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AMD Freesync vs Nvidia G-Sync: qual o melhor?

Amoom

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Artefactos esporádicos podem rapidamente estragar a experiência nos jogos. Por vezes os jogadores são confrontados com ruturas não intencionais da imagem, o efeito chamado de Tearing, a igualmente desagradável trepidação insistente que pode ocorrer apesar do ritmo constante de imagens, além de outros “defeitos”. A AMD quer pôr fim a esses aborrecimentos com a Freesync.

O Pplware examinou a tecnologia e deixamos uma análise aprofundada do melhor que existe no mercado.


Muito aconteceu no mercado de monitores nos últimos três anos: a resolução Full HD clássica é cada vez mais substituída por monitores de alta resolução com WQHD ou mesmo UltraHD. Além disso, ecrãs simples de 60 Hz (60fps) receberam concorrência adicional. 120Hz ou mesmo 144Hz despertam a atenção dos fãs de fps em ritmo acelerado ou títulos de estratégia em tempo real de alta velocidade.
Os monitores com taxas de atualização variáveis são particularmente interessantes. Os leitores mais atenciosos conhecem este tipo de monitores pelo menos desde a introdução do G-Sync da Nvidia. Durante muito tempo esses monitores não tinham alternativas, sendo adequados apenas para quem tinha placa gráfica da Nvidia, mas agora a resposta da AMD para esta tecnologia está disponível e já detém cerca de 85% do mercado atual. O nome em causa chama-se de Freesync e, tal como o G-Sync, consegue apresentar uma imagem visivelmente mais calma, mais suave e com melhor qualidade.
AMD Freesync: no duelo com Nvidia


Os críticos do G-Sync da Nvidia estão um pouco perturbados pelo facto de este mesmo ser o proprietário da tecnologia de Scaler. Para beneficiar de taxas de atualização variáveis, os monitores compatíveis devem ser equipados com um chip Scaler especial, disponível apenas em monitores certificados pela própria Nvidia. Isso não é um custo que fica só do lado dos fabricantes de monitores, mas também dos consumidores, visto que o custo dessa linha de produção adicional para implementação desse chip de Scaler especial será passado no preço para o utilizador final.

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O segundo problema é que G-Sync é apenas compatível com as placas gráficas Geforce. Para se beneficiar do G-Sync, os utilizadores necessitam pelo menos de uma Geforce GTX 650 Ti ou de um modelo de qualidade superior da Nvidia. Os proprietários placas gráficas Geforce mais antigas ou placas gráficas Radeon não tinham nemhuma opção semelhante até há bem pouco tempo. Isso muda com o lançamento do Freesync e Freesync 2.0 com suporte para HDR.

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A tecnologia “Dynamic Refresh Rate” da AMD é comercializada sob o nome de Freesync e visa proporcionar os mesmos benefícios do G-Sync da Nvidia. Consequentemente, as pequenas paragens esporádicas nas imagens durante os jogos e o incomodo Tearing passarão a ser “coisa do passado”. Além disso, de acordo com a AMD, não é necessário hardware adicional. O Freesync é uma solução única de software (além do Scaler compatível com Adaptive-Sync no monitor e do Display-Engine no GPU).
Para os fabricantes de monitores, isso significa que não há custo adicional na produção de dispositivos compatíveis com Freesync pois, continuam a usar o seu próprio Scaler ou Scalers de terceiros. Isso poderia levar a um ajuste dinâmico menos eficiente da taxa de atualização, uma vez que a placa gráfica, ao contrário do que acontece com o G-Sync, não pode comunicar diretamente com o monitor, onde essa comunicação teria obrigatoriamente que passar primeiro pelos drivers da placa gráfica.
Problema número um: Tearing é algo muito feio


Se a taxa de atualização do monitor não estiver em linha com o framerate do jogo, isso irá causar “um rasgar” involuntário na imagem, algo que se torna perturbante. A imagem abaixo mostra como o efeito funciona.
Dependendo do cenário, o Tearing pode ser mais ou menos desagradável, mas definitivamente não é atraente. A solução nesta situação é a chamada “V-Sync”. Isso irá sincronizar a saída da imagem do jogo com a taxa de atualização do monitor. Como resultado, não há mais rasgos, o conteúdo da imagem é exibido corretamente e sem perturbar as fissuras, por isso vale a pena jogar com a sincronização de imagem ativada. No entanto, o V-Sync não é uma solução ideal. Abaixo perceberá a razão.

