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- Out 5, 2016
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James Rodríguez viu, da bancada, uma derrota da Colômbia nos pénaltis. Um encontro tático, com momentos altos, outros baixos, muitos cartões e muitas quezílias. Kane marcou, Mina alimentou as esperanças colombianas, mas, na decisão final, os Três Leões levaram a melhor.
Southgate não abdicou da sua forma de jogar, e Pékerman adaptou-se às circunstâncias. A estratégia da Colômbia, com a inclusão de três médios recuados, correu na perfeição durante a primeira parte. A povoada linha média inglesa sentiu algumas dificuldades para se soltar da marcação contrária, ainda que o adversário não tenha incomodado a baliza de Pickford.
No primeiro tempo, a Inglaterra entrou melhor e causou algum perigo nos lances de bola parada, aspeto que, na era Southgate, ganhou maior relevância. Por sua vez, a turma sul-americana tentava ripostar através da velocidade dos homens mais adiantados, procurando, de forma clara, a profundidade, mas sem sucesso.
Os três centrais ingleses deram sempre bem conta do recado e, no capítulo da construção, tiveram, como seria esperado, grande influência. Coesa atrás, a Inglaterra foi a seleção que protagonizou os dois melhores lances dos primeiros 45 minutos.
Primeiro Kane, com um cabeceamento por cima, depois de um bom entendimento no flanco direito, e depois Trippier, de livre direto. Ainda antes do intervalo, Quintero rematou para defesa segura do guarda-redes dos Três Leões.
A segunda parte, à imagem da primeira, ficou marcada pelo confronto tático... e físico. Foram muitas as quezílias entre os intervenientes que quebraram o ritmo do jogo e contribuiram negativamente para o espetáculo.
Poucos minutos após o arranque, Carlos Sánchez agarrou Harry Kane dentro da área na sequência de um pontapé de canto e o juíz da partida, Mark Greiger, não duvidou em apontar para a marca dos onze metros. Kane, sempre ele, não perdoou na conversão e colocou a Inglaterra na frente do marcador.
As situações de ataque protagonizadas por ambos os conjuntos não foram muitas, exceto um cabeceamento de Lingard, um contra-ataque muito mal culminado por Cuadrado e um espetacular remate de Uribe ao qual Pickford respondeu na mesma moeda.
No entanto, e apesar de no plano tático a Inglaterra ter revelado uma maturidade acima do normal para um plantel globalmente jovem, Yerry Mina voltou a fazer a diferença nas alturas e restabeleceu a igualdade no placard já no período de descontos.
O prolongamento terminou com equilíbrio e ficou evidente uma maior frescura física do lado sul-americano. Na primeira parte, a Colômbia demonstrou um maior ascendente, ao passo que na segunda, a Inglaterra conseguiu subir ligeiramente as linhas e importunar mais a defesa contrária. Sem golos, o jogo avançou para a decisão máxima.
Mais competente, a Inglaterra festejou o acesso aos quartos de final do Mundial da Rússia. Ótima oportunidade para recordar a famosa música tão badalada pelos adeptos ingleses em solo russo: «It's coming home. Football's coming home!».
ZeroZero