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A cerveja mais antiga do mundo é de uma safra com 13 mil anos

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GF Prata
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A cerveja mais antiga do mundo é de uma safra com 13 mil anos

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Arqueólogos descobriram evidências de uma cerveja, que remonta a 13 mil anos, tornando-se esta evidência a mais antiga de álcool artificial
Imagem: belchonock/Depositphotos

A cerveja foi uma das primeiras bebidas que os humanos já produziram e, pode ser muito mais antiga do que pensávamos anteriormente.
Acredita-se que a bebida tenha cerca de 7.000 anos, mas agora os arqueólogos encontraram pistas, que podem datar a produção de cerveja quase no dobro dessa idade, o que significa, que antecede a agricultura e representa o registo mais antigo de álcool produzido pelo homem.


As novas evidências foram descobertas na caverna Raqefet, em Israel, que já foi um local de sepultura para o povo natufiano, caçadores/coletores, que povoaram a região do Levante no Mediterrâneo Oriental entre cerca de 15.000 e 10.000 anos atrás.

Sobre os morteiros de pedra encontrados na caverna, os investigadores de Stanford descobriram traços de amido e partículas de plantas chamadas fitolitos, indicando, que grãos foram esmagados e processados de uma forma que sugere a fabricação de cerveja.
A descoberta surpreendeu a equipa.

"Nós não nos propusemos a encontrar álcool nos morteiros de pedra, mas só queríamos investigar quais os alimentos vegetais que essas pessoas podem ter consumido na altura, porque poucos dados estavam disponíveis no registo arqueológico", diz Li Liu, investigador-chefe do estudo.


De acordo com a equipa, os traços de cerveja parecem ter entre 11.700 e 13.700 anos de idade, tornando-os a mais antiga evidência conhecida de álcool artificial no mundo.

Com base nos traços encontrados nos artefactos, bem como numa compreensão da cerveja antiga noutras áreas, os investigadores delinearam um processo, que eles acreditam, que os povos natufianos usaram.
Primeiro, o trigo ou a cevada seriam maltados deixando grãos na água até que eles começassem a brotar.

Depois eles seriam secos e armazenados.
Mais tarde, esse malte seria amassado, aquecido e finalmente deixado fermentar com levedura selvagem.

O resultado final não seria parecido com a cerveja, que existe hoje.

Segundo a equipa, teria sido bastante mais espessa.

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Professor Li Liu, inspecionando antigos traços de grãos
Imagem: L.A. Cicero

Para confirmar as alegações, a equipa de Stanford recriou a antiga receita e descobriu que os traços deixados no seu equipamento correspondiam exatamente aos encontrados nos artefactos.
Esta não é a primeira vez que a equipa fabrica cerveja desta safra pois no ano passado, alguns dos mesmos investigadores elaboraram misturas baseadas numa receita chinesa com 5 mil anos, obtendo resultados mistos.

A descoberta é muito mais importante do que traçar apenas a história da tradição de uma cerveja relaxante depois de um dia duro de trabalho.
Os investigadores afirmam que a bebida provavelmente foi guardada como parte de festas rituais, onde talvez aqueles que comemoram os mortos, tenham sido encontrados num cemitério.

"Esta descoberta indica que a fabricação de álcool não era necessariamente um resultado da produção de excedentes agrícolas, mas foi desenvolvida para fins rituais e necessidades espirituais, pelo menos até certo ponto, antes da agricultura", diz Liu.

De facto, a cerveja não foi apenas e aparentemente anterior à agricultura, como também pode ter sido uma motivação para as primeiras civilizações se estabelecerem.
O mais antigo pão conhecido, possivelmente com mais de 14 mil anos, apareceu recentemente num sítio nativo da Jordânia, e juntos os dois podem ter inspirado a população a começar a cultivar cereais.
M. Irving
 
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