos o Doogee Mix 2 que traz reconhecimento facial e hoje apresentamos a análise completa.




Características Gerais

O Doogee Mix 2 surgiu depois da Apple criar a tendência do reconhecimento facial como método de segurança. Tem um ecrã IPS de 5,99 polegadas, com resolução FullHD+ (2160 x 1080 píxeis), numa proporção de 18:9. É dual-SIM LTE (com suporte da banda 20) ou, abdicando de um cartão SIM, o utilizador pode expandir a memória através de cartão microSD até 256 GB.

O seu processador é um MediaTek Helio P25, vem com 6 GB de RAM e 64 GB de armazenamento interno. O Android encontra-se na versão 7.1.1, com ligeiras alterações àquilo que é o Android na sua forma mais pura com uma interface de utilizador DoogeeOS na versão 2.0. No que respeita à bateria, esta tem uma capacidade de 4060 mAh.



Tem Wi-Fi 802.11 b/g/n e Bluetooth 4.0. Relativamente às câmaras, apresenta-se com câmara frontal e traseira duplas, de 8 + 8 MP e de 16 + 13 MP, respetivamente.


Especificações completas



Na caixa


  • [*=center]1 Smartphone
    [*=center]1 adaptador de corrente
    [*=center]1 cabo USB
    [*=center]1 adaptador USB Tipo-C/jack 3,5mm
    [*=center]1 adaptador USB Tipo-C/microUSB
    [*=center]1 película protetora de ecrã
    [*=center]1 capa protetora em plástico com acabamento aveludado preta
    [*=center]1 clip para remoção do slot para cartões

De notar que o smartphone já traz película protetora de ecrã e de traseira aplicadas.

Hardware e Design

O Doogee Mix 2 destaca-se bastante com o seu design arrojado e robusto. Tem uma estrutura em metal e além do vidro da frente ainda inclui vidro espelhado na traseira. O modelo que recebemos foi o azul, aquele que é talvez o mais impactante dos três disponíveis (existe ainda em preto e dourado).
Nesta traseira espelhada a marca colocou um módulo de duas câmaras e o sensor de impressões digitais e um flash LED de dois tons. Em baixo tem a inscrição da marca.




O ecrã de 5,99 polegadas tem um acabamento 2.5D, ou seja, é ligeiramente curvo nas extremidades, e tem uma proporção de 18:9, oferecendo um maior número de linhas horizontais que o habitual, tendo assim 2160 x 1080 píxeis.

A imagem reproduzida é de grande qualidade para a gama de preços onde o Doogee Mix 2 se enquadra. As cores são equilibradas e realistas e tem uma boa definição de contornos.




Acima do ecrã existe uma câmara de 8 MP, os sensores de luminosidade e proximidade, outra câmara de 8 MP (segundo indicação da marca) e o altifalante principal. Tendo um ecrã “infinito”, o Doogee Mix 2 não apresenta qualquer botão abaixo do ecrã.


Nas laterais, do lado esquerdo, não existe qualquer botão ou ranhura, em baixo existe o altifalante principal, uma porta USB Tipo-C e o microfone. À direita encontram-se os botões físicos de volume e power. Em cima fica a ranhura para os cartões.





Esta lateral em metal ainda tem plástico injetado em cima e em baixo, para que não haja limitação nas antenas e sensores, e está pintado a azul, pelo que uma utilização menos cuidada poderá provocar riscos visíveis nessa estrutura.



Interface e Desempenho

O Doogee Mix 2, apesar de trazer uma interface de utilizador própria, não apresenta muitas alterações face ao que é o Android original, pelo menos no que respeita à sua forma intuitiva de utilização. O Android vem na versão 7.1.1 totalmente funcional em Portugal, com acesso a todos os serviços Google. Adicionalmente, vem com as várias aplicações de utilidade como Calculadora, Gestor de Ficheiros, Rádio FM, câmara fotográfica ou gravador de voz.

Durante os dias de utilização o Doogee Mix 2 comportou-se dentro do esperado: bastante fluido e sem bloqueios. Jogos, navegação na Web, consulta de redes sociais, GPS… tudo sem problemas.




