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Doentes faltam a quase 2 milhões de consultas por causa dos custos

Feraida

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Ficaram por realizar cerca de 540 mil consultas hospitalares devido a custos dos transportes, o dobro das faltas por taxas

O Índice de Saúde Sustentável mostra que em 2017 os portugueses faltaram a quase dois milhões de consultas nos centros de saúde e hospitais por causa dos custos dos transportes e dos preços das taxas moderadoras. Este último ponto é aliás outra das novidades do estudo da Nova e mostra como as despesas com deslocações pesam muito nas idas dos portugueses aos serviços de saúde.

O maior impacto é sentido nas consultas externas dos hospitais públicos, onde em 2017 ter-se-ão perdido cerca de 540 mil atendimentos devido aos custos de transportes. Um número significativo e que curiosamente representa mais do dobro em relação ao peso das taxas moderadoras nesta actividade perdida (254 mil consultas deixaram de ser feitas em consequência dos preços das taxas nos hospitais). Já nos centros de saúde, é precisamente o inverso: o custo dos transportes terá evitado 253 mil consultas com os médicos de família, cerca de metade da actividade perdida por causa das taxas (490 mil). No somatório de consultas nos hospitais e centros de saúde, perderam-se 1,9 milhões de actos em consequência dos custos (info).

Mas é nas urgências hospitalares que o preço das taxas moderadoras tem o maior peso, tendo sido responsável por 900 mil cuidados perdidos no ano passado. É, aliás, em relação a este tipo de atendimento que os utentes têm uma noção mais próxima da realidade em relação ao seu custo: os inquiridos acham que a taxa moderadora nas urgências é de cerca de 16 euros, e de facto ela varia entre os 14 e os 18 euros, consoante seja básica, médico-cirúrgica ou polivalente.

De resto, apesar de 36% dos inquiridos considerarem que os preços até são adequados (24% consideram-nos desadequados), os utentes têm uma noção distorcida do que pagam pelos cuidados de saúde.

A maior diferença entre o valor percepcionado e o real dá-se no custo das taxas para uma consulta externa nos hospitais, em que os utentes indicam que custa 11,3 euros, quando na realidade é de 7 euros. E ainda mais revelador, os portugueses acham que pagam quase 28 euros por um internamento num hospital público, que na realidade não tem custos para o utente.

Curiosamente os portugueses mostram-se bastante confortáveis com o preço dos medicamentos: 64,2% dos inquiridos consideram adequados os preços pagos nos últimos 12 meses pelos remédios que lhes foram prescritos e 52% acham as comparticipações do Estado nesta área adequadas ou muito adequadas.

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