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Karol Sikora, antigo chefe do programa de oncologia da Organização Mundial de Saúde (OMS), disse ser possível que o novo coronavírus desapareça naturalmente antes que haja uma vacina. As declarações foram feitas através da sua página de Twitter e estão a aumentar a esperança da comunidade internacional.
"Estamos a ver um padrão muito semelhante em quase todos os locais. Suspeito que tenhamos mais imunidade do que o estimado. Temos de continuar a diminuir a velocidade do vírus, mas é possível que ele se esteja a esgotar por si só", escreveu o médico.
Na base destas afirmações, Sikira aponta um estudo assinado por investigadores portugueses, brasileiros, britânicos e norte-americano publicado na plataforma medRxiv.
Segundo a investigação, "à medida que o SARS Cov-2 se espalha, a subpopulação suceptível reduz, causando um declíneo na incidência de novos casos". Ou seja, os indivíduos mais expostos tendem a ser infetados mais cedo e o esgotamento seletivo intensifica a desaceleração do contágio.
"Eventualmente, os números suceptíveis tornam-se baixos o suficiente para impedir o cresicmento da pandemia, ou, noutras palavras, o limiar de imunidade do rebanho é atingido", pode ler-se.
As autoridades de saúde calculam que a imunidade de grupo no caso da Covid-19 é atingida quando 60-70% da população fica imune. No entanto, estes investigadores sugerem que "a variação na suscetibilidade ou exposição à infeção reduz essas estimativa".
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