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Um operário da construção civil, de 48 anos, foi detido por ter passado o último ano a bater na mãe, com 87 anos, para que esta lhe desse dinheiro para sustentar o vício do álcool. Fê-lo depois de ter cumprido três anos de prisão por também ter agredido, física e psicologicamente, a progenitora.
Mesmo assim, o juiz de instrução criminal decidiu libertá-lo apenas com a proibição de se aproximar da vítima e da casa da família, medida de coação que fonte policial ouvida pelo JN acredita que não será respeitada.
Três anos na cadeia
Solteiro e sem emprego fixo, o operário da construção civil intercalava um dia de trabalho com três ou quatro a vaguear pelos cafés do concelho de Amarante. À noite, regressava à casa que partilhava com a mãe e com um irmão mais novo e era nessa altura que, quase sempre alcoolizado, insultava e frequentemente agredia a octogenária. O objetivo era retirar dinheiro à idosa para, no dia seguinte, ter como pagar o consumo de mais bebidas alcoólicas.
Devido àquele comportamento, o homem foi condenado uma primeira vez a dois anos de prisão pelo crime de violência doméstica. A pena foi, contudo, suspensa e as agressões continuaram. De tal forma que o operário voltou a ser condenado pela mesma razão. À segunda vez, a pena de três anos foi cumprida de forma integral na cadeia.
Idosa sem proteção
No verão do ano passado, o homem saiu em liberdade e, sem mais sítio para onde ir, regressou a casa da família. Nessa ocasião, o irmão, que chegou a proteger a octogenária em diversas situações, já tinha emigrado e a idosa ficou ainda mais indefesa perante as investidas do filho. As agressões voltaram a ser constantes, levando vizinhos e familiares a denunciar o caso à GNR. O Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas de Penafiel e, após uma semana de averiguações, deteve, pela terceira vez, o operário.
O detido foi interrogado pelo juiz de instrução criminal no início da semana e, no final, foi libertado com a condição de que não contactaria a mãe, nem voltaria à casa daquela.
IN:JN