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Marvia Malik é uma jornalista, de 21 anos, que conduziu a sua primeira emissão de um telejornal na sexta-feira passada depois de três meses de preparação.
A jornalista, que também trabalhou como modelo, disse ter ficado em lágrimas quando lhe foi oferecido o emprego, pois os transexuais enfrentam grande discriminação no Paquistão. Alguns têm de lutar muito para conseguirem arranjar emprego e outros são mesmo forçados a prostituir-se ou mendigarem.
Marvia, segundo explicou à BBC, espera que o seu trabalho ajude a melhorar a vida da comunidade transexual paquistanesa.
"A nossa comunidade devia ser tratada de igual forma e não devia existir discriminação de género. Deviam-nos ser dados direitos iguais e devíamos ser considerados cidadãos comuns em vez de um terceiro género", disse.
Marvia acrescentou ainda que a família sabe que foi modelo e que trabalha como pivô de notícias. "É a idade das redes sociais e não há nada que a minha família não saiba, mas mesmo assim deserdaram-me".
No início deste mês o senado do Paquistão votou uma lei para proteger os direitos dos transexuais, permitindo aos cidadãos escolher a sua própria identidade de género.
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