- Entrou
- Out 5, 2016
- Mensagens
- 57,187
- Gostos Recebidos
- 2,362
O Japão protagonizou mais uma surpresa neste Mundial e bateu a Colômbia, que jogou praticamente todo o jogo com um a menos. Os cafeteros estiveram muito bem na primeira parte e reagiram de forma capaz à expulsão e desvantagem, mas eclipsaram-se no segundo tempo e permitiram aos nipónicos uma vitória justa.
O Japão é uma das maiores potências do futebol asiático, mas, apesar dos esforços do país para crescer a nível mundial, a progressão dos seus jogadores tem sido curta. Por isso, mesmo estando num grupo muito equilibrado, era a Colômbia a favorita para o primeiro jogo do grupo H.
Só que tudo ficou condicionado logo aos 4 minutos, quando Carlos Sánchez achou que podia fazer de guarda-redes para evitar um golo. Fez penálti, foi expulso e viu Kagawa dar avanço aos nipónicos, que passaram também a ter mais um em campo. Tudo a preceito para uma vitória que rompia com a teoria do jogo.
O que se seguiu? Jogo partido e repartido. A Colômbia revoltou-se e, com o estreante Falcao (tinha falhado o Mundial 2014 por lesão), partiu de forma desenfreada para o ataque, abrindo espaço largo entre a defesa e o ataque depois do ajuste em 4x4x1.
Um cenário que proporcionou ataques mais bem conseguidos por parte dos cafeteros, se bem que um risco defensivo que, apesar de o Japão não aproveitar (por falta de qualidade), José Pékerman não quis correr. Por isso, surpreendeu ao tirar Cuadrado à meia hora de jogo, equilibrando a equipa com Barrios, um médio defensivo.
A equipa passou a ser menos vertical, atuando em ataque continuado e, já que não havia James, sempre com a mesma referência: Radamel Falcao. Foi ele que cavou várias faltas para fazer a equipa respirar e aproximar-se da área com ponderação. E foi ele que forçou a infração do livre que Quintero atirou para a baliza.
Foi com algum espanto e bastante desânimo que se viu a Colômbia no segundo tempo. Era certo que o ritmo da primeira parte não podia continuar para quase 90 minutos com menos um, mas assistiu-se a um conjunto que se divorciou muito cedo dos ataques.
O Japão não conseguia muito. Os nipónicos melhoraram com o intervalo, estabilizaram, mas nem por isso se pode dizer que tiveram grande arte ofensiva. Só que tanto a Colômbia convidou a que o Japão subisse que as oportunidades foram aparecendo.
Pékerman mexeu, com James e Bacca a entrarem para uma postura idêntica de esperar um espaço para contra-atacar. Porém, defensivamente a equipa mostrou-se sempre ansiosa com bola e nunca houve espaço para a transição acontecer.
Apenas depois de o Japão se colocar novamente em vantagem, num golo justíssimo, é que tal se verificou, embora já sem frescura física e com ausência de ideias. Ao contrário da reação na primeira parte, quando a Colômbia quis partir para cima nos últimos 15 minutos, depois do golo de Osako, nada mais se viu do que vontade... sem bola. Mérito para os asiáticos.
ZeroZero