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Finalmente, Brasil! Depois de um jogo abaixo do esperado contra a Suíça, a turma canarinha foi ainda pior na primeira parte, mas tomou o elixir certo ao intervalo e desbloqueou um empate que se adivinhava contra uma Costa Rica curta e que fica por aqui.
Elogiar a postura da Costa Rica nos primeiros 10 minutos e o risco assumido e conseguido de surpreender o Brasil foi do melhor a retirar de uma parte inteira muito fraca. Sobretudo da equipa de Tite, que fez questão de demonstrar que a falta de magia contra a Suíça não tinha sido fruto do acaso.
Não foi, diga-se, uma Costa Rica melhor no jogo e isso tem de ser frisado. Teve a melhor oportunidade até ao intervalo, fruto de uma boa combinação na direita (pelo tal lado de Marcelo, de que tanto se fala), e esteve sempre mais ciente do seu limite. Arrumada num 5x4x1 e perfumada com os pés delicados de Bryan Ruiz, a turma da CONCACAF primou pela segurança e pelo ritmo lento.
Foi, acima de tudo, um Brasil preso de ideias, desinspirado para fazer frente a três centrais e dois trincos, demasiado previsível no tridente (pouco) criativo, constituído por um Neymar outra vez refém das muitas faltas, um Coutinho bem vigiado e um Willian ausente - tanto que ficaria nos balneários.
E assim foi para a segunda parte, em que Douglas Costa foi para dar velocidade ao jogo.
Não foi propriamente por Douglas Costa, mas sim pela globalidade dos brasileiros que a segunda parte foi uma lufada de ar fresco. Revigorados mentalmente e finalmente com a noção de que só uma rápida circulação seria capaz de causar estragos, a canarinha foi enorme na vertente ofensiva.
Em apenas 10 minutos, já tinha criado mais oportunidades que em jogo e meio no Mundial. Houve a trave, um e outro defesa, mas sobretudo Keylor Navas a negar o golo aos brasileiros, que assim continuaram durante praticamente todo o segundo tempo.
Mesmo abrindo espaços na sua defensiva, os brasileiros quase nunca foram incomodados por uma Costa Rica que, apesar de precisar da vitória, cada vez menos arte teve para a procurar. Só dava Brasil.
Entre uma, outra e mais outra oportunidade, eis que chegou a grande... que afinal não foi. Penálti assinalado por falta sobre Neymar, recurso às imagens e simulação do brasileiro.
Era o desespero do camisola 10, que arriscou muito com atitudes seguintes, e de todo o Brasil.
Só que ainda havia tempo para a vitória. Justa, completamente. O Brasil insistiu, reergueu a sobriedade e tentou até ao momento certo, que surgiu com novo golo de Coutinho e que se ampliou com o de Neymar.
ZeroZero