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O Uruguai venceu a Arábia Saudita e, tal como a seleção anfitriã, carimbou a passagem para os oitavos de final da competição. A sensação que fica, no entanto, é a de que a Arábia Saudita merecia algo mais. Uma exibição personalizada e com muitos aspetos positivos que importunaram, embora não o suficiente, um adversário com outro tipo de argumentos.
Ainda antes do apito inicial, as alterações levadas a cabo por Juan Antonio Pizzi sinalizaram bem a preparação da Arábia Saudita para o encontro. O técnico espanhol alterou quatro unidades relativamente ao desaire frente à Rússia, uma de cada setor, a apostou numa formação de jogadores rápidos.
Ciente do poderio do adversário e do expectável domínio territorial, Pizzi optou por um 4x2x3x1 repleto de boas intenções. Reforçou o miolo com a inclusão de um duplo-pivot, aguerrido e com capacidade de reter a bola, e apostou num quarteto tecnicista e muito rápido em zonas mais avançadas. Al Faraj como playmaker, Babhir na extrema direita, Al Dawsari na esquerda e Al Muwallad como homem mais destacado na frente, ao invés do tradicional Al Sahlawi.
E, na verdade, só faltou o golo… na baliza certa. A Arábia Saudita tentou, no primeiro tempo, através do contragolpe e até de ataques posicionais, e chegou mesmo a colocar Fernando Muslera em situações desconfortáveis.
No entanto, e à imagem da partida da primeira contra o Egito, o Uruguai demonstrou maior eficácia e, uma vez mais, marcou de bola parada. Luis Suárez aproveitou uma saída disparatada de Al Owais a um pontapé de canto e limitou-se a encostar a bola para o fundo das redes sauditas.
A resposta da turma asiática foi muito positiva, diga-se, mas não chegou para atingir o empate. Como se não bastasse, o médio Taisir acabaria por abandonar o terreno de jogo devido a lesão.
Mais fresca em termos físicos, a formação uruguaia dominou o segundo tempo quase na totalidade. A vantagem no marcador era curta e não permitia grandes riscos, pelo que as linhas foram baixando e a posse foi entregue, de forma inteligente, ao adversário.
A Arábia Saudita procurou avançar no terreno com mais frequência, mas a fadiga fazia-se sentir e, com isso, perdia-se algum discernimento em alguns momentos.
La Celeste podia ter aumentado, inclusive, a vantagem, mas Edinson Cavani voltou a demonstrar uma enorme falta de pontaria neste Mundial.
São, portanto, duas as vitórias «à rasquinha» que marcam o percurso do Uruguai até ao momento. Os oitavos estão assegurados, mas é preciso fazer mais. Muito mais.
ZeroZero