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Mundial 2018 - Uruguai elimina Portugal (2-1)

benfas69

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Não se pode propriamente falar numa questão de sorte ou azar, mas a partida entre Portugal e Uruguai voltou a provar que um maior caudal ofensivo não é, propriamente, sinónimo de mais golos. Portugal despede-se do Mundial depois de ter realizado uma exibição mais condizente com o seu valor, sendo, ainda assim, castigado por dois golos de Cavani contra apenas um de Pepe.

Numa partida quezilenta e de muita luta, destaque para os grandes momentos individuais de Cavani, que nem sequer precisou de acabar a partida para ser decisivo no seu desfecho. Portugal teve mais bola, correu mais riscos, mas não foi tão incisivo no último momento, aquele que decide embates tão equilibrados.

Contra qualquer cuidado excessivo presumível com a organização, Portugal entrou na partida com mais vontade de ter bola e de correr riscos. A ala direita foi renovada, com Bernardo Silva e Ricardo Pereira, mas foi Cristiano Ronaldo o primeiro a criar perigo, através de um remate de meia-distância. O Uruguai, como já se sabia, não precisa de muito para chegar ao golo, e Suárez e Cavani fizeram questão de provar isso mesmo, com uma combinação entre os dois que só acabou com um cabeceamento (meio com o ombro) fulminante do dianteiro do PSG.

Em vantagem, os uruguaios, que já se apresentavam numa postura de maior expetativa, tiveram a desculpa ideal para recuar no terreno e jogar no erro luso. Com mais posse de bola e maior domínio territorial do que nas anteriores ocasiões neste Mundial, faltou sempre, contudo, um Portugal mais incisivo no último terço, com Muslera a ter uma tarde mais ou menos tranquila.

Numa partida que contou com emoção até ao final, destaque para o lance de Patrício na área uruguaia. Pediu-se penálti, mas a mão do guardião português...
O plano de jogo da turma de Tabárez era claro: recuar linhas, retirar espaço ao ataque mais ou menos previsível português e ter um meio-campo combativo que fosse um bom complemento à profundidade de Cavani e Suárez. Mais do que muita bola da equipa de Fernando Santos, o que se assistia era a um Portugal sem soluções e monótono no último terço. Era preciso mais para sujar, sequer, o equipamento de Muslera...

Numa outra estrutura atacante, com Ronaldo móvel na frente e Bernardo Silva no apoio, Portugal entrou no segundo tempo mais rápido e objetivo no último terço. Se o campeão da Europa já tinha mais bola e domínio, com a nova fórmula teve, além disso, maior objetividade e mais certezas no seu jogo atacante. Na sequência de um belo cruzamento de Raphael Guerreiro, Pepe subiu ao quarto andar e empatou a contenda.

Só que do outro lado estava um oponente pronto a ferir a qualquer momento... Sete minutos passados desde o empate e Cavani decidiu construir uma obra de arte desde a meia esquerda do ataque celeste, com Patrício imponente (e mal colocado, quiçá) na baliza. Era o castigo máximo para uma seleção que não foi premiada, nesse momento, pela sua superioridade...momentânea.

Tal como aconteceu no primeiro tempo, com o golo, a seleção uruguaia voltou a recuar no terreno e a renunciar, de forma quase total, ao jogo atacante. Pior ainda ficou quando Cavani, o melhor da equipa, foi obrigado a sair por lesão. O resultado foi um crescente de domínio luso, mas também uma crescente complicação no jogo atacante, com a equipa a usar e a abusar dos cruzamentos de Quaresma - Godín e Giménez estão nas sete quintas.

Os campeões lutaram até ao fim, deixaram tudo no relvado, mas o resultado não se alterou, depois de uma partida (e de uma fase final) jogada com muito coração e nem sempre com a melhor cabeça. A culpa também foi do Cavani...

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