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Países com os melhores sistemas nacionais de saúde

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Andorra, Islândia e Suíça lideram a lista dos melhores sistemas de saúde do mundo, segundo um estudo divulgado. Portugal surge em 31º lugar no ranking.

Publicado na revista britânica The Lancet, o estudo tem como base um índice que mede a qualidade e o acesso aos sistemas de saúde.

A eficácia de cada país foi estabelecida de acordo com as taxas de mortalidade de 32 doenças das quais os óbitos podem, em tese, ser evitados com um acesso rápido a um atendimento eficaz (tuberculose, cancro de mama, leucemia, algumas doenças cardiovasculares, entre outras).

Entre 1990 e 2015, foram examinados 195 países, com uma pontuação de 0 a 100:
- Andorra ficou em primeiro lugar com 95 pontos;
- Seguida da Islândia (94);
- Suíça (92).
Treze dos 15 primeiros colocados estão na Europa Ocidental, como Espanha (8º, com 90 pontos) e França (15º, com 88 pontos). Os outros dois são Austrália (6º, 90) e Japão (11º, 89). Os Estados Unidos ficaram no 35º lugar (81) e o Reino Unido em 30º (85), antes de Portugal (85) em 31º. No fim da lista aparecem a Somália (34), Afeganistão (32) e a República Centro-Africana (29).

A média dos resultados aumentou consideravelmente desde 1990, passando de 40,7 a 53,7. "No total, 167 países viram o acesso e a qualidade de seus sistemas de saúde aumentar de maneira significativa", destaca o estudo.

Mais desigualdades

As desigualdades, no entanto, cresceram. A diferença entre o primeiro país da lista e o último era de 66 pontos em 2015 contra 62 pontos em 1990.

10 doenças perigosas (e silenciosas) que não apresentam sintomas.

São perigosas por isso mesmo: podem ser completamente assintomáticas. Evoluem e só se tornam detectáveis quando já há pouco a fazer.

Conheça 10 exemplos:

Apneia do sono: A incorrecta oxigenação do sangue que ocorre durante a noite induz problemas graves como o aumento do trabalho cardíaco, hipertensão arterial, arritmias cardíacas, aumento significativo do risco de enfarte agudo do miocárdio e alterações hormonais.

Ovário policístico: A síndrome do ovário policístico é uma doença grave em certos casos e pode ser perigosa por causa das complicações a ela associadas. Oligomenorréia (ciclos menstruais frequentes) ou amenorréia (ausência de menstruação) são conhecidos por predispor à hiperplasia endometrial e carcinoma endometrial em casos não tratados.

Hipertensão: Absolutamente silenciosa, a hipertensão arterial não apresenta sintomas na maioria dos casos. A hipertensão arterial associa-se tanto à doença coronária, como ao AVC e à insuficiência e é o factor de risco cardiovascular modificável mais frequente, razão pela qual o seu tratamento é essencial na prevenção daquelas doenças. Estima-se que a prevalência de hipertensão arterial na população adulta portuguesa seja de 42,1%.

Glaucoma: O glaucoma é uma das principais causas de cegueira nos adultos. Estima-se que uma em cada sete pessoas cegas seja vítima de glaucoma. Quase todas essas pessoas apresentam visão normal durante uma parte das suas vidas: o glaucoma raramente se manifesta antes dos 35 anos e a perda de visão ocorre geralmente aos 40, 50 ou 60 anos. As pessoas afectadas são apenas vagamente incomodadas pelos sintomas, que são transitórios, e por isso adiam a consulta ao médico oftalmologista.

Melanoma: Pode passar despercebido por se assemelhar a um sinal. Mas o melanoma maligno, doença do foro oncológico cada vez mais frequente e potencialmente letal, tem origem nas células do sistema de pigmentação da pele, isto é, nas células (melanócitos) que produzem o bronzeado após a exposição ao sol. Estima-se que 80% dos cancros da pele sejam originados pela exposição solar intensa.

Diabetes tipo II: Inicialmente a diabetes não apresenta qualquer sintoma. A diabetes é uma doença metabólica crónica, que pode ter várias causas e que se caracteriza pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue (glicémia). Esta alteração é acompanhada por outras alterações do metabolismo. A Diabetes é responsável por várias complicações que diminuem a qualidade de vida, podendo provocar a morte precoce. É uma doença que não tem cura.

Periodontite: A doença periodontal é uma doença silenciosa e indolor que é devastador para a sua saúde oral. Esta doença começa com a acumulação de placa bacteriana que se aloja no espaço entre o dente e a gengiva. Se não for removida diariamente através de uma escovagem eficaz, a placa bacteriana calcifica formando o tártaro. O tártaro é extremamente lesivo para a saúde das gengivas, osso alveolar e ligamento periodontal. É responsável pela perda do suporte ósseo dos dentes fazendo com que dentes saudáveis tenham que ser removidos.

Hepatite C: - A hepatite C evolui com muita frequência para formas crónicas. Estima-se que existam 150.000 portadores crónicos deste vírus em Portugal. Os principais afectados são os consumidores de drogas injectáveis. O contacto sexual é uma forma possível de infecção mas é menos comum. Pode evoluir para uma doença hepática grave e é em Portugal, a principal causa de cancro do fígado (60% do total de casos). Em muitos casos, a hepatite não se associa a quaisquer sintomas.

Osteoporose: A osteoporose é caracterizada por diminuição da massa óssea e deterioração da arquitectura do osso, conduzindo ao aumento do risco de fractura. As fracturas osteoporóticas afectam mais frequentemente as mulheres pós-menopáusicas e os indivíduos idosos e representam um grave problema de saúde pública devido à sua elevada prevalência, à diminuição da qualidade de vida e aos custos económicos e sociais. Os sintomas da osteoporose apenas surgem quando a doença está muito avançada, quando já se teve uma fractura ou quando se está nessa eminência.

Aneurisma cerebral: Um aneurisma cerebral corresponde a uma zona de fraqueza da parede de um vaso sanguíneo intracraniano que tende a dilatar-se, ficando preenchido com sangue. Quando os aneurismas cerebrais são de dimensões reduzidas, raramente sangram ou causam problemas. A maioria dos aneurismas cerebrais não se associa a sintomas até o momento em que aumentam de dimensões ou que rompem. As principais complicações da sua rotura são o acidente vascular cerebral, lesões cerebrais permanentes ou morte.

Cancro do pulmão: Os sintomas de cancro do pulmão surgem tarde demais e não são exclusivos, podendo ser facilmente confundidos com outras doenças. Falta de ar e tosse com sangue são alguns destes sintomas. Ao contrário das células normais, as células de cancro do pulmão não respeitam as fronteiras do órgão podendo invadir os tecidos circundantes e disseminar a outras partes do organismo. A este processo dá-se o nome de «metastização». O cancro do pulmão é também a causa mais frequente de morte por cancro.

O estudo também destaca a diferença entre a eficácia real dos países e aquela que o seu nível de desenvolvimento deveria representar. Desta maneira, entre os países que registaram um avanço considerável de acesso e qualidade do atendimento médico desde 1990 estão a Coreia do Sul, Turquia e China. Na América Latina, um dos destaques é o Peru, que registou um avanço de 23,7 pontos entre 1990 e 2015. O estudo aponta alguns factores que podem influenciar o resultado: melhores condições financeiras do sistema de saúde ou de governação.

Mas há uma grande diferença de rendimento dos sistemas de saúde entre os países latino-americanos. "Estes resultados parecem uma advertência: o aumento do nível de desenvolvimento não implica necessariamente uma melhoria da qualidade e do acesso ao sistema de saúde", comenta o coordenador do estudo, o professor Christopher Murray, do Instituto de Medidas e Avaliações da Saúde (IHME) da Universidade de Washington.

Desta maneira, a diferença do rendimento real dos Estados Unidos e o que se esperaria é de menos de 10 pontos, resultado que chega a 25 pontos no caso da África do Sul. Ao contrário, para os primeiros países da lista, a diferença é nula. O estudo foi financiado pela fundação Bill & Melinda Gates.

http://www.thelancet.com/pdfs/journals/lancet/PIIS0140-6736(17)30818-8.pdf

https://lifestyle.sapo.pt/saude/not...s-com-os-melhores-sistemas-nacionais-de-saude
 

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Sistema de Saúde na Suíça

O sistema de saúde funciona na Suíça?