Problema número dois: paragens esporádicas nas imagens


Uma situação que provavelmente todos os jogadores conhecem: estamos a meio do nosso jogo favorito e de repente a imagem para por uns milésimos de segundo, o suficiente para perdermos uma batalha renhida. Bom, isso acontece frequentemente, mas geralmente só nos irritamos com esse pormenor quando temos uma tarefa difícil pela frente e onde qualquer perturbação poderá fazer a diferente. Facto é que a imagem para frequentemente e num jogo suave é praticamente impossível, o que impede que a nossa experiência de jogo seja ainda mais significativa. O primeiro pensamento que vem à mente da maioria dos jogadores é: “O desempenho simplesmente não é suficiente, preciso atualizar o hardware ou reduzir detalhes”.
Isso ajuda em muitos casos, mas não em todos, porque existem muitos tipos e causas para estas ocorrências. O clássico aqui é, naturalmente, a taxa de imagens, chamada de Frametime baixa e não sequencial. Quando estamos a ver um filme temos, geralmente, 24 imagens por segundo. A imagem parece suave porque simplesmente a televisão ou monitor já sabem qual imagem, formato e tempo da próxima imagem a renderizar. O mesmo não se aplica em jogos visto que a próxima imagem depende sempre do movimento e ações do jogador ou em jogos online do movimento e ações do jogador e de todos os outros.
Se um jogo só é executado com 30 imagens por segundo ou menos, a imagem não é suave e para sequencialmente, o que leva a uma experiência pobre de jogo. Aqui faz sentido reduzir os detalhes, a resolução, ou até uma atualização do hardware, para resolver o problema. Mas o que fazer quando 45, 50 ou mesmo 60 imagens por segundo são alcançados e a imagem ainda parece estranha com várias paragens espontâneas e fluidez inconstante do jogo?
Como já foi explicado, muitas vezes vale a pena ativar o V-Sync para obter as imagens suaves em diferentes taxas de imagens por segundo. No entanto, se a taxa de atualização não coincide exatamente com a taxa de atualização do monitor (normalmente 60 Hz), a sincronização com V-Sync causará pequenos empurrões nas imagens, mesmo que a taxa de fps seja realmente alta o suficiente para fornecer imagens fluidas. Esta “gagueira” pode ser eliminada desligando o V-Sync, o que então faz com que as ruturas nas imagens ocorram de novo.
Possível solução: maiores taxas de atualização


Para minimizar o rasgo e Tearing das imagens é útil aumentar a taxa de atualização do monitor. Um pequeno exemplo de cálculo: A 60 Hertz, um monitor pode exibir uma nova imagem a cada 0.016 segundos, a 120 Hertz já será a cada 0,008 segundos e a 144 Hertz a cada 0,007 segundos (todos os valores são arredondados). Quanto mais frequentemente a imagem poder ser atualizada no monitor, mais curtas são as etapas entre cada conteúdo da imagem. Isso leva à apresentação de uma imagem mais suave, especialmente em movimentos rápidos ou animações agitadas.
Então percebemos que a sincronização da taxa de atualização do monitor com a taxa de atualização da placa gráfica vale a pena, não fosse a infelicidade de isso apenas funcionar de forma limitada: é praticamente impossível que um GPU ofereça uma taxa de amostragem constante de 60, ou 120, ou 144 imagens por segundo em cada situação, dependentemente dos polígonos, texturas e efeitos que tem que renderizar naquele preciso momento. No entanto, o monitor é inflexível neste ponto, então há desvios entre a taxa de fps e a taxa de atualização, o que leva a artefactos perturbadores nas imagens. Isto é exatamente onde G-Sync e Freesync entram.
AMD Freesync: melhor qualidade de imagem graças à taxa de atualização variável



