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- Out 5, 2016
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Não foi bonito e esteve bem longe de ser um dos encontros mais interessantes deste Campeonato do Mundo. Embora os primeiros minutos digam o contrário, Croácia e Dinamarca protagonizaram um espetáculo pobre, muito preso de movimentos e sem grandes incidências. Na segunda parte do prolongamento, Schmeichel alimentou o sonho e, no desempate por grandes penalidades, a Cróacia levou a melhor.
Atípico, no mínimo. Ainda o encontro entre croatas e dinamarqueses estava numa fase embrionária, e surgia o primeiro golo. No primeiro minuto, Zanka Jorgensen colocou a turma escandinava na frente do marcador, sem que se pudessem retirar ilações relevantes do jogo em si.
O defesa central do Huddersfield, através de um pontapé de canto, beneficiou de uma bola perdida na área adversária e inaugurou o marcador. Delaney desempenhou um papel importante num remate ao qual Subasic ainda tentou defender, mas sem sucesso. A moldura humana era tal que o guardião croata não conseguiu seguir, com a visibilidade desejada, o desenvolvimento do lance.
A Croácia não demorou a reagir e, três minutos depois, chegou ao empate com um golo no mínimo estranho de Mandzukic. Após várias abordagens inacreditáveis da defesa dinamarquesa e muitos ressaltos à mistura, o avançado, no sítio certo, levou a melhor sobre Schmeichel.
Quatro minutos, dois golos. Um início relâmpago, mas, ao mesmo tempo, insólito. A verdade é que, com isso, o jogo esmoreceu nos minutos seguintes.
A Croácia controlava as ações e explorava a velocidade dos flancos - Rebic deixou, uma vez mais, excelentes apontamentos -, e, por outro lado, a Dinamarca procurava, de forma incessante, o jogo direto de Andreas Cornelius.
Curiosamente, na única jogada construída com cabeça, tronco e membros, a Dinamarca criou muito perigo. Eriksen e Braithwaite foram os protagonistas do envolvimento coletivo mais interessante do primeiro tempo e só encontraram a oposição do guarda-redes adversário no momento da finalização.
Emoção em níveis baixos, futebol previsível e poucas oportunidades de golo. A segunda parte teve como principal condicionante a seleção de Age Hareide. Isto porque, se a Croácia não conseguiu implementar a sua ideia de jogo natural durante largos minutos, isso deveu-se, sobretudo, à estratégia delineada pelo adversário.
A Dinamarca entrou efetivamente melhor na segunda metade, mas não abrilhantou uma partida pouco interessante e de poucas aventuras, ainda que, a nível tático, a entrada de Lasse Schöne tenha sido muito importante.
A sonolência foi tomando conta da partida e só nos minutos finais os ânimos voltaram a aquecer ligeiramente. Alguns sustos de um lado e do outro e o jogo seguiu para prolongamento.
O clímax de todo o prolongamento surgiu com a grande penalidade defendida por Kasper Schmeichel, perante o olhar atento do seu pai, Peter, na arquibancada.
Um momento de autêntica euforia para a Dinamarca que via o sonho dos quartos de final muito perto de cair por terra. A infelicidade recaiu do lado de Luka Modric, dado que a sua genialidade havia criado o lance anterior.
Na hora da decisão, Rakitic não tremeu e colocou a Croácia nos quartos, embora o guardião dinamarquês tenha feito os (im)possíveis para evitar o desfecho final.
ZeroZero