O sistema de saúde suíço é reputado como um dos melhores do mundo. Mas numa era em que a saúde é um tema de debate em vários países, indagamos se o sistema suíço está funcionando para aqueles com renda baixa ou moderada, bem como para os ricos. O índice Euro Consumidor de Saúde 2016 coloca a Suíça como segundo entre 35 países, atrás da Holanda, em termos de indicadores globais. Descreve o sistema suíço como excelente, embora caro. Mas os prémios de seguro de saúde, pagos a empresas privadas, são actualmente a segunda causa mais comum de endividamento das famílias na Suíça após os impostos, e estes prémios têm aumentado a cada ano.

Uma recente reportagem da emissora pública suíça RTS intitulada "Seguro de Saúde: aqueles que já não podem pagar", descobriu que no cantão francófono de Vaud, em alguns centros de assistência social, três em cada quatro pessoas buscam ajuda porque estão afogadas em dívidas pelos seus prémios de seguro de saúde. Também relata que uma pessoa em cada dez não procura tratamento médico por razões financeiras. Santésuisse, a maior organização representativa das seguradoras de saúde privadas, diz estar preocupada pelo facto de os prémios de seguro de saúde serem motivo de endividamento.

Subsídios Estatais

Uma vez que ter um seguro de saúde e pagar seu prémio mensalmente é uma obrigação legal, a lei suíça também prevê subsídios estatais para aqueles que lutam para pagar. Se o seu prémio de seguro de saúde é maior do que 8% de sua renda, pode ter direito a subsídios. Em Setembro de 2014, houve um referendo popular sobre a proposta de substituir as 67 seguradoras de saúde privadas por uma seguradora nacional para o seguro de saúde obrigatório. A proposta não conseguiu maioria em todo o país, mas conquistou a maioria em alguns cantões, incluindo Vaud.

https://www.swissinfo.ch/por/socied...o-sistema-de-saúde-funciona-na-suíça/43190940

Como funciona o sistema de saúde na Suíça?

O sistema de saúde na Suíça é um dos melhores do mundo, e possui hospitais com excelentes instalações, e os utentes não enfrentam filas, e dispõe de equipamentos com tecnologia de ponta, mas os custos deste sistema de saúde são elevados. Por lei, qualquer pessoa que vive na Suíça é obrigada a fazer um seguro de saúde. Existem muitas seguradoras, cada uma com preços diversos que variam conforme a idade do assegurado e o cantão onde vive. Existem também planos complementares. Cada seguradora oferece dezenas de opções como medicina alternativa, seguro de viagem, medicina dentária, fitness, etc. As seguradas decidem o que reembolsar, por isso é aconselhável escolher aquela seguradora que oferece o preço mais económico, visto que com o plano base em qualquer seguradora, o cliente terá direito as mesmas prestações.

Algumas das principais prestações do plano base obrigatório:

Tratamento ambulatório: o assegurado tem direito a uma assistência médica completa e personalizada. O atendimento é feito no consultório médico do cantão de residência.

Internação: se o tratamento ambulatório não é suficiente, o paciente tem o direito a internação hospitalar em quartos colectivos. O plano cobre todos os custos de estadia, tratamentos e exames prescritos pelo médico.

Medicamentos: pagam-se apenas os medicamentos que estão registados na lista oficial; o mesmo acontece com exames laboratoriais e esses devem ser prescritos por um médico.

Fisioterapia: no máximo nove sessões distribuídas em 3 meses, e se prescritas pelo médico.

Gravidez e parto: 7 exames de controlo e 2 exames de ultra-som. Se a gravidez for de risco, o plano base paga todos os exames.

Prevenção: a vacina infantil até aos 16 anos; exame preventivo ginecológico 1 a cada 3 anos; mamografia a partir dos 50 anos a cada 2 anos.

Se o assegurado quiser algo mais do que o plano base, poderá usufruir do seguro complementar em que cada serviço extra como medicina dentária, psicoterapia, quartos privados em hospitais, fitness, seguro de viagem e outros, tem um custo suplementar. Além de todas essas informações existem a franquia que é a única opção determinante para o preço final do seu plano de saúde. Para os adultos e os jovens as franquias vão de 2500 euros (a mais alta) a 300 euros (a mais baixa). Quanto mais alta a franquia, menor será a mensalidade a pagar e vice-versa.

Como funciona a franquia?

Se o assegurado pensa que está tranquilo porque pagou a sua mensalidade e pode usufruir de tudo que oferece o seu plano de saúde sem pagar mais nada, está muito enganado. Na Suíça, ao consultar um médico, fazer fisioterapia ou ficar internado, recebe uma factura em casa para pagar. Só depois o assegurado envia para a seguradora a factura paga para eventual reembolso. Em teoria, parece que a seguradora reembolsa todas as despesas com a saúde, mas não é assim. O reembolso acontece somente quando a franquia foi coberta.

Todo o sistema de saúde na Suíça é privado, e paga-se caro por isso. Este sistema de saúde funciona desta forma desde 1996, e foi decidido pelos suíços que deve continuar privado, apesar das discussões acaloradas acerca da subida dos preços do seguro de saúde.
 

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Sistema de Saúde na Holanda

O sistema de saúde holandês é uma interação interessante dos serviços de saúde público e privado. O governo holandês não está nos serviços de saúde do dia-a-dia, apesar do facto de que existem muitas instalações médicas do governo. Em geral, os médicos particulares são os principais responsáveis pela prestação de serviços do dia-a-dia, enquanto o governo é responsavel da supervisão e controle de qualidade e acessibilidade dos serviços de saúde do país como um todo.

Em 2006, foram introduzidas reformas legislativas que tornou obrigatório para todos os residentes da Holanda obterem algum tipo de seguro de saúde extensivo. Isso praticamente eliminou as diferenças que podiam haver existido entre os sistemas de saúde públicos e privados já que todos no país são agora cobertos por apólices de seguro pessoal. Este novo regime de seguro fez com que todas as companhias de seguros de saúde que operam na Holanda ofereçam um mínimo de cobertura onde o governo estipulou os valores dos prémios.

O que isto significa é que, enquanto os indivíduos são obrigados a obter cobertura de seguro de saúde, normalmente só vão receber o valor mínimo de cobertura exigido por lei, deixando-os expostos em caso de doença ou acidente grave. No entanto, o sistema que foi instituído na Holanda, tem provado ser uma alternativa adequada contra o tradicional debate de seguros de saúde público e privado, e por esta razão tem recebido elogios de todo o mundo por suas conquistas.

O sistema de saúde holandês é criado em torno do médico de família. É este médico de família que é responsável pela saúde mental e física da comunidade, de tal forma que quase todos os habitantes da Holanda são registados com um médico de família. No caso de um paciente precisar ir ao hospital é o médico particular que irá fazer esta recomendação, ou no caso de uma emergência, fornecer detalhes adicionais para os funcionários do hospital. Este nível de familiaridade entre pacientes e médicos muitas vezes não é alcançado em muitos outros países, e faz do sistema de seguro de saúde holandês especial.

Em 2003, o governo gastou 8,9% do seu PIB total em saúde, e embora esta quantia ficou abaixo dos níveis gastos em muitas outras nações europeias, ainda assim era extremamente elevada. A instituição que controla os planos de "seguro de saúde" do país fizeram várias mudanças que contribuíram para uma melhoria do sistema de saúde, e removeu muitos dos obstáculos relacionados com o sistema antigo. Os estrangeiros no entanto continuam a ter problemas com o sistema, especialmente porque os que faltam documentos de residência não são elegíveis para participar do regime de seguro do país, e devem por sua vez confiar no seu próprio seguro.

Na Holanda não existe sistema público de saúde, ou seja, desde 2006, quando uma profunda mudança foi realizada nessa área, todos os residentes no país precisam obrigatoriamente ter um seguro. Os que não o possuem estão sujeitos a multa. A não existência de um sistema público de saúde não significa que o governo não interfira nessa área; na verdade trabalha conjuntamente com as seguradoras, definindo o que deve ser coberto.

