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Coveiro deixa caixão destapado dois dias em cemitério de Caminha

Lordelo

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Um coveiro deixou um caixão "a descoberto" durante cerca de dois dias no cemitério de Vila Praia de Âncora. O homem, de 50 anos, funcionário da Junta de Freguesia local há cerca de 30, terá iniciado o enterro ao final da manhã, no dia das respetivas cerimónias fúnebres, foi almoçar e não regressou para o concluir o trabalho.

Os familiares do defunto reclamaram nesse mesmo dia junto da autarquia, mas o coveiro não regressou também no dia seguinte e o caixão continuou destapado.

O caso acabou por ser resolvido dois dias depois. Esta é a versão dos acontecimentos do presidente da Junta de Vila Praia de Âncora, Carlos Castro (PSD), que foi confrontado esta segunda-feira com um pedido de esclarecimentos público do Partido Socialista local sobre o caso.

Ao Jornal de Notícias, o autarca confirmou a situação e referiu que o coveiro está a ser alvo de "um processo disciplinar". O resultado será tornado público.

"Este funcionário tem uma atenuante que eu acho que é válida: morreu-lhe a companheira há pouco tempo e ele psicologicamente não estava bem. Ele é coveiro na freguesia há quase 30 anos e nunca tivemos nenhuma reclamação", afirma Carlos Castro, lamentando o transtorno causado à família.

"Lamentamos e pedimos desculpa. Eu próprio fui ao cemitério ver o que estava a acontecer e fiquei chocado", diz o autarca, descrevendo que, no dia do funeral, a 28 de janeiro, a esposa e a filha do defunto deram conta do "caixão a descoberto" no cemitério cerca das 18 horas. E reclamaram na Junta de Freguesia. Mas, dando conta que o enterro continuava por concluir no dia seguinte, os familiares ter-se-ão disponibilizado para cobrirem a urna. Mas a situação acabou por ser solucionada no dia 30 com a colaboração de outros funcionários.

O caso deu origem esta segunda-feira a um comunicado dos eleitos do PS na Assembleia de Freguesia de Vila Praia de Âncora, que consideram a "situação grave", tendo em conta "todas as consequências emocionais para a família e a criação de riscos sanitários desnecessários".

Os socialistas pedem que "haja consequências para os responsáveis por uma situação tão lamentável e um esclarecimento porque é urgente saber o que é que a Junta de Freguesia está a fazer para que estes factos não se venham a repetir". Sobre a posição dos socialistas, Carlos Castro, comentou: "Lamentamos que venham para a praça pública, quando podiam pedir uma reunião à Junta para resolver o assunto em sede própria".

Em declarações ao JN Ana Rita Rocha, filha do falecido, um homem de 61 anos, disse que o caso só foi resolvido ao segundo dia, porque "a família bateu o pé". "A tumba só foi fechada às sete da tarde do dia seguinte ao funeral, porque eu e a minha mãe nos plantamos no cemitério e ameaçamos pegar na pá e cobrir o caixão", contou, referindo que "o senhor presidente da junta só queria resolver no dia seguinte às 9 horas da manhã".

Ana Rita Rocha diz que foi apresentada uma reclamação formal na junta de freguesia e espera que "seja feita justiça".


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