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Onze perguntas e respostas sobre o cancro da pele

Lordelo

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O cancro da pele não melanoma é o tipo mais recorrente entre os tumores malignos identificados. A doença apresenta sintomas silenciosos: lesões na pele que demoram mais de quatro semanas a cicatrizar, variação na cor de sinais pré-existentes e manchas que provocam comichão, ardem, descamam ou sangram.

A médica Adriana Scheliga, da Oncoclínica Centro de Tratamento Oncológico, no Brasil, faz um panorama da doença.

1. O que é o cancro da pele? É a neoplasia maligna mais comum e mais frequente no mundo. Apresentando uma maior incidência em pacientes que se submetem a uma elevada exposição solar, sendo este o principal fator causal da doença, que, de um modo geral, se separa em dois tipos principais: o não melanoma e o melanoma.

2. Por que surge? O fator etiológico principal é a exposição excessiva ao sol. Por isso, é um tumor incomum nas crianças. Também por isso, é mais frequente depois de determinada idade, em virtude do tempo de exposição ao sol.

3. Quais são os sintomas primários? Esses sinais são relacionados às áreas expostas e às que têm o tumor. As áreas mais expostas ao sol (face, tronco, membros superiores e inferiores) podem apresentar tumores. Contudo, face, rosto e orelha e a região do pescoço e tórax anterior são as regiões mais frequentemente acometidas pelos tumores, que se apresentam de forma, tamanho e cores diferentes, sendo que, se uma lesão cutânea cresce, muda de cor, sangra, tem alterações no formato, descasca, coça, necessita de ser imediatamente avaliada por um dermatologista.

4. Quais são os tipos e como se caracterizam? Os mais frequentes são os tumores não melanoma e o melanoma. Felizmente, os tumores não melanomas, principalmente os carcinomas epidermóide e basocelular, são os mais incidentes e, frequentemente, o tratamento é única e exclusivamente através da cirurgia. Assim, quanto menor a lesão mais simples é o procedimento. Já os tumores denominados de melanoma vão depender da extensão, da profundidade, da localização, se apresentam ou não metástase, essa doença tem uma característica mais agressiva, mas, felizmente, é menos frequente.

5. Qual é a diferença entre os raios UVA e UVB? O seu significado refere-se a radiações ultravioletas A e B, que são radiações ionizantes emitidas pelo sol. As A penetram mais profundamente na pele. Já as B penetram menos profundamente. O período de maior intensidade dessas ondas é das 10h às 16h. Logo, é importante ter em atenção que esse é o horário mais crítico, ou seja, com maior quantidade de raios ultravioletas A. Também por isso, é o período mais arriscado para a exposição solar.

6. Os dois provocam cancro da pele? Ambos podem causar cancro da pele. A diferença é que a B penetra mais superficialmente na pele e é responsável pela vermelhidão após a exposição solar.

7. Como é o exame capaz de diagnosticar o cancro da pele? O diagnóstico definitivo é feito, geralmente, por meio de biópsia, que deve ser feita por um profissional que tenha especialidade a avaliar tumores de pele. Tal porque é importante ir além da avaliação médica dermatológica, clínica, a olho nu, também feita por meio da dermatoscopia, aparelho que aumenta e permite visualizar algumas características a olho nu.

8. Com que frequência devem ser feitos exames? A frequência vai depender do tipo, irá variar de caso para caso. Se for o carcinoma basocelular (o mais frequente, o mais comum, quando se fala em tumor de pele), uma vez que ele é ressecado e não tem mais margens comprometidas, não há mais a ser feito, o tratamento está realizado. Se for um melanoma, vai depender de uma série de fatores (localização, profundidade, entre outros).

9. Existem grupos de risco? A cor da pele (mais claras têm maior incidência), a quantidade de exposição solar, histórico familiar, principalmente, o melanoma, além de alguns pacientes submetidos a certos tipos de tratamentos, como transplantes de medula óssea e de rim.

10. Como é o tratamento? Será determinado pelo tipo de tumor (se melanoma ou não melanoma), a localização, a extensão e a frequência – por exemplo, se for um tumor recidivante, se o paciente for tratado e caso tenha uma recidiva local, dependendo, alguns tratamentos como radioterapia podem ser necessários. Ou, ainda, se o paciente tem doença metastática, este precisará de ser submetido a imunoterapia e quimioterapia.

11. Medicamentos podem alterar a sensibilidade ao sol? Algumas drogas quimioterápicas não podem ser expostas ao sol. Há quimioterapias que podem aumentar a sensibilidade ao sol. Por exemplo, a bleomicina, utilizada em alguns linfomas e tumores de testículo, que devem ser evitadas ao máximo a exposição solar, uma vez que aumentam a sensibilidade ao sol.

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