O valor do seguro básico fica em torno de 80 euros mensais (não inclui dentista), e o mais caro, aproximadamente 160 euros (incluindo dentista, e outros serviços como por exemplo, fisioterapia, medicina dentária, etc.). É importante ficar atento à franquia e que precisa ser paga caso se utilize determinados serviços; para informações mais detalhadas sobre franquia deve-se contactar a seguradora.

Crianças e adolescentes até aos 18 anos não pagam seguro. Até aos 4 anos, fazem suas consultas periódicas nos "consultatiesbureaus" (consultórios específicos para esses meninos), e dos 4 aos 18 anos, os profissionais de saúde estão vinculados à escola.

Cada clínica tem seu próprio modo funcionamento, e os médicos atendem quatro vezes por semana, durando a consulta até meia hora, atendendo os telefonemas dos pacientes que têm dúvidas, e também há a possibilidade de consultas online ou em casa.

O funcionamento do sistema de saúde holandês:

As consultas com o médico de família são curtas, com duração média de 15 a 20 minutos; se o utente quiser tempo extra tem que solicitar à assistente aquando da marcação da consulta.

Os médicos são bastante objectivos e dão poucas explicações sobre o resultado dos exames. O paciente não recebe o resultado dos exames: este é directamente enviado ao médico, que apenas dirá se está tudo bem ou não.

O médico interfere o menos possível no processo de cura, ou seja, deixa que o corpo combate a doença com seus próprios recursos, portanto o remédio só é dado em último caso. Geralmente é receitado Paracetamol. Caso um remédio seja indicado, é enviado directamente à farmácia.

Exames de detecção de cancro do colo de útero e mamografia são solicitados a cada cinco anos. O paciente recebe um comunicado em casa, aconselhando a marcar uma consulta com seu médico e recebe o resultado em aproximadamente quatro semanas. Mas se o médico de família enviar a um especialista, as filas são longas só para uma consulta. Mas o médico de família pode acelerar o processo.

Curiosamente, a filosofia de interferir o menos possível no processo de cura é cultural e está fortemente arraigada na maneira dos holandeses lidarem com a dor. Mesmo até com doenças mais sérias, eles lidam de maneira mais serena.

 

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Sistema de Saúde Britânico

O Serviço Nacional de Saúde, National Health Service (NHS) é o nome habitualmente utilizado para referir-se aos quatro sistemas públicos de saúde do Reino Unido, embora actualmente, em geral, seja apenas ao serviço de saúde da Inglaterra que é correctamente chamado de Serviço Nacional de Saúde sem qualquer outra qualificação.

O National Health Service (NHS) emprega 1,3 milhão de pessoas, atende a 1 milhão de pacientes a cada 36 horas, e é considerado a maior estrutura de saúde pública do mundo. Devido ao seu tamanho gigantesco e complexidade, a qualidade dos serviços prestados poderá variar dependendo da região onde se mora. O NHS é frequentemente criticado pelos meios de comunicação social britânicos, mas as pesquisas mostram que a maioria da população britânica está satisfeita com o atendimento recebido. O National Health Service faz cobertura universal, baseando-se nos princípios de equidade e integralidade, com excepção dos serviços oftálmicos, dentários e de dispensação de medicamentos.

Por ter o princípio de cobertura universal, têm direito ao atendimento gratuito do NHS:
- Os residentes legais com residência permanente;
- Refugiados;
- Estudantes matriculados no curso de no mínimo, 15 horas semanais, e com visto de estudante válido por mais de seis meses, assim como seus familiares;
- Solicitantes de asilo;
- Pessoas com autorização para poderem trabalhar na Inglaterra.
Turistas e estudantes matriculados em cursos inferiores a 6 meses deverão pagar por um seguro de saúde, porém, em casos de emergências em que a pessoa corra risco de morte, basta dirigir-se ao sector de emergência de qualquer hospital (os chamados Accidents and Emergency Department) para ser prontamente atendido. Tal direito ao atendimento também é aplicável para imigrantes ilegais no país, porém, com posterior cobrança pelos serviços prestados.

Para ter acesso ao NHS, é necessário fazer um cadastro nacional e realizar uma consulta de rotina com um médico, o qual listará as doenças pregressas e actuais do utente. Esse médico acompanhará o paciente e o encaminhará para especialistas quando necessário. Além disso, o acesso aos medicamentos é gratuito para crianças, gestantes, idosos e pessoas carentes.

Assistência Social

Os serviços de assistência social auxiliam pessoas que necessitam de suporte devido a doença, invalidez, velhice ou pobreza, e tais serviços se encontram disponíveis a todos os indivíduos. Todavia, o cuidado social se mostra sujeito a regras em relação às suas necessidades e capacidade.

As autoridades locais (conselhos) são responsáveis por prover os serviços de assistência social àqueles que necessitam deles e se encontram elegíveis para desfrutar do serviço. Após as avaliações financeiras e de necessidades, as autoridades locais podem aceitar pagar parcial ou completamente pela assistência e suporte que o indivíduo precise. Esses serviços de assistência social financiados pelo conselho podem ser fornecidos por "provedores independentes" - empresas ou instituições de caridade especializadas na prestação de serviços de assistência social.

A maior parte da população tem de pagar por toda ou por parte de seu próprio cuidado e suporte, sendo que as autoridades locais devem avaliar as necessidades de cuidado e apoio dos indivíduos, e a partir disso, aconselhá-los sobre os serviços locais relevantes. Os serviços de assistência social podem tomar várias formas, e o indivíduo pode conseguir ajuda nas mais diversas localidades, não somente em casa, mas também na sua comunidade.

Farmácias


A maior rede de farmácias é a Boots que está presente em toda parte do país. Embora nem sempre tenha o melhor preço, terá praticamente o que o utente precisa. Existem outras farmácias como a Superdrug e Lloyds Pharmacy. Há farmácias situadas dentro dos grandes supermercados como Tesco e Asda, e também farmácias de bairro.

É importante notar que as farmácias vendem remédios que precisam de receita. Antibióticos por exemplo só podem ser obtidos com a receita médica. Há no entanto, uma variedade imensa de remédios genéricos disponíveis nas prateleiras para a maioria dos problemas comuns que se poderá comprar sem necessidade da receita médica. Em relação aos preços dos remédios (sem contar os que são prescritos pelo GP que custam 7,20 libras), a diferença de preço entre as farmácias geralmente não varia muito, mas se precisar de um medicamento muito caro, verifique a possibilidade de o seu GP passar uma receita médica.

NHS – o que é e como funciona?

O National Health Service ou NHS, como é mais conhecido, é o maior sistema público de saúde e o mais antigo do mundo. Todos que vivem legalmente no Reino Unido, inclusive os estudantes com visto "Tier 4 General", têm direito a consultas, atendimentos, tratamentos, e em alguns casos, até medicamentos gratuitos. Todos os bairros de Londres contam com um General Practitioner Surgery (GP), que funciona como um centro de saúde local. Um médico geral é designado como médico responsável para cuidar das pessoas registadas em determinado bairro. Ele é quem faz as consultas, e se achar necessário, encaminha o paciente para um especialista.

Para poder ter direito aos benefícios médicos oferecidos pelo NHS, o utente tem de ir ao GP mais próximo de sua casa com seu documento de identidade e comprovativo de residência. Será necessário solicitar um formulário de registo e preenchê-lo com dados pessoais e informações a respeito do seu histórico de saúde. Uma vez registado, receberá um número de identificação de paciente, além do nome de sua farmácia local onde devem ser retirados os medicamentos gratuitos prescritos por seu médico (nem todo medicamento é gratuito).

Para marcar uma consulta, pode ser feito por telefone ou pessoalmente. Caso a pessoa ainda não seja registada e precise de um atendimento imediato, deve dirigir-se às clínicas gerais chamadas de "walk-in centres". Nessas clínicas não é necessário agendamento prévio e o atendimento é por ordem de chegada. Algumas clínicas podem cobrar uma taxa pelo atendimento.

O NHS também disponibiliza um serviço 24 horas de apoio ao paciente, através do número de telefone 111 para pessoas que precisam de uma ajuda rápida que não seja uma emergência. O número é gratuito para telefones e telemóveis. Deve ligar para 102 ou 999, para chamar a polícia, bombeiros ou ambulâncias em caso de alguma emergência.

