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O motorista do camião que na passada segunda-feira esteve envolvido num acidente mortal com um helicóptero, em São Paulo, no Brasil, foi retirado dos destroços por uma mulher, enquanto outros assistiam e filmavam.
Leiliane Rafael da Silva seguia de moto com o marido na Rodovia Anhanguera quando viu o helicóptero chocar com o camião. A mulher de 28 anos de idade explicou ao G1 que pediu ao marido para parar e correu para o veículo pesado, para verificar se alguém precisava de ajuda.
“Não pensei em nada. Falei para parar a moto e voltei correndo. Fui ver o camião para ver se tinha alguém vivo. O moço estava vivo, felizmente”, indicou Leiliane, à mesma publicação.
A vendedora, mãe de três filhos, usou o capacete para partir o que restava do vidro da porta do camião, pediu uma faca ao grupo de trabalhadores que estava a limpar mato da estrada, naquela zona, e cortou o cinto de segurança do motorista. Depois, foi ajudada a tirar o homem em segurança.
“A gente tirou ele para fora pelo vidro porque a porta estava emperrada e não saía”, explicou a mulher, acrescentando que no momento “queria ajudar” e não pensou em mais nada.
João Adroaldo Tomanckeves, de 52 anos, acabaria por ser o único sobrevivente do acidente, que custou a vida ao piloto Ronaldo Quatrucci e ao jornalista Ricardo Boechat. A mulher é agora elogiada tanto na imprensa, como nas redes sociais brasileiras, que lhe chamam “super-heroína”.
Leiliane indicou, ainda, que viu que uma pessoa saltou da aeronave antes da colisão com o veículo pesado. Os investigadores acreditam que tenha sido o jornalista, dada a localização do corpo. Boechat acabaria também por morrer ao ser atingido pelo helicóptero.
A brasileira queixou-se de que foi impedida de se aproximar do helicóptero por funcionários da concessionária, por causa do risco de explosão. Inicialmente, Leiliane criticou os funcionários.
“Mas eu queria salvar ele. Porque o piloto não pulou, ficou dentro do helicóptero. A minha intenção ali na hora era tirar ele de lá. Eu tinha que ter tirado ele de lá. Tinha que ter puxado para o meio da pista. O outro moço já tinha morrido”, indicou.
No entanto, Leiliane sabe que não ter ido foi a melhor opção. “Só que agora que eu estou aqui e que eu já sei que não tinha mais como tirar ele de lá, porque explodiu novamente. Eu vejo que eu podia ter morrido junto com ele”, admitiu.
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