Drone subaquático vigia recifes e mata estrelas-do-mar destruidoras de corais

Não é segredo algum, que os recifes de corais de todo o mundo estão em apuros e, infelizmente, os mergulhadores a única coisa que podem fazer é monitorizá-los como forma de os protegê-los.
Cientistas na Austrália, no entanto, desenvolveram um drone subaquático autónomo que poderá tornar-se numa enorme ajuda.

Conhecido como RangerBot, o protótipo foi desenvolvido por meio de uma parceria entre a Universidade de Queensland, o Google e a Fundação Great Barrier Reef.
Embora esteja construção nos últimos dois anos, foi lançado oficialmente em 31 de agosto, estando actualmente a efectuar os respectivos testes de mar.

O drone é programado usando um simples tablet ainda na superfície, levando este processo somente 15 minutos.
Uma vez submerso, usa um sistema de visão computacional para evitar obstáculos e navegar.
Este sistema (juntamente com outros sensores) permite detectar e registar problemas nos recifes, como o branqueamento de corais, a má qualidade da água, a poluição, o assoreamento e as diversas espécies de pragas.


Em relação ao último caso, este equipamento é capaz de identificar estrelas do mar e corais-de-espinho com uma taxa de precisão de/até 99,4%.
Quando isso acontece, ele pode injectá-los com um veneno, que não afecta outros organismos do recife (o seu antecessor, o COTSbot, é capaz de fazer a mesma coisa).
Os alunos do Worcester Polytechnic Institute, por outro lado, desenvolveram recentemente um robô submarino autónomo, que mata mesmo os peixes-leões invasores.

Com um peso aproximado de 15 kg (33 lb), o RangerBot de 75 cm de comprimento (30 polegadas) tem uma autonomia de aproximadamente oito horas por carga.
Isto permite que fique submerso por muito mais tempo do que um mergulhador, sendo capaz de inspecionar áreas consideravelmente maiores.


"Acreditamos, que isto vai representar um salto tecnológico significante, tanto na robótica marinha, quanto na protecção de recifes.
Esta é a única solução autónoma, acessível, barata e multifuncional para detectar e abordar as inúmeras ameaças aos recifes de corais de maneira eficiente", disse o Prof. Matthew Dunbabin, da Queensland.
"A nossa visão é tornar os RangerBots prontamente disponíveis e acessíveis para serem implantados no Recife, onde eles são mais necessários que nunca, e colocá-los nas mãos de gerentes de recifes, investigadores e comunidades em todo o mundo."