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O ‘medo’ antes de saltar, o segundo em que se entra na água, o corpo quase anestesiado pelas baixas temperaturas e o momento em que o corpo relaxa quando as diferenças de temperatura se amenizam…
Toda a experiência é única e aconselhada por quem já o fez. A sensação de relaxamento e alívio após o salto fazem valer a pena. Mas será apenas uma questão de gosto por quem procura tal descarga de adrenalina?
A ciência confirma que não. Qualquer desporto ao ar livre é aconselhado a quem quer melhorar a saúde mental, seja pelo contato com a natureza ou mesmo pela exposição ao sol, por exemplo. Mas o caso expecífico de nadar particulariza-se – em especial o nadar em águas geladas e não em piscinas de interior – e a ciência explica-o de forma bem argumentada.
Emergir o corpo em água fria leva a uma resposta por stress, que a BBC descreve como “reações fisiológicas e hormonais” que não diferem muito da reação de resposta a um ataque animal ou mesmo o momento antes de um exame.
Durante tal resposta, em que as hormonas de stress são libertadas, a pressão arterial aumenta, assim como o batimento cardíaco e a respiração. Mas se o nadar em águas frias for uma prática constante para si, a resposta por stress será cada vez menos expressiva e o corpo vai se sentir cada vez mais relaxado.
Porque esta não é uma prática que tenha de ser prescrita por um especialista, é importante garantir que o mesmo é feito em segurança. Para tal, garanta que não tem problemas cardíacos e que sabe nadar e comece a prática no final do verão ou inícios de outubro (altura em que a água não está demasiado fria). Como primeiras vezes, deve também escolher um local onde o mar é pouco agitado e onde pode entrar com alguma calma, em vez de se atirar para a água, literalmente.
Por fim, tenha em mente que em dois ou três minutos o seu corpo estará a uma temperatura semelhante à da água, logo, vai se sentir muito melhor. Este é o pensamento ideal para o momento em que se sente o choque térmico.
É pois neste momento em que o corpo relaxa, à mesma temperatura que a da água, que se reduz a hormona do stress, um aspeto que tem consequências bastante positivas para a mente de muitos indivíduos que vivem em stress, ansiedade e outros problemas mentais.
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