Turistas

Apesar de o seguro de saúde não ser obrigatório para quem vem a turismo, é recomendável fazer um antes de viajar. Isso porque embora a Grã-Bretanha conte com um eficaz sistema de saúde pública, os turistas tem o direito apenas a atendimento em casos de urgência e acidentes. Depois de tratado na sala de emergência e encaminhado para uma cama, o paciente deve arcar com todas as despesas hospitalares e medicamentos cujos preços são bastante elevados.

O ideal é adquirir um seguro viagem internacional que cubra gastos médicos e hospitalares durante toda a sua estadia no país. É importante que verifique se o seguro em questão tem cobertura no país, pois existem alguns seguros que cobrem apenas os países da Europa que fazem parte de um tratado chamado Schengen, o qual o Reino Unido não faz parte. O preço varia de acordo com a idade e da quantidade de dias que deseja passar.

Saúde dental

Os gastos com saúde dental são em parte cobertos pelo NHS em parceria com algumas clínicas dentárias. Apesar de ser necessário pagar uma taxa pela consulta e parte do tratamento, o preço ainda assim sai mais em conta. Como acontece com o GP, é necessário se registar antes. As clínicas dentárias estão presentes em todos os bairros de Londres e geralmente tem o símbolo do NHS nas suas fachadas, mas é preciso verificar quais delas estão registando pacientes novos. Caso precise de um tratamento e ainda não está registado, basta ir ao hospital da Faculdade de Odontologia Guy’s and St. Thomas’, considerado o maior da Europa.

Saúde sexual

O NHS tem entre suas prioridades a saúde sexual de seus pacientes. Pílulas anticoncepcionais, preservativos e outras formas de contraceptivos são oferecidas sem nenhum custo pelo GP, assim como testes de gravidez, pílula do dia seguinte e remédios para combater doenças sexualmente transmissíveis. O governo britânico entende o aborto como um assunto de saúde pública e por isso é legalizado no país, com algumas restrições. O NHS faz campanhas frequentes para conscientizar a população sobre gravidez na adolescência e violência sexual.

https://www.elondres.com/nhs-o-que-e-e-como-funciona/
 

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Sistema de Saúde na Alemanha

A Alemanha tem uma reputação de poder oferecer tratamentos de alta qualidade para pacientes no país. No entanto, uma das principais preocupações para os expatriados recém-chegados na Alemanha é o custo dos cuidados de saúde no país. Na Alemanha, é obrigatório o seguro de saúde de acordo com a lei. Se não tiver um seguro de saúde, paga a conta do hospital se tiver de ser tratado.

Existem dois tipos de seguros de saúde: os públicos e os privados. Para ter um seguro de saúde público tem que ser estudante universitário ou estar contratado em alguma empresa. Se perder o emprego, ou terminar a universidade e começar a procurar um emprego, tem direito a algum dos programas sociais (bolsas para quem não tem renda ou não recebe mais do que certo montante) e seguro público. Basicamente são essas as condições para ter acesso ao sistema público (Krankenkasse).

A outra opção é que se ganhar mais de 50.000 euros, pode escolher ter um seguro privado (Privatkrankenversicherung). Esse seguro privado é mais caro, mas cobre mais. Mas esse seguro privado pode tornar-se mais barato para o cidadão que tenha nascido no país, seja jovem e não tenha doenças, sendo assim, abrangido pelo seguro privado dos seus pais (que pode abranger o filho até aos 27 anos de idade), e depois optar pelo seguro público, se conseguir um emprego ou estar inscrito em programas de ajuda social, ou tiver a estudar no ensino superior.

O sistema de saúde alemão é frequentemente descrito como eficiente e deficiente.

A maior da população está coberta por um sistema legal de saúde, e a grande maioria das instituições de atendimento é pública ou no mínimo, não lucrativa. Os assalariados são obrigados a terem no mínimo um seguro de saúde público. Para passar a um sistema privado, o assalariado deve estar na função pública, trabalhar por conta própria, ou ganhar acima de 50.000 euros por ano. Depois de passar a um sistema privado, a volta ao sistema público não é mais possível.

O seguro de saúde básico custa normalmente 15,5% da renda do assalariado, e cobre também seu núcleo familiar próximo (cônjuge e filhos), e tem cobertura também por parte da sua empresa empregadora. Um desempregado tem sua participação no financiamento do sistema de saúde reduzida, e tem também acesso gratuito ou de preço simbólico a uma lista oficial de remédios.

Por lei, os seguros de saúde também cobrem tratamentos de longo prazo e acidentes de trabalho. No caso de um trabalhador, o seguro de longo prazo cobre casos em que a pessoa perde a capacidade de gerir a própria vida (por doença, idade, deficiência) e é custeado meio a meio por empregado e empregador. O seguro para acidentes de trabalho é coberto inteiramente pelo empregador.

Falhas no sistema de saúde alemão

Existem muitas reclamações sobre a prática do atendimento de saúde na Alemanha. Isso é derivado a políticas de redução de custos no momento em que a taxa de mortalidade infantil é cada vez menor, e a longevidade cada vez maior. A maior parte da insatisfação se concentra na falta de médicos e enfermeiros, sobretudo em momentos críticos, como no Inverno, em que se multiplicam as doenças respiratórias. Isso é agravado com o crescimento de utentes para a ortopedia devido a fracturas e torções provocadas por quedas no gelo e na neve. O que resulta em salas de esperas superlotadas, o que criam grandes dificuldades aos médicos e enfermeiros.

A Alemanha continua a ter um dos melhores e mais altos padrões de vida do mundo. Mas algumas fontes consideram ser um dos países com maior taxa de obesidade derivado a deficientes hábitos de alimentação. Isso tende a sobrecarregar ainda mais um sistema que enfrenta também as políticas de cortes lineares em gastos públicos. O que ajuda a conter essa tendência é a participação pró-activa nas políticas públicas do sector, que conta com conselhos renovados periodicamente, compostos por representantes de empregadores, trabalhadores, médico, hospitais, agências públicas e privadas, além da indústria farmacêutica.

 
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Sistema de Saúde na França

A França é conhecida pela qualidade e generosidade de seus cuidados de saúde, que recebeu topo do ranking da Organização Mundial da Saúde em 2000. O sistema de saúde público abrange toda a população e todas as taxas de doenças graves ou crónicas; os pacientes podem escolher o seu médico e hospital; e os médicos podem escolher o tratamento mais adequado para os seus pacientes, incluindo tratamentos altamente caros.

A segurança social (Assurance Maladie) paga uma boa parte das despesas, que varia entre os 70% aos 100%, e para compensar o que a segurança social não paga, a maior parte das pessoas opta por um seguro de saúde (Mutuelle) que cobre o restante (com alguns limites). Normalmente as empresas têm acordos com as Mutuelles e os funcionários podem ter acesso a esse seguro que pode ser gratuito ou comparticipado em grande parte (esse seguro pode ser familiar).

A partir daqui, deve-se escolher um médico de família para que, no caso de ser necessário, este envie o paciente para um médico especialista: com a excepção de dentistas, oftalmologistas e ginecologistas aos quais se pode ir directamente sem qualquer prejuízo monetário. O médico deve ser referenciado à segurança social através de uma declaração, a chamada "Déclaration de Médecin Traitant". A este trajecto a segurança social francesa chama "Parcours de soins Coordonnés". As idas às urgências médicas dos hospitais são consideradas dentro do “Parcours de Soins Coordonnés”. Pode-se ir directamente a um médico ou especialista, sem passar por este percurso, mas nestes casos, a segurança social reembolsa segundo uma taxa bastante inferior (cerca de 30% em vez dos 70%). De forma geral, paga-se primeiro a consulta médica, e mais tarde é que o paciente é reembolsado pela segurança social e pela Mutuelle.

Existem excepções em alguns serviços de saúde, como é o caso das farmácias, raio X e análises clinicas, na qual paga-se o montante que não é coberto. Na maior parte dos consultórios médicos existe um aparelho que faz a leitura da "Carte Vitale", sendo o valor da consulta declarado automaticamente à segurança social e à Mutuelle, restando depois esperar o reembolso por transferência bancária. Nos casos em que o médico não dispõe do aparelho, este preenche um papel que deverá ser enviado por correio à segurança social e à Mutuelle, de forma a obter o reembolso.

