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Organização pede a Maduro que proteja a Venezuela da fome

kokas

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Set 27, 2006
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[h=2]A Comissão Interamericana de Direitos Humanos pediu hoje a Nicolás Maduro que "reforce os esforços para proteger a Venezuela da fome", revelando que mais de quatro milhões de venezuelanos fazem apenas uma refeição por dia.
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"O Estado venezuelano deve reforçar os seus esforços para garantir níveis essenciais para proteger a sua população da fome, inclusive perante situações de limitações graves de recursos", diz, em comunicado, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).




O documento começa por explicar que a Venezuela passa por "uma crise económica e social marcada por um contexto de escassez e de falta de abastecimento de alimentos e de medicamentos que está a aumentar de maneira alarmante".



"Esta situação afeta em particular as pessoas, grupos e coletivos em maior situação de vulnerabilidade e de pobreza, resultando especialmente grave para crianças, mulheres, população indígena, afrodescendentes, migrantes, detidos e anciãos", afirma.



Segundo a CIDH, falta informação oficial atualizada mas há dados de que entre 2014 e 2016 1,3 milhões de pessoas estavam "subalimentadas" na Venezuela, 3,9% mais que no triénio anterior.



"Preocupam as reiteradas denúncias recebidas sobre o risco que teriam milhares de crianças de perder a vida por desnutrição, durante este ano (2018). Em 2017, teriam falecido semanalmente entre cinco e seis crianças por falta de alimentação e pelo menos 33% da população infantil apresentaria indicadores de atraso no crescimento", explica.



Por outro lado, "em média 4,5 milhões de pessoas" fazem apenas "uma refeição por dia e em ocasiões cada dois dias, resultando que 11,4% da população infantil já se encontraria em situação de desnutrição".



Segundo a CIDH há denúncias constantes de "falta de acesso a medicamentos e a tratamentos médicos" inclusive para doenças básicas como a diabetes, diarreia, hipertensão e infeções respiratórias, nalguns casos em mais de 80%.



Também que 85% das farmácias de Caracas não têm medicamentos para "infeções oportunistas" que atacam as pessoas com Sida e que entre 95% e 100% dos hospitais não têm "antirretrovirais", o que ocasionou a morte de 5 pessoas que estiveram seis meses contínuos sem tratamento.



Segundo a CIDH os bancos de sangue estão deteriorados e há falhas de reativos e materiais para descartar doenças em doações de sangue, intervenções cirúrgicas e tratamentos com transfusões em pacientes renais, hematológicos e oncológicos, entre outros, sendo preocupante o aumento de doenças como a malária, a zika e a difteria, desde 2015.



"Os aumentos de preços gerais, dos alimentos e medicamentos, somados aos altos índices de inflação repercutem diretamente na segurança alimentar e na saúde da população, em particular a que se encontra em situação de pobreza e que se vê obrigada a destinar a maior parte dos ingressos à compra de alimentos e medicamentos", explica.
O comunicado sublinha que a gravidade da situação "não admite demoras".


A CIDH denuncia ainda que as bolsas de alimentos subsidiados distribuídos pelo Estado "não são entregues a pessoas opositoras do Governo" e que faltam critérios claros de atribuição, periodicidade e produtos a entregar, assim como das necessidades nutricionais da população, estando condicionado o acesso a portadores de um documento de militante do partido do Governo.



Para a CIDH é preocupante "a negativa do Estado venezuelano em receber cooperação internacional para paliar a crise económica e social, assim como a ausência de dados públicos oficiais".




nm

 
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