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FluSense: o Raspberry Pi que analisa a tosse e ajuda a prevenir pandemias

kok@s

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O surto da COVID-19 que assola todo o Mundo, fez despertar alguns projetos e ideias, muitos deles que estariam guardados numa gaveta há anos. Nesse sentido hoje damos a conhecer o FluSense, um dispositivo que recorre ao Raspberry Pi e é capaz de analisar o som da tosse, podendo ajudar a prevenir pandemias.


O projeto nasceu nos EUA, é um equipamento portátil, de baixo custo, mas que ajudar a detetar gripes e outras doenças respiratórias.


tosse-720x405.jpg





Em alturas de crise, também surgem boas ideias. Um exemplo é o E-Vent, um ventilador barato para o tratamento da COVID-19, que foi criado pelo MIT.

O E-Vent é baseado num projeto iniciado há quase uma década, como parte do curso MIT Precision Machine Design. Ao contrário dos ventiladores mecânicos nos hospitais que são caríssimos, este é um ventilador manual que precisa de alguém para o operar.
Mas há mais ideias!

FluSense analisa a qualidade da tosse através de um Raspberry PI



Os investigadores Forsad Al Hossain e Tauhidur Rahman da Universidade de Massachusetts Amherst, nos Estados Unidos, desenvolveram um equipamento portátil que é capaz de transformar o som da tosse em dados de saúde, através da inteligência artificial.


O dispositivo, designado FluSense, é composto apenas por um microfone de baixo custo, uma câmara térmica e um Raspberry Pi.





FluSense




Através da análise da nossa tosse, o equipamento pode ajudar a entender o funcionamento das gripes e outras doenças respiratórias virais, como por exemplo a COVID-19 ou a SARS. Desta forma, poderá ser um recurso que ajuda na prevenção de pandemias.
O FluSense foi projetado para as salas de espera dos centros de saúde, hospitais e espaços públicos amplos.


Como funciona o FluSense?



O equipamento capta os sons da tosse, e também dos espirros, mede o tamanho das multidões e depois faz cálculos e analisa os dados em tempo real.
Através das informações obtidas, o FluSense ajuda a determinar qual a melhor altura para as campanhas de vacinação, bem como indicar eventuais restrições de viagens e ainda orientar o fornecimento de recursos médicos, etc. Estas e outras funcionalidades do dispositivo, podem, assim, ajudar a salvar vidas.


Resumidamente o equipamento consegue detetar os sintomas iniciais de doenças respiratórias.





Forsad Al Hossain e Tauhidur Rahman com o equipamento FluSense (University of Massachusetts Amherst)




Para que o projeto fosse possível, os investigadores criaram um modelo de tosse. Depois treinaram o sistema para determinar a quantidade de pessoas presentes nas imagens térmicas.


Os testes reais foram realizados entre dezembro de 2019 e julho de 2019, tendo o FluSense sido inserido numa caixa retangular, do tamanho de um livro, e colocado em quatro salas de espera da clínica da Universidade. Durante esse período, recolheu e analisou 21 milhões de áudios e ainda 350 mil imagens térmicas.


O resultado destas provas mostrou que o equipamento conseguiu prever com precisão, as taxas diárias de diagnósticos de doenças respiratórias realizadas na clínica.


De acordo com Rahman:


Pensei que se pudéssemos capturar barulhos de tosse ou espirros em espaços públicos, onde muita gente naturalmente interage, poderíamos usar essa informação como uma nova fonte de dados para prever tendências epidemiológicas.


Já Hossain explica que:


Esses sistemas estão a tornar-se mais baratos, poderosos e portáteis.


Agora os investigadores necessitam que a eficácia do equipamento seja validade noutros ambientes que não o universitário.
 
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