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Se o prato que lhe serviram não é aquilo que mais adora, vai comer o mínimo e sentir-se satisfeito, mas se lhe apresentarem um prato cheio de qualquer que seja o seu guilty pleasure, seja panquecas, batatas fritas ou qualquer outra comida, aí a conversa é outra: vai comer mais do que a dose que normalmente come, sentir-se cheio e continuar a comer… e possivelmente uma hora depois vai se arrepender do exagero. Ainda assim, este é um ‘pecado’ comum a qualquer ser humano em alguma altura.
Porque temos esta tendência? A questão acerca deste comportamento humano à mesa é respondida por um grupo de investigadores da Uiversidade de Michigan que refuta a teoria de que é o sabor da comida que incentiva ao seu constante consumo.
Em vez disto, sugere-se que o culpado seja o cérebro, em específico dois tipos de células neurológicas com funções algo opostas: a POMC, que ‘informa’ o cérebro de que o organismo já está cheio, e a AgRP que encoraja a que o corpo sinta fome e continue a comer.
Ora, quando ambas as células são estimuladas, o indivíduo depara-se num misto de ‘estou cheio’ e de ‘não vou parar de comer’, o que resulta neste cenário exato, o de comer sem vontade.
Embora os especialistas notem que este comportamento acontece apenas com os tipos de comida que as pessoas mais desejam (ou menos resistem) ainda não se explica o porquê desta estimulação simultânea, que carece de mais estudos.
Para já, deixam a nota de que “há uma vasta indústria que nos incentiva a comer, quer o necessite ou não, através de estimulação visual, embalagens, cheiros e até emoções”. Como explica um dos autores do estudo, “as pessoas sentem fome apenas por olhar para tais estímulos, e é preciso estudar os sinais neurológicos que envolvem tal atenção”.
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