A maioria dos médicos trabalha por conta própria (59%), sendo clínicos gerais (68%), mais frequentes do que os especialistas (51%). Os que não trabalham em instalações públicas ou sem fins lucrativos são pagos com base de taxa pelo serviço. Dois terços das camas hospitalares estão em hospitais de propriedade do governo ou sem fins lucrativos, e são financiados pelo governo (90%), instituições privadas (7%), ou pagamento directo do paciente (3%). Além disso, todos os hospitais universitários são públicos, e os hospitais restantes são privados com fins lucrativos clínicos.

Como funciona o Sistema de Saúde na França ou Sécurité Sociale?

A França é famosa por oferecer aos cidadãos (franceses ou não), um dos sistemas sociais mais completos do mundo. E assim como auxílio financeiro e moradia, oferece um sistema de saúde público, através do sistema de seguro nacional de saúde, a famosa Sécurité Sociale.

A Sécurité Sociale tem a função de amparar todos os cidadãos nos pilares: doença, acidente, família e velhice. Isso significa que todos devem ter acesso aos hospitais, médicos, e também aos medicamentos (na maioria dos casos, gratuitos ou de baixo custo.

O sistema de saúde na França é de altíssima qualidade. Isso não quer dizer que todos os serviços de saúde sejam gratuitos; mas de facto são muito mais baratos que os tratamentos similares oferecidos noutros países. E isso só ocorre, pois a maior parte (cerca de 77%) do sistema de saúde é financiada pelo governo. Todos os anos o governo francês contribui com uma quantidade significativa do PIB do país para criar serviços sociais; sendo um dos destaques a área da saúde.

Além disso, mensalmente uma fracção do salário de todos os trabalhadores é descontada da sua folha de pagamento e voltada para o financiamento da saúde na França. Dessa forma, todo trabalhador na França é obrigado a se afiliar à Sécurité Sociale, e apresentar a sua "Carte Vitale" sempre que precisar ir ao médico, fazer exames ou comprar medicamentos com receita.

https://www.1001dicasdeviagem.com.br/tudo-sobre-o-sistema-de-saude-na-franca/
 

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Sistema de Saúde do Canadá

A assistência médica no Canadá é fornecida através de um sistema de saúde financiado com fundos públicos, cujos serviços são na sua maior parte fornecidos pelo governo local para o público canadiano; são fornecidos também por instituições privadas. As fundações da assistência médica no país são dirigidas pelo Canada Health Act.

A regulação da assistência médica no Canadá é da responsabilidade de cada província e território, cada uma regulando suas próprias regras. Cada província e território fornecem um sistema de assistência médica pública, popularmente chamada de Medicare. O governo federal, através do Canada Health Act e emendas, exigem um padrão mínimo de qualidade e assistência que as províncias e territórios seguem. Cada sistema de saúde regional tem custo eficiente por causa de sua simplicidade administrativa. Em cada província e território, os médicos controlam o seguro (isto é, custos do serviços fornecidos pelos médicos e instituições) para a seguradora, que é o governo provincial ou territorial. Os pacientes não precisam envolver-se nesse processo, ao contrário do processo americano (e em seguradoras e sistemas médicos privados em outros países do mundo), no qual pacientes encarregam-se de disputar com a seguradora os custos dos serviços fornecidos.

No geral, os custos da assistência médica no país são cobertos por fundos provenientes do imposto de renda, embora três províncias impõem um imposto fixo a mais (que podem ser removidos em famílias de baixa renda). Aproximadamente 70% dos gastos da assistência médica canadiana são cobertos por fundos públicos, com o restante sendo cobertos por fontes privadas - tanto seguradoras privadas quanto pagamentos pessoais por parte dos pacientes. O seguro privado no Canadá é permitido, embora seja limitado pelo governo a cobrir serviços que não são cobertos pela assistência médica pública da província ou território.

Sob os termos do Canada Health Act, todas as pessoas seguradas - basicamente, todos os residentes legais do país, incluindo imigrantes recentes sem cidadania, possuem o direito de receber serviços segurados, sem precisar pagar directamente pelos serviços. Tais serviços são definidos como serviços médicos necessários, e fornecidos por um hospital ou por médicos.

O financiamento público varia consideravelmente, dependendo do serviço médico utilizado, variando de 99% para serviços de médicos e 90% para os serviços hospitalares, a quase 0% para tratamentos dentários. A assistência médica provincial ou territorial possui um único plano de cuidado médico; uma variedade de planos não é fornecida visto que todos os serviços básicos são cobertos, incluindo problemas de maternidade e fertilidade. Serviços não cobertos pelas províncias e territórios incluem serviços de medicina dentária e oftalmologia (visão). Tais serviços são cobertos por seguradoras privadas.

Um cartão de saúde é fornecido pelo Ministério da Saúde de cada província e território para seus habitantes, e todos os clientes servidos devem receber o mesmo nível de cuidado, independente de renda ou cultura. A cobertura de saúde não é afectada pela perda ou mudança de emprego, e o seguro público não exclui pacientes baseados em condições pré-existentes, nem possui limites de cobertura.

O Medicare não cobre os custos de medicamentos. Estes são cobertos por companhias privadas, ou, no caso de clientes idosos ou de baixa renda, por outros programas públicos. Os preços dos medicamentos são negociados com as distribuidoras pelo governo federal, para regular custos. Os médicos de família são escolhidos pelos pacientes. Caso o paciente necessite de um especialista, o médico de família pode indicar-lhe um. Os especialistas incluem dermatologistas e pediatras. Cuidado preventivo e detecção precoce são considerados importantes, e exames médicos anuais são encorajados, visto que não apenas estendem a expectativa e a qualidade de vida dos pacientes, mas também diminui os custos da assistência médica. Os canadianos preferem o sistema público de saúde do que o privado.

Fonte: Wikipédia.

Curiosidades do sistema de saúde do Canadá

O sistema de saúde do Canadá é considerado um dos melhores do mundo, e a sua população, seja rica ou pobre, tem acesso aos mesmos tratamentos e aos mesmos médicos. Mas será tudo gratuito para a população?

Apesar do Canadá ter um sistema de saúde com financiamento público, a grande maioria dos médicos não trabalha para o governo. O paciente é livre para escolher o seu médico de família, tendo direito aos serviços essenciais custeados pelo governo. Mas os médicos trabalham por conta própria, podendo escolher o seu próprio horário de trabalho. Os seus honorários são pagos pelo governo provincial para o qual prestam serviços.

O sistema de saúde canadiano é mundialmente conhecido como medicina socializada, mas funciona na verdade baseado no trabalho de funcionários que prestam serviço para serviços públicos. Muitas vezes se referem ao sistema de saúde canadiano como se fosse apenas um sistema nacional de saúde, quando na realidade, existe um sistema para cada província ou território, ou seja, existem 15 sistemas de saúde diferentes.

O Canada Health Act diz que os serviços de saúde básicos devem ser universais e acessíveis por meio de médicos e centros médicos hospitalares através do país. No entanto, o funcionamento e a coberta do sistema de saúde variam de uma província para a outra. Além disso, o governo federal tem a responsabilidade de cuidados de saúde dos indígenas nativos e veteranos de guerra. Ou seja, não se trata de apenas um sistema de saúde, mas de 15 sistemas de saúde. Isso significa que cada província pode escolher como seu sistema de saúde funciona com base nas necessidades particulares dos seus respectivos residentes; o grande desafio é fazer uma coordenação para reforma de saúde através do país.

A Lei de Saúde do Canadá garante que os serviços médicos e hospitalares essenciais são pagos pelo governo, mas há uma variação entre as províncias para o que é considerado um serviço de saúde essencial:

Por exemplo, o sistema de saúde pública de Quebec inclui tratamentos de fertilidade, enquanto a maioria das outras províncias não o fazem.

Algumas províncias, incluindo British Columbia, Ontário e Quebec, pagam por partos realizados por parteiras licenciadas, enquanto várias províncias e territórios não.

E nem todas as províncias financiam a terapia para o autismo, pois não o consideram uma doença com direito a tratamento.

