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Telemóveis com écrans flexíveis estão mais perto de se tornar uma realidade

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GF Prata
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Nov 8, 2014
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Telemóveis com écrans flexíveis estão mais perto de se tornar uma realidade


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A produção de telemóveis flexíveis não está muito distante da realidade
Imagem: Getty Images

Telemóveis que possam ser enrolados ou dobrados como uma folha de papel, não estão muito distantes de se tornarem uma realidade.

Os chamados telefones flexíveis estão sendo desenvolvidos por vários fabricantes, em busca de dispositivos com écrans que se dobram ao meio e com funções ainda mais radicais.

A Samsung, que abocanha a maior parte das vendas de telemóveis no mundo, talvez lance ainda este ano o seu primeiro aparelho flexível, segundo declarações do presidente executivo do departamento de telemóveis da empresa sul-coreana, DJ Koh, em entrevista recente.

Ele insinuou, que o novo dispositivo pode ser apresentado durante a Conferência de investigadores da Samsung, entre 7 e 8 de novembro em San Francisco, na Califórnia.

Outro fabricante nesta corrida é a chinesa Huawei, segunda maior vendedora de smartphones do mundo, que espera lançar produtos com estas características no princípio do ano que vem, segundo um relatório da revista económica japonesa Nikkei Asian Review.

Fontes da empresa ouvidas em julho pelo Wall Street Journal afirmam, que o protótipo do telemóvel flexível pode ser "dobrado como uma carteira", e o seu exterior mostraria uma barra de funções de um lado e a câmara do outro.

O jornal afirma também, que esta nova tecnologia é vista como uma possível forma de rejuvenescer a indústria global dos eletrónicos portáteis, numa tentativa de continuar a "impressionar os consumidores".

Em entrevista à rede CNBC, o executivo Koh explicou, que o processo de fabricação é "complicado", mas está na sua fase final.
Acrescentou, porém, que a empresa precisa ter um objectivo claro para um telemóvel com características flexíveis.


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Diversos fabricantes esperam lançar protótipos nos próximos meses
Imagem: Getty Images

"Se a experiência de um telemóvel dobrável for igual à de um tablet, será que as pessoas o irão comprar?"
"Cada dispositivo, cada função e cada inovação devem ter uma mensagem significativa para o cliente final."


Leitura e resistência

Um dos protótipos destes telemóveis flexíveis foi construído em 2016 pelo Laboratório de Mídias Humanas da Universidade Queen, no Canadá.

À época, o equipamento foi anunciado pela universidade como o "primeiro smartphone flexível do mundo em alta resolução e tecnologia sem fios".
Dobrável, o telemóvel permitiria uma experiência de leitura semelhante à de um livro, segundo os investigadores.

"Quando este é dobrado, as páginas passam da direita para a esquerda, como num livro.
Quanto mais forte for o acto de dobrar, mais rapidamente elas mudam de posição", disse em 2016 em comunicado o director do laboratório, Roel Vertegaal.

À revista Wired, Vertegaal disse recentemente que, além de mudar a experiência de leitura, os telemóveis flexíveis serão mais resistentes a choques, curvar-se-ão facilmente quando guardados dentro de bolsos e, dificilmente terão o seu écran danificado em caso de quedas.

Segundo ele, quando a produção desta nova tecnologia alcançar uma grande escala, "como se trata de plástico, os seus écrans flexíveis tornar-se-ão muito mais baratos" que as actuais.


Telas OLED

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Écran e componentes precisam ser mais duradouros e eficientes, para se poderem adaptar a esta nova funcionalidade
Imagem: Getty Images

Em algumas feiras de tecnologia, já estão a ser apresentados alguns modelos de telemóveis flexíveis de alguns fabricantes como a LG, Phillips, Sharp, Sony e Nokia.

O destaque destes dispositivos são os écrans OLED, que durante anos foram fabricadas pela Samsung e que também passaram a ser usados pela concorrência.

OLED é a sigla em inglês de Diodos Emissores de Luz Orgânica, que se caracteriza como um écran digital composto por milhares de pixels, cada um com sua própria fonte de luz.

Segundo consultores do sector, como estes écrans dispensam uma luz de fundo, conseguem ser mais finos do que as telas LCD, o que favorece a sua flexibilidade.

Isto torna as telas mais caras e, ao mesmo tempo, mais duráveis.

O mais complexo porém, é que, para fazer um telemóvel flexível, é preciso que outros componentes além do écran sejam dobráveis como a bateria e a carcaça, por exemplo.

Segundo a reportagem de julho do Wall Street Journal, o formato do telemóvel dobrável pode exigir uma bateria maior, despertando assim algumas preocupações quanto a um possível super aquecimento do aparelho.
Este facto pode exigir componentes mais poderosos, como os chips, o que pode elevar o custo final para o consumidor.

Ainda assim, Lixin Cheng, chefe da divisão móvel da empresa de comunicações chinesa ZTE, outra grande do sector, está convencido de que os telemóveis flexíveis serão a grande novidade no mercado dos equipamentos móveis.

A revista tecnológica Smart Life foi na mesma direcção, afirmando que os écrans flexíveis "serão, sem dúvida, a próxima grande revolução nos equipamentos móveis".
 
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