• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Com 71 anos, nunca soube o que era a dor, nem no parto. Já se sabe porquê

Lordelo

Sub-Administrador
Team GForum
Entrou
Ago 4, 2007
Mensagens
37,435
Gostos Recebidos
804
naom_5c9d28f6e3f77.jpg


Aos 65 anos, Jo Cameron, que vivia uma vida discreta e pacata com o marido junto ao Lago Ness, na Escócia, foi operada à mão.

Como em tantos outros momentos na sua vida, os alertas de que algo era doloroso pouco adiantavam a Jo Cameron. O médico estranhou quando, após a cirurgia, a paciente não tinha queixa nenhuma de dor nem interesse algum em ver receitados analgésicos.

O caso excecional era só mais um dia normal para Jo Cameron. O parto decorreu sem epidural e também sem grandes dores. Ao longo dos anos, acumulou cortes, fraturas e a degeneração de tecidos e ossos natural da idade. Mas zero queixas.

Por vezes era o marido quem alertava Jo que esta se tinha cortado. Havia sangue, mas de dor, nem um mínimo sinal. De resto, Jo raramente sentira ansiedade de qualquer espécie.

O caso intrigou o médico, que a reencaminhou para colegas investigadores.

Tudo isto aconteceu há cinco anos. Agora, com Jo Cameron já com 71 anos, o assunto é explorado num artigo publicado no The British Journal of Anaesthesia. E as primeiras conclusões apontam para uma novidade no campo da ciência.

Investigadores acreditam ter encontrado uma mutação num gene, que até hoje nunca tinha sido descoberta.

Terá sido esta mutação que permite a Jo, como a poucas pessoas no mundo, lidar com a dor (ou melhor, mal ter de lidar com ela).

Há mais de uma centena de anos que se documentam casos científicos de pacientes que mal sentem dor ou ansiedade. Mas é um caso especial, como dá conta John Wood, da University College London que, citado pelo New York Times, é perentório: "Nunca encontrámos um paciente assim".

Agora, os investigadores querem perceber ao pormenor a mutação genética em causa, algo que poderá ser uma nova 'pista' terapêutica no tratamento da dor.


IN:NM
 
Topo