Os serviços de aborto não são igualmente acessíveis em todo o país, ou seja, só algumas províncias cobrem os custos para este procedimento.

A Lei da Saúde do Canadá (Canada Health Act) não cobre medicamentos, cuidados e atendimento domiciliar ou cuidados de longa duração, e como resultado, cada província deve encontrar uma maneira para lidar com esse problema.

Embora os canadianos não pagam os seus serviços, que já são assegurados pelo sistema de saúde, alguns médicos conseguem arranjar maneira de contornar essa norma, através da cobrança de taxas anuais, como parte de um pacote de serviços mais abrangentes que podem assim ser oferecidos aos seus pacientes. Essas taxas são completamente opcionais e só podem ser cobradas para serviços não essenciais de saúde. Em algumas províncias, os médicos podem cobrar uma pequena taxa ao paciente que falta a consultas marcadas.

O sistema de saúde pública no Canadá possui uma extensa lista de médicos credenciados e centros médicos e hospitalares prontos para atender a população, entre os melhores do mundo. Porém, a maioria dos canadianos são obrigados a pagar do próprio bolso por serviços de oftalmologia (visão) e medicina dentária, e mais de 60% dos medicamentos são pagos por seguros de saúde privados (oferecidos por empresas como forma de benefício aos funcionários).

O Canadá é o único país do mundo com um sistema de saúde que não inclui medicamentos prescritos. Isso significa que o canadiano paga 30% do seu sistema de saúde directamente aos profissionais ou através de seguros privados, e tendo assim 70% dos custos de saúde financiados pelo sector público.

 
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Sistema de Saúde dos Estados Unidos

Como funciona o sistema de saúde dos Estados Unidos?

Muita confusão é feita com relação ao sistema de saúde americano. Há quem diga que não existe sistema público ou que o sistema privado não é totalmente acessível.

Nos Estados Unidos encontram-se os melhores recursos de tratamento e os melhores profissionais especializados, mas na prática nem todos os cidadãos têm acesso total a essa famosa saúde de qualidade. Isso acontece porque há cidadãos que não têm condições de ter um plano de saúde, ou porque seu seguro não consegue cobrir todas as taxas adequadamente. Normalmente o plano de saúde é oferecido pelas empresas aos seus funcionários, mas nem sempre oferecem todas as opções disponíveis, porque quem selecciona os planos é o empregador. Há também a opção de contratar um plano privado directamente, mas vai sair um pouco mais caro.

É preciso diferenciar os sistemas de coberturas universais e o acesso a saúde. Em termos gerais, a cobertura diz que o cidadão tem direito a utilizar o sistema de saúde, mas no entanto, o acesso à saúde já é outro ponto. Para garantir o tratamento, nem sempre é tão acessível: a pessoa precisa passar por longas filas, demoras e acumulação nos corredores dos hospitais e clinicas país. Nos Estados Unidos, a saúde é pública, mas não é totalmente grátis, mas é muito mais eficaz com médicos e materiais especializados, mas depende de qual cobertura o seguro do assegurado cobre.

Seguros de saúde


O governo também possui seguros de saúde para todos.

Aos idosos é proposto o Medicare:
- Um seguro para pessoas acima de 65 anos;
- Pessoas abaixo de 65 anos com algumas deficiências;
- E pessoas de todas as idades com insuficiência renal crónica.
Esse seguro inclui seguro do hospital, seguro médico e cobertura de alguns medicamentos.

Para pessoas e famílias de baixa renda, existe o Medicaid, um seguro administrado pelo Estado para atender a critérios e especificidades como idade, gravidez, cidadania americana (imigrante legal), e renda. Em média esses seguros pagam 80% e sobra 20% para o cidadão pagar.

Assistência médica privativa

São planos de saúde pré-pago que também fornecem a cobertura e o serviço de assistência médica. Os planos de assistência médica administrada usam médicos, clínicas e hospitais de outros serviços de saúde, o que a acaba saindo mais em conta do que os seguros de saúde.

O Healt Maintenance Organization (HMO) é um tipo de cobertura que inclui acesso a um clínico geral (que vai orientar o paciente em todos as consultas), atendimento de emergência, especialização e hospitalização quando necessário. Há uma pequena contribuição de pagamento para cada consulta.

Já o Exclusive Provider Organization (EPO) usa uma rede de contratos com médicos, hospitais e fornecedores de médicos especializados. Aqui o utente pode ir directo ao especialista, sem passar antes por um clínico geral.

O Point Of Service (POS) oferece a melhor combinação de benefícios: a pessoa terá um clínico geral que encaminha para especialistas contratados, não franquia para os médicos pertencentes ao plano e paga uma pequena contribuição por consulta.

O Preferred Provider Organization (PPO) é um conjunto de médicos e hospitais que fornecem serviços médicos apenas para um grupo e associação específico. Pode ser patrocinada por uma seguradora, empresa ou tipo de organização. Os empregos da PPO podem atender tanto com médicos contratados, quanto com médicos externos, com limite de gasto por pessoa ou família.

O seguro de saúde como a assistência médica privativa possuem taxas de acordo com alguns exames (co-participação), consultas especializadas ou cirurgias além das carências específicas. Há muitos prós e contras sobre o sistema público de saúde americano. Por isso é ideal para o emigrante informar-se, ter o visto e documentação em dia, ou cidadania (caso esteja morando), para não sofrer nenhuma situação desconfortável nos hospitais e clínicas médicas dos Estados Unidos.

Entenda o sistema de saúde pública dos Estados Unidos

Nos Estados Unidos existem seis sistemas de saúde diferentes: sendo três exclusivamente públicos; dois mistos, e um exclusivamente privado.

Os sistemas públicos são, em ordem decrescente de quantidade de pessoas atendidas:
- O Medicaid,
- O Medicare,
- O Veterans Affairs (VA).
À excepção deste, que volta sua actuação para militares aposentados - os veteranos -, os outros dois foram criados na década de 1960 a fim de amparar os idosos (Medicare) e a população de baixa renda (Medicaid), após o fracasso dos planos para a implementação de um serviço nacional de saúde norte-americano.

Juntos, os três atendem quase 100 milhões de habitantes, cerca de um a cada três americanos, e se adicionarmos as clínicas populares e de caridade - que funcionam com repasses públicos, além de algumas doações - e os atendimentos de emergência subsidiados, chegaremos a uma estimativa de cobertura próxima a 120 milhões de pessoas.

Tanto o Medicare quanto o Medicaid apresentam todas as características do sistema de pagador único:

- Os serviços são fornecidos por empresas privadas, mas os custos são pagos pelo governo;

- Uma imensa regulamentação dita o que pode ser ofertado e os preços dos planos de saúde e dos tratamentos médicos são controlados directamente pelo CMS — Centers for Medicare and Medicaid Services.

Financiados por impostos, seus beneficiários quase sempre usufruem de cuidados médicos sem precisar arcar financeiramente nem mesmo parte do tratamento. Em alguns casos, entretanto, há a necessidade de pagamento de apólices de seguro de saúde, algo mais comum no Medicare do que no Medicaid.

Os programas do Medicare e do Medicaid contam com diversos portfólios cobrindo desde imunizações para gripe até procedimentos cirúrgicos complexos, tratamentos de doenças como cancro e ataques cardíacos.

Em caso de emergência, é obrigatório por lei em todos os hospitais americanos aceitarem o Medicare, o que significa uma quase universalidade desse tipo de atendimento. Ou seja, se uma pessoa que não tem plano de saúde sofrer um acidente de carro, praticamente nenhum hospital pode recusar-se a atendê-la. Se o paciente não tiver dinheiro para o tratamento, ou pelo menos parte dele, o hospital arcará com os custos que são normalmente repassados na forma de custos mais elevados para as seguradoras de saúde e para os outros pacientes.

Nos Estados Unidos existe uma ampla rede de atendimento médico para os mais pobres, que envolvem acções coordenadas pela iniciativa privada e pelo governo, garantindo que até mesmo o filho de um imigrante ilegal pobre tenha acesso a uma cobertura médica básica.

http://mercadopopular.org/2015/07/entenda-o-sistema-de-saude-publica-dos-eua-sim-ele-existe/
 

mjtc

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Sistema de Saúde em Portugal

O sistema nacional de saúde português é considerado um dos melhores da Europa, ocupando o 9º lugar, e o 12º lugar no mundo. Oferece cuidados de saúde de elevada qualidade.