Os resultados de benchmark não são surpreendentes embora que, comparando com outros modelos com resultados idênticos, achei o Doogee Mix 2 um pouco mais fluido, mas eis os resultados:


Resultados de benchmark


  • [*=center]AnTuTu v.6.2.7
    • 64260 pontos

    [*=center]Geekbench 4
    • Single-Core: 816 pontos
    • Multi-Core: 3717 pontos


A segurança

Uma das particularidades do Doogee Mix 2 é o facto de suportar reconhecimento facial como método de desbloqueio, uma característica que várias marcas começaram a adotar com mais força depois da Apple ter lançado o iPhone X. Adicionalmente, inclui os métodos de impressão digital, PIN, palavra-passe e padrão.



Uma das limitações dos métodos de desbloqueio prende-se com o facto do reconhecimento facial anular a impressão digital e vice-versa. Não anula apenas a sua utilização. Ao ativar o reconhecimento facial, as impressões digitais já gravadas, são eliminadas, e o mesmo acontece ao contrário.


No caso do reconhecimento facial, este funciona bem, muito rápido, mas é facilmente enganado com uma foto.


Câmaras

Tenho mesmo que falar das câmaras, Doogee?!
A Doogee tem um bom smartphone, com um bom desempenho, porque é que insiste em colocar algo a que chama de câmara dupla? Os sensores adicionais existem realmente, tanto na frente como atrás, mas simplesmente não funcionam com o propósito que se pretende.

Segundo a marca, na frente colocou 2 câmaras de 8 MP. Este módulo deveria servir para selfies e para o reconhecimento facial. Isso acontece, mas no caso das selfies, o sensor mais mais próximo do altifalante parece não estar lá a fazer nada, já que nenhuma das fotos captadas com câmara frontal, testadas nos vários modos, sofreram alterações com o tapar dessessa câmara.




Ainda assim, as selfies captadas apresentam uma qualidade aceitável (face ao preço) conseguindo haver um bom equilíbrio de cores, mesmo quando existe luz muito forte atrás da pessoa.


A câmara traseira apresenta o mesmo comportamento que a frontal. Temos supostamente dois sensores, onde um deveria ajudar a criar o efeito desfocado atrás do elemento captado, mas estando tapado ou não, o resultado é o mesmo. E o efeito “blur”? Surge sempre igual em todas as imagens, um círculo onde o centro está focado e em volta desfocado. Ainda assim é possível posicionar esse centro e ajustar o nível de desfoco em volta.


Mas as fotografias, de uma forma geral são boas e a própria aplicação da câmara também é bastante completa. Tem modo HDR, mas considero que torna as fotos demasiado claras.

Veja alguns exemplos:

Panorâmica



Blur




Em pormenor

Sem HDR & com HDR




Em casa

Paisagem

Autonomia

O Doogee Mix 2 tem uma bateria de 4060 mAh, conseguindo, segundo o teste PC Mark, 9h14 de utilização intensiva. De uma forma prática, conseguimos ter 2 dias de utilização normal sem qualquer problema. Com utilização intensiva é possível obter mais de 1 dia de utilização. Conta ainda com os modos de poupança de energia comuns.

No que respeita ao carregamento, esta bateria dispõe de carregamento rápido, demorando 120 minutos a carregar na sua totalidade (de 1% aos 100%). Na primeira meia hora carrega apenas 28%, mas como se pode ver pelo gráfico é um carregamento bastante equilibrado ao longo do tempo.


Doogee-Mix-2-carregamento_11.jpg


Veredicto

A Doogee tem conseguido saber criar smartphones a preços equilibrados com um desempenho bastante satisfatório e este Mix 2 é mais uma prova disso. No entanto, o marketing em volta das câmaras duplas causa-me alguma confusão, porque neste caso, tal como já tínhamos visto no Doogee Mix, a segunda câmara não está a fazer rigorosamente nada. Sorte para o consumidor, que não é por causa disso que o preço sobe, encontrando-se disponível por 193,45€.

O facto de trazer tecnologia de reconhecimento facial também é interessante, mas a impressão digital continua a ser muito mais segura.




A construção do Doogee Mix 2 é muito robusta, com bons acabamentos, e torna-se particular, pela sua traseira completamente espelhada. A qualidade do ecrã também impressiona pela positiva, mas em termos de reprodução de som, num volume elevado, é demasiado estridente e com graves pouco nítidos.
 
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