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Mistério da maior fuga de Alcatraz

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GF Platina
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Fev 10, 2010
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Na manhã do dia 12 de Junho de 1962, quatro presos tentaram fugir da prisão federal de Alcatraz, em São Francisco, na Califórnia (E.U.A.): os irmãos John e Clarence Anglin, Frank Morris, considerado o mentor do plano, e Allen West, que desistiu da fuga no último minuto e nunca chegou a sair da cela. Ao longo da história de Alcatraz, 36 pessoas tentaram fugir. Destas, 23 foram presas novamente, seis mortas por polícias, e quatro se afogaram. Apenas os três célebres presos conseguiram fugir sem paradeiro conhecido. Essa famosa fuga da prisão mais segura da América continua a ser um mistério.
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O Centro Prisional de Alcatraz nos anos 30, quando era a principal prisão
de segurança máxima na América.

Durante sete meses de prepraração, os irmãos Anglin, Frank Morris e Allen West cavaram a parede das celas com colheres. Para esconder o buraco, fizeram grades falsas com papel. Os buracos nas celas davam acesso aos ductos de ventilação, que levavam ao tecto. A barra de protecção havia sido cortada com um berbequim feito com um ventilador roubado da sala de música. No último minuto, West desistiu da fuga. O trio chegou ao telhado da prisão. Nenhum dos guardas armados nas seis torres os viram, as luzes não os detectaram e eles conseguiram descer normalmente pela tubulação de água externa. Pularam uma cerca de arame farpado até ao mar, com botes e coletes feitos com capas de chuva. Para despistar os guardas, deixaram cabeças feitas com páginas de revista e com perucas nas suas camas. A falta dos três presos só foi sentida durante a contagem do dia seguinte. Os fugitivos só tinham 8 horas para escapar, entre as contagens de presos das 9 horas da noite e 5 horas da manhã. Os historiadores e parte das autoridades da época assumiram que os homens haviam morrido nas águas frias da baía, apesar de terem fabricado botes com capa de chuva para fugir. Nenhum corpo jamais foi encontrado.

A família dos irmãos Anglin acredita que os dois tenham fugido para o Brasil, e passado o resto de suas vidas na América do Sul. Se estivessem vivos, John Anglin teria hoje 82 anos e seu irmão, Clarence, 81 anos. Frank Morris teria 85 anos. Para o FBI, uma das provas mais consistentes de que pelo menos os irmãos Anglin não morreram é o facto de a mãe deles ter recebido um ramo de flores sem cartão, todos os anos no dia de seu aniversário, até à sua morte, em 1973. Também se especula que os dois irmãos foram ao seu funeral, vestidos de mulher, apesar do forte policiamento no local.

A baía de São Francisco, que cerca Alcatraz, tem águas geladas e fortes correntes marítimas. Devido a sua situação geográfica, "A Rocha", como era chamada, era uma das prisões mais seguras do mundo e abrigou os mais perigosos criminosos americanos da época, como o famoso Al Capone. A prisão de Alcatraz foi fechada em 1963. O seu alto custo de manutenção não a viabilizava: eram gastos cerca de 10 milhões de dólares mensais, mais do dobro da média do sistema prisional. A solução foi investir em novas detenções.

A carta misteriosa atribuída a um dos presos da fuga impossível de Alcatraz.

Uma carta misteriosa que acaba de vir a público pode ajudar a desvendar o paradeiro de John Anglin, um dos três prisioneiros que escaparam do Centro Prisional de Alcatraz, nos Estados Unidos em 1962. O episódio ficou conhecido como «fuga impossível», e até hoje mantém os fugitivos na lista dos mais procurados do país, com direito a imagens de como seriam fisicamente agora. A prisão era considerada de segurança máxima e foi desactivada em 1963, um ano após fugirem.
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Frank Morris, Clarence Anglin e John Anglin, os três protagonistas. Em cima, imagens
de quando foram detidos, e em baixo, retratos robô de como seriam em 2012, cinco
décadas depois da fuga.

A solução do mistério?

O autor da carta será John Anglin. No texto, que terá sido escrito em 2013, John começa por apresentar-se: "O meu nome é John Anglin. Fugi de Alcatraz em Junho de 1962 com o meu irmão Clarence e o Frank. Naquela noite conseguimos, mas foi por pouco".
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John revela depois que tanto Clarence como Frank teriam vivido até à velhice. O irmão
teria morrido em 2008 e Frank em 2005.

Um acordo sem efeito

Na carta, enviada à polícia de São Francisco, John Anglin, na altura com 83 anos, revela que tem cancro. Propõe por isso, um acordo: "Se anunciarem na televisão que vou ficar preso no máximo um ano e que vou receber cuidados médicos, escreverei de volta para dizer exactamente onde estou". O texto revela ainda que John viveu durante grande parte da vida em Seattle e estaria à data, na Califórnia, a que pertence a cidade de São Francisco, e curiosamente, onde se situava a prisão de Alcatraz. Segundo a BBC, a polícia não tornou a carta pública, apesar de a ter recebido há cinco anos, de acordo com a estação televisiva norte-americana CBS. O texto só foi divulgado depois de ter sido entregue, por uma fonte anónima, ao KPIX, uma emissora local propriedade da CBS.

Análises inconclusivas

As autoridades responsáveis pelo caso desde 1978 enviaram depois a carta ao FBI, para que a caligrafia fosse analisada. Em comunicado, revelaram que os resultados foram inconclusivos.

Prisão de Alcatraz: Centro Turístico!

Erguida sobre uma ilha na baía de São Francisco, a prisão de Alcatraz abrigou alguns dos gângsteres mais temidos dos Estados Unidos. Foi desactivada em 1963, um ano depois de o trio fugir.
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Actualmente a prisão de Alcatraz é um ponto turístico famoso em São Francisco. Mais de
1 milhão de visitantes visitam o local todos os anos.

A cela de John Anglin, de onde escapou através de uma abertura na parede, é uma das principais atracções no passeio.
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Cela de John Anglin com réplica da cabeça de manequim.
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Aqui o buraco por onde terá passado na cela.

As autoridades disseram na época que não havia como os prisioneiros terem cruzado as águas geladas da baía, embora a travessia seja encarada hoje por triatletas.
 
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