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O crime que está a chocar Espanha: queria ir ao supermercado e acabou morta pelo vizinho

Lordelo

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"Ensinam-te a não andar sozinha em lugares escuros em vez de ensinarem os monstros a não o ser. É esse o problema". A frase estava escrita em espanhol mas o significado é o mesmo. Foi partilhada no Twitter, em 2015, por Laura Luelmo, a jovem espanhola cujo homicídio está a chocar Espanha. Também ela estava a andar sozinha num lugar escuro. E não foi esse o problema.

Laura Luelmo. 26 anos. Professora. Desapareceu na semana passada, dias depois de ter estreado o novo emprego. Foi encontrada morta na segunda-feira, a quatro quilómetros da casa que tinha arrendado, no município de El Campillo, província de Huelva, sul de Espanha.

Natural de Zamora, estava só há uma semana em El Campillo, a dar aulas na Secundária Vázquez Díaz, na vizinha cidade de Nevera. O alerta para o desaparecimento foi dado na passada quinta-feira, um dia depois de Laura ter saído de casa para fazer exercício e nunca mais ter voltado, nem aparecido na escola, nem atendido os telefonemas dos pais.

No sábado seguinte, a Guarda Civil e mais de 200 voluntários bateram a zona à procura da professora desaparecida. A busca terminou na segunda-feira, quando um dos voluntários que rastreavam uma zona de mato, atraído por roupas espalhadas ao acaso, descobriu o cadáver da mulher num aterro, escondido por ramos de árvores. "Seminua, de cabeça para baixo e com evidentes sinais de violência, incluindo marcas no pescoço e contusões na cabeça", descreve o jornal "El Mundo".

As características físicas, a idade aparente e uma tatuagem não deixaram margem para dúvidas e permitiram desvendar que o corpo ali abandonado sem respeito era o de Laura. O que já era quase certo foi mais tarde confirmado pelo governo da Andaluzia.

Indícios revelaram cedo que Laura foi assassinada e, esta terça-feira, a autópsia confirmou a causa da morte. Laura morreu depois de ter sido "violentamente golpeada na cabeça", entre 14 e 15 de dezembro, ou seja, dois ou três dias depois de ter desaparecido.

Segundo o jornal espanhol "El Mundo", tudo aponta para que, antes de ser morta, Laura tenha sido vítima de uma agressão sexual, indícios que carecem de confirmação oficial, uma vez que a investigação se encontra sob segredo de justiça. Segundo fontes ligadas à investigação citadas pela Europa Press, a equipa do Serviço de Criminalística da Guardia Civil está a analisar provas e vestígios biológicos da vítima.



Bernardo Montoya, 50 anos, com historial de antecedentes criminais, foi desde o primeiro momento um dos principais suspeitos do homicídio. Para Laura, era o vizinho de aspeto rude que se sentava à porta de casa a observá-la sem pudores e que, por isso, a intimidava. Laura chegou a falar com o namorado sobre o receio que a atitude do homem lhe provocava. Montoya - condenado no passado recente por roubos e o homicídio de uma mulher - foi detido na terça-feira por suspeitas de ligação ao desaparecimento e homicídio de Laura. Esta quarta-feira de manhã, confessou o crime.

Segundo a última versão do detido, que dá força à tese das autoridades, tudo terá começado quando Laura se abeirou de Bernardo, sentado num banco à porta de casa, para lhe perguntar se havia um supermercado nas proximidades. O homem deu-lhe uma direção falsa de forma a levá-la para um beco sem saída, depois pegou no carro e foi encontrá-la no mesmo local. Surpreendida por vê-lo, perguntou-lhe o que fazia ali. Montoya gozou com a inexistência do supermercado e acabou por agredi-la, atirando a cabeça da vítima contra a mala do carro. Laura caiu inconsciente no chão, Bernardo atou-lhe as mãos, levou-a para o carro e conduziu até ao local onde depois viria a ser encontrada. Ali, admitiu, despiu-a e tentou agredi-la sexualmente, embora, de acordo com os relatos do próprio, não tenha conseguido. No testemunho, o homem garantiu que a vítima estava viva no momento em que se colocou em fuga.

O primeiro homem a ser considerado pelas autoridades como possível homicida foi Luciano Montoya, irmão gémeo de Bernardo, também vizinho de Laura, mas a hipótese foi descartada pela Polícia uma vez que, no dia em que a vítima desapareceu, Luciano estava detido na prisão de Ocaña, em Todelo, pelo homicídio de outra mulher

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