À semelhança dos outros países da União Europeia, a maioria da população portuguesa morre através de doenças não transmissíveis. A mortalidade devido a doenças cardiovasculares é maior em Portugal do que na Zona Euro, mas as suas duas principais componentes, a doença cardíaca e a doença cerebrovascular, mostram ter mais tendência no país do que na Europa.

A doença cerebrovascular é a maior causa de morte em Portugal (17%). Cerca de 12% da população portuguesa morre de cancro com menos frequência do que na União Europeia. Mas não diminui a taxa de mortalidade tão rapidamente como na zona euro. O cancro é mais frequente entre as crianças, bem como entre as mulheres mais jovens, com idade inferior a 44 anos. Embora o cancro do pulmão (lentamente aumentando entre as mulheres) e o cancro da mama (diminuindo rapidamente) não afectem tanto, o cancro do colo do útero e da próstata são mais frequentes. Portugal tem a mais alta taxa de mortalidade por diabetes na Europa, com um aumento acentuado desde os finais da década de 1980.

Em Portugal, a taxa de mortalidade infantil caiu acentuadamente desde a década de 1980, quando 24 em cada 1000 recém-nascidos morriam no primeiro ano de vida. Agora é cerca de 3 mortes por cada 1000 recém-nascidos. Esta melhoria deveu-se principalmente à diminuição da mortalidade neonatal, de 15,5 para 3,4 por cada 1000 nascidos vivos.

Os portugueses estão geralmente bem informados sobre o seu estado de saúde, os efeitos positivos e negativos dos seus comportamentos em relação à sua saúde e a sua utilização dos serviços de saúde. Apenas um terço dos adultos classificaram a sua saúde como boa ou muito boa em Portugal. Isto é menor do que nos países da União Europeia que elaboraram estes relatórios e reflecte a situação relativamente adversa do país em termos de mortalidade e morbidade.

O sistema de saúde em Portugal é caracterizado por três sistemas coexistentes:
- O Serviço Nacional de Saúde (SNS);
- O regime de seguro social de saúde especial para determinadas profissões (subsistemas de saúde);
- Os seguros de saúde privados.

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) oferece uma cobertura universal. Além disso, cerca de 25% da população é coberto por subsistemas de saúde, 10% em seguros privados e outros 7% em fundos mútuos. O Ministério da Saúde é responsável pelo desenvolvimento da política nacional de saúde, bem como pela gestão do Serviço Nacional de Saúde (SNS). A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) é a entidade pública independente responsável pela regulação da actividade de todos os prestadores de saúde, sejam eles públicos, privados ou sociais.

O Serviço Nacional de Saúde é o sistema pelo qual o Estado assegura o direito à protecção da saúde, nos temos previsto pela Constituição. Foi criado em 1979, através da Lei n.º 56/79, de 15 de Setembro.

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) caracteriza-se por ser nacional, universal, geral e gratuito. É nacional uma vez que deve ter uma cobertura de âmbito nacional, apesar de na prática apenas cobrir Portugal continental. É universal, uma vez que todos os cidadãos portugueses e todos os residentes apátridas e estrangeiros em condições de reciprocidade, têm acesso ao mesmo. É geral, uma vez que compreende toda a gama de cuidados de saúde primários e diferenciados, incluindo a vigilância e promoção da saúde, a prevenção da doença, o diagnóstico e tratamento de doentes e a reabilitação médica e social. É gratuito, uma vez que o sistema é financiado inteiramente pelo Estado através da tributação geral, sendo os cuidados de saúde tendencialmente gratuitos para os utentes. Apesar disso, são cobradas taxas moderadoras, que não se destinam tanto a financiar o sistema, mas sobretudo a limitar o acesso desnecessário a certos serviços.

O sistema de saúde é administrado pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e por cinco administrações regionais de saúde (ARS):

A ACSS é responsável pela gestão central dos recursos financeiros, humanos, de equipamento e de instalações do Serviço Nacional de Saúde (SNS), bem como pelo estabelecimento de políticas, planos, regulamentos e normas de saúde.

As ARS são responsáveis pela prestação de cuidados de saúde às populações de cada uma cinco das regiões de saúde (Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve), bem como pela execução regional do plano nacional de saúde.

Em contradição com o que está disposto na Constituição, na lei geral e até na sua própria designação, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não é realmente um serviço de âmbito nacional, uma vez que apenas cobre Portugal continental. Nunca foi implementada a extensão do sistema às regiões autónomas prevista - com a devida adaptação às respectivas autonomias políticas e administrativas - pela Lei de criação do SNS. Ao invés disso, as regiões autónomas dos Açores e da Madeira procederam à criação dos seus serviços regionais de saúde (SRS) separados do SNS, sob a gestão dos respectivos governos regionais.

O SRS dos Açores foi criado em 1980, através do Decreto Regional n.º 32/80/A de 11 de Dezembro e funciona sob a tutela da Secretaria Regional da Saúde do Governo da Região Autónoma dos Açores. São órgãos do SRS as unidades de saúde de ilha (órgãos operativos), o Conselho Regional de Saúde (órgão consultivo), o Instituto de Gestão Financeira da Saúde (órgão de gestão financeira e de planeamento global das infra-estruturas) e a Inspecção Regional de Saúde (órgão de auditoria técnica e de inspecção). Inclui nove unidades de saúde de ilha (USI), as quais agregam 14 centros de saúde, três hospitais e um centro de oncologia.

O SRS da Madeira é tutelado pela Secretaria Regional da Saúde da Madeira. Inclui dois hospitais, dois centros especializados e 15 centros de saúde. Todos estes estabelecimentos estão congregados numa única entidade administrativa, o Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM). O SESARAM assemelha-se a uma unidade local de saúde do SNS, integrando a prestação de cuidados de saúde primários e diferenciados.

Subsistemas de Saúde


Os subsistemas de saúde são os esquemas especiais - distintos do SNS - responsáveis pela prestação de cuidados de saúde aos membros de certas profissões ou organizações. A adesão aos mesmos é obrigatória para aqueles grupos de pessoas, sendo financiados quer pelos beneficiários quer pelos seus empregadores. Existem tanto subsistemas públicos como privados, sendo os primeiros responsáveis pelos cuidados de saúde aos empregados públicos e os segundos aos membros de organizações privadas.

O subsistema público de saúde mais importante é a ADSE, a qual cobre todos os funcionários públicos não cobertos por qualquer outro subsistema especial. A ADSE tem mais de 1,3 milhão de beneficiários, incluindo servidores de órgãos da administração pública central, regional e local.

Os outros subsistemas públicos cobrem grupos especiais de funcionários do Estado, sendo a ADM para os militares das Forças Armadas, o SAD/GNR para os militares da Guarda Nacional Republicana (GNR), o SAD/PSP para o pessoal técnico-policial da Polícia de Segurança Pública (PSP), e o SSMJ para alguns grupos profissionais especiais do Ministério da Justiça (incluindo guardas prisionais, agentes da Polícia Judiciária, agentes tutelares de menores, etc.).

Os Subsistemas Privados

Os subsistemas privados de saúde caracterizam-se por serem de base ocupacional. Cobrem quer o conjunto de membros de certas profissões, independentemente do seu empregador, quer o conjunto de empregados de grandes empresas ou outras organizações privadas. Tanto podem ser financiados pelos seus beneficiários - normalmente através de um desconto no seu salário - como pelos seus empregadores.

Exemplos de subsistemas privados:
- SAMS para os bancários;
- PT-ACS para os empregados do grupo Portugal Telecom ;
- SSCGD para os empregados do grupo Caixa Geral de Depósitos.

Os subsistemas prestam normalmente cuidados de saúde aos seus beneficiários através de estabelecimentos de saúde públicos ou privados. Isto é frequentemente realizado através da celebração de convenções prévias entre os subsistemas e prestadores de cuidados de saúde (SNS, SRS ou prestadores privados). Quando não existem convenções, os subsistemas procedem normalmente ao pós-reembolso dos beneficiários pelos custos de saúde que suportaram. Alguns subsistemas dispõem dos seus próprios estabelecimentos privativos de saúde, nos quais podem assistir directamente os seus beneficiários. É o caso da ADM que utiliza o Hospital das Forças Armadas e as restantes unidades de saúde militar; e o caso do SAMS que dispõe do Hospital SAMS e da rede de clínicas SAMS.