O conceito por detrás do Freesync e G-Sync é muito simples: garante que a taxa de fps do jogo seja sempre consistente com a taxa de atualização do monitor. Em poucas palavras, imaginemos a tecnologia como se o V-Sync estivesse sempre ativo e não apenas a 60 Hz. Alguns leitores podem até dizer: “mas se eu posso apenas ativar o Adaptive Sync, então o V-Sync será ativado quando necessário e será simplesmente desativado abaixo do limite de 60 Hz “.
Isso é, em princípio, correto, mas traz algumas desvantagens, pois sempre que a taxa de fps do jogo cai abaixo da taxa de atualização do monitor com o V-sync desligado teremos novamente Tearing. O Freesync permite a total eliminação de ambos os fatores perturbadores. A imagem abaixo mostra esquematicamente como a composição da imagem com Freesync funciona e como difere em monitores clássicos.

As paragens abruptas de imagens na sincronização com o V-Sync e fps abaixo da taxa de atualização são igualmente eliminadas com Freesync. Isso tem o efeito positivo adicional de que os jogos ainda parecem fluidos, apesar dos números fps relativamente baixos.
Existem vários vídeos disponíveis pela internet que mostram o problema com precisão. Abaixo pode ver um deles:

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No entanto, deve-se dizer que o efeito na realidade é ainda mais pronunciado do que pode ser mostrado em qualquer vídeo. Isso ocorre porque a câmara só pode gravar a uma taxa de atualização fixa. Se tiver a oportunidade de obter uma visão direta da tecnologia por um comerciante ou amigo, recomendamos que o faça.
AMD Freesync: os requisitos do sistema


A nova tecnologia da AMD não é compatível com qualquer hardware. As tabelas abaixo mostram uma visão geral do hardware disponível atualmente com Freesync. Na teoria, o Freesync também poderia ser compatível com as placas gráficas Geforce, uma vez que, ao contrário de G-Sync da Nvidia, é apenas uma solução de software (desde que o GPU suporte o padrão Adaptive Sync do DisplayPort 1.2a, HDMI 1.4).
No entanto, uma vez que a Nvidia estaria a pôr em risco os próprios produtos e ganhos exorbitantes sobre os mesmos, no caso das suas placas gráficas suportarem o Freesync, não esperamos ver uma solução oficial. Inicialmente ainda existiram alguns drivers modificados que possibilitaram a utilização de Freesync com placas gráficas Geforce, até que a Nvidia bloqueou o acesso aos seus drivers open source.
Abaixo poderá ver a lista de todos os monitores FreeSync atualmente disponíveis no mercado:

AMD Freesync: primeira conclusão


Os nossos primeiros passos com Freesync interessantes. Tanto o Freesync como o G-Sync são as tecnologias em monitores mais interessantes até a data. O Freesync é notavelmente positivo com taxas de fps entre os 30 e 60. Sem o V-Sync ativo, acontecem frequentemente os tais rasgos na imagem que prejudica a experiência de jogo, mas que agora estão resolvidos graças à taxa de atualização adaptativa.
Com o V-sync ativo, as taxas de fps entre 30 e 60 já não “gaguejaram” tão frequentemente.
Graças ao Freesync, este tipo de problemas também já não ocorre, pois cada nova imagem é apenas exibida após ser processada. Como resultado, os jogos sentem-se muito mais suaves e a qualidade de imagem aumenta significativamente, mesmo quando o número de fps é inferior com o Freesync ativo.
Atualmente, não existe um vencedor claro entre o Freesync ou G-Sync. Visualmente, as duas tecnologias equiparáveis, embora haja quem diga que o G-Sync tem um toque mais suave; mas isso pode estar no olho subjetivo do observador. De qualquer forma, fica claro que qualquer uma destas tecnologias é benéfica à experiência final. Além disso, no futuro, seria interessante que a AMD e a Nvidia se abstivessem das suas tentativas de se apropriarem da tecnologia relacionada com as taxas de atualização adaptativas, de forma ao mesmo monitor poder ser compatível com a tecnologia de ambas marcas de placas gráficas. A AMD deu o primeiro passo nesta direção, esperemos que a Nvidia faça o mesmo.
 
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