Seguros de Saúde

Os seguros de saúde complementam tanto o SNS como os subsistemas de saúde. Caracterizam-se por serem privados e de adesão normalmente voluntária, apesar de existirem também seguros de saúde obrigatórios. Sendo considerados como uma actividade complementar de saúde, os seguros de saúde actuam também sob a fiscalização do Ministério da Saúde.

Os cuidados de saúde são prestados pelos seguros aos seus beneficiários através de regime directo ou regime livre. No primeiro caso, os cuidados são prestados por estabelecimentos de saúde convencionados com o seguro. No segundo caso, os cuidados são prestados por entidades não convencionadas, com o beneficiário adiantando o pagamento dos serviços e sendo posteriormente reembolsado pelo seguro.

Existem em Portugal diversas redes de seguros de saúde, sendo as maiores a Multicare (parte do grupo Fidelidade Seguros), a AdvanceCare (empresa comum de várias companhias de seguros) e a Medis (parte do grupo BCP ou Millennium BCP).

Sistema de emergência médica

O Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) constitui o serviço de emergência médica pré-hospitalar de Portugal continental. É gerido pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), o qual depende do Ministério da Saúde. O serviço é normalmente activado telefonicamente, através do número europeu de emergência (112).

O SIEM cobre apenas Portugal continental. As regiões autónomas dos Açores e da Madeira dispõem dos seus próprios sistemas de emergência médica de âmbito regional.

Na Madeira, existe o Serviço de Emergência Médica Regional (SEMER), que funciona segundo um modelo semelhante ao do SIEM/INEM. O SEMER integra a Equipa Medicalizada de Intervenção Rápida (EMIR), vocacionada para a intervenção permanente em qualquer parte da região.

Nos Açores, não existe um serviço específico de emergência médica, sendo a mesma prestada localmente pelos corpos de bombeiros, sob a supervisão do Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros.

Hospitais

Em 2016, Portugal tem 226 hospitais, dos quais 119 são públicos e 107 privados. Dividindo a população residente, daria 46.000 pessoas por cada um.

Do total de unidades hospitalares:
- 30% estão nos concelhos de Lisboa (34);
- Porto (21);
- Coimbra (13).
Nos 207 dos 308 concelhos onde não se localiza nenhum hospital, residem 3,2 milhões de pessoas.

Os hospitais públicos em Portugal são parte integrante do Serviço Nacional de Saúde (SNS), sendo os principais responsáveis pela prestação de cuidados de saúde diferenciados no âmbito daquele sistema.

Os hospitais de natureza social são as unidades hospitalares detidas ou geridas por instituições privadas de solidariedade social (IPSS), nomeadamente pelas santas casas da misericórdia. Alguns destes hospitais têm acordos com o Serviço Nacional de Saúde, recebendo financiamento público e prestando assistência aos utentes daquele sistema nos mesmos moldes que os hospitais públicos. Actualmente, existem 12 hospitais de natureza social.

Portugal dispõe de um número importante de hospitais privados, os quais se dedicam sobretudo à assistência aos beneficiários dos subsistemas de saúde e dos seguros de saúde.

Muitos destes hospitais estão integrados em redes hospitalares e clínicas detidas por grandes grupos privados de saúde, sendo os principais:
- Luz Saúde, SA (anteriormente uma divisão do grupo Espírito Santo e agora parte do grupo Fidelidade Seguros);
- José de Mello Saúde, SA / rede CUF (divisão de saúde do grupo Mello);
- Lusíadas Saúde SGPS, SA (anteriormente parte do grupo Caixa Geral de Depósitos e agora uma divisão do grupo de saúde brasileiro Amil).

Fonte: Wikipédia.

Portugal tem um dos melhores sistemas de saúde do mundo, mas pode perdê-lo!

O Serviço Nacional de Saúde é um dos melhores do mundo, de acordo com um estudo da Boston Consulting Group. Mas os maus resultados no acesso a medicamentos inovadores podem fazer com que Portugal perca essa distinção.

http://www.jornaldenegocios.pt/econ..._sistemas_de_saude_do_mundo_mas_pode_perde_lo

Nota:

Portugal é prejudicado nos tratamentos de infecções respiratórias inferiores, leucemia, cancro da pele não melanoma, doenças cardiovasculares, hérnias inguinais e abdominais, doenças crónicas dos rins, e efeitos adversos de tratamentos médicos.

Cabo Verde é o país do continente africano com melhores resultados, com 62 pontos e uma classificação a meio da tabela. Já a Angola surge mais abaixo, com apenas 41 pontos, revelando como principais problemas, a tuberculose, as diarreias, cuidados neonatais e maternais. O Brasil, com 65 pontos, tem nos cuidados neonatais (com os recém-nascidos), o seu ponto negro.
 

mjtc

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Sistema de Saúde no Brasil

O Sistema Único de Saúde (SUS) é a denominação do sistema público de saúde no Brasil, inspirado no National Health Service (serviço nacional de saúde do Reino Unido).

Considerado um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo, segundo informações do Conselho Nacional de Saúde, é descrito pelo Ministério da Saúde como "um sistema ímpar no mundo, que garante acesso integral, universal e igualitário à população brasileira, do simples atendimento ambulatório aos transplantes de órgãos". Foi instituído pela Constituição Federal de 1988, no seu artigo 196, como forma de efectivar o mandamento constitucional do direito à saúde como um direito de todos e dever do Estado, e está regulado pela Lei nº. 8.080/1990, a qual operacionaliza o atendimento público da saúde.

Com o advento do SUS, toda a população brasileira passou a ter direito à saúde universal e gratuita, financiada com recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, conforme rege o artigo 195 da Constituição. Fazem parte do Sistema Único de Saúde, os centros e postos de saúde, os hospitais públicos - incluindo os universitários, os laboratórios e bancos de sangue, os serviços de Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica, Vigilância Ambiental, além de fundações e institutos de pesquisa académica e científica, como a FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz - e o Instituto Vital Brazil.

Avaliação dos utentes do SUS


Para 93% dos eleitores brasileiros, os serviços públicos e privados de saúde no país são regulares, ruins ou péssimos. O Sistema Único de Saúde (SUS) recebeu avaliação negativa de 87% da população. Este é o resultado de uma pesquisa inédita encomendada pelo Conselho Federal de Medicina e pela Associação Paulista de Medicina e realizada pelo Instituto Datafolha.

"As pessoas estão insatisfeitas porque não têm aquilo que necessitam. É uma questão de percepção. É uma pesquisa de percepção", diz o Presidente do Conselho Federal de Medicina Roberto Luiz D’Ávila.

Os pontos mais críticos estão relacionados ao acesso e ao tempo de espera para atendimento. Metade dos entrevistados que precisaram do SUS relataram ser difícil conseguir acesso aos serviços, especialmente a cirurgias, atendimento médico domiciliar e procedimentos específicos como hemodiálise e quimioterapia.

Entre os entrevistados, pelo menos 30% declararam estar aguardando ou ter alguém na família aguardando a marcação ou realização de consulta, exame, procedimento ou cirurgia pelo SUS. Até mesmo pessoas que possuem planos de saúde, 22% deles, disseram que aguardam algum tipo de atendimento pela rede pública. Só dois entre cada dez entrevistados conseguiram ser atendidos até um mês, enquanto quase metade da população espera de um a seis meses. Uma parcela, 29% da população, aguarda há mais de seis meses, sendo que mais da metade deles relata estar na fila há mais de um ano.

A abrangência do estudo foi nacional, incluindo regiões metropolitanas, cidades do interior de diferentes portes e moradores nas cinco regiões do país. Foram ouvidas 2418 pessoas, entre homens e mulheres, com idade superior a 16 anos, 60% delas residentes no interior.

Fonte: Wikipédia.
 

orban89

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Como podemos garantir a sustentabilidade financeira do Serviço Nacional de Saúde?


 

orban89

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