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Anticorpo encontrado em pacientes com SARS também pode bloquear o novo coronavírus

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Dez 9, 2019
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À medida que o tempo passa, os laboratórios conseguem perceber melhor o SARS-CoV-2 e a própria infeção em si, a COVID-19. Apesar de ainda estarmos numa fase de muitos contágios pelo mundo fora, já se conhece mais desta ameaça viral. Conforme foi dado a conhecer, investigadores descobriram que existe um anticorpo, que foi encontrado em pacientes com SARS, que também pode bloquear o novo coronavírus.


O desafio para encontrar uma cura para o novo coronavírus representa uma enorme pressão. No momento, há três esforços separados a serem realizados.






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Anticorpo que atacou o SARS há 17 anos pode atacar o SARS-CoV-2
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Há várias abordagens que se pensa poderem resolver, para já, o problema da pandemia. Uma das soluções mais simples é usar medicamentos comuns para tratar sintomas e prevenir complicações. Estes medicamentos incluem o Remdesivir, que comprovadamente reduz o tempo de recuperação da COVID-19, e anticoagulantes, que podem evitar complicações relacionadas à coagulação, incluindo derrames, ataques cardíacos e morte.



Uma outra abordagem para o tratamento refere-se às vacinas, que podem estar prontas em setembro, para prevenir a infeção. Contudo, as vacinas podem não funcionar e não há garantia de que elas realmente sejam implementadas antes do próximo ano.



A terceira opção consiste em novos medicamentos que estão a ser desenvolvidos para impedir a replicação do vírus dentro do corpo e melhorar a condição do paciente. Estes são medicamentos de anticorpos que funcionariam como uma transfusão de plasma de um paciente que sobreviveu à COVID-19. Além disso, estas novas drogas também poderão fornecer imunidade limitada, acreditam alguns investigadores.



Temos visto um número crescente de relatórios a detalhar os vários medicamentos de anticorpos monoclonais, com vários desses medicamentos já em desenvolvimento na China, Coreia e EUA. O último estudo detalha uma descoberta incomum, mas emocionante: um anticorpo de um paciente que sobreviveu ao SARS, há 17 anos, trabalha contra o SARS-CoV-2.





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SARS… o coronavírus que matou cerca de 10% das pessoas infetadas em 2003
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Vamos a contas. No mundo, com o vírus que apareceu no final de 2019, o SARS-CoV-2, já morreram (à data e hora deste artigo) 325 555 pessoas, em 5 016 689 casos confirmados. Portanto, a taxa de mortalidade é de cerca de 6,4%. Um número bastante abaixo da taxa de mortalidade que se registou com o SARS de 2003.



Segundo o que foi à data reportado, o coronavírus que apareceu em 2002 e atacou o mundo em 2003 matou 774 pessoas num total de 8 098 casos em todo o mundo. Portanto, a letalidade posicionou-se em cerca de 10%.



Este vírus que o mundo enfrenta agora é o novo coronavírus, o que explica o nome escolhido para o vírus que causa a COVID-19.




[h=3]S309, o anticorpo que 17 anos depois pode acabar com a COVID-19?[/h]
Os investigadores olharam para o que aconteceu com o SARS, em 2003, e com o MERS, em 2013, para perceber se existem padrões que se possam usar. Na verdade, embora estas 3 doenças sejam provocadas por coronavírus, ambas apresentam comportamentos diferentes, com cenários todos eles graves. Assim, este último tem um nível de letalidade menor, por casos infetados, mas uma muito mais alta taxa de contágio.



Conforme foi estudado, uma pessoa que sobreviveu ao SARS desenvolveu um anticorpo que os investigadores chamam de S309, num novo estudo publicado na revista Nature. O estudo foi conduzido por médicos da Universidade de Washington, Instituto Pasteur em França, Università della Svizzera Italiana, Suíça e Vir Biotechnology. Esta última é uma das empresas americanas que atualmente procura desenvolver anticorpos monoclonais para a COVID-19.



O anticorpo S309, encontrado no sangue desta pessoa, mostrou uma forte capacidade de se ligar à nova proteína do espigão do novo coronavírus, que é o principal componente do vírus SARS e SARS-CoV-2, que permite que estes dois se liguem às células para as invadir.



Sem este processo, o vírus não pode entrar na célula para se replicar e um paciente não ficaria doente com a COVID-19 mesmo depois de contrair o vírus.




Mapa dos países infetados pela epidemia de SARS entre 2002-11-01 e 2003-08-07




[h=3]Proteína espigão do vírus é o alvo deste anticorpo[/h]
Experiências de laboratório mostram que o S309 pode ligar-se à proteína espigão (spike), mas serão necessários testes em humanos para verificar se o anticorpo é eficaz e seguro. O S309 é apenas um dos 25 anticorpos monoclonais do SARS encontrados no sangue do paciente, incluindo amostras recolhidas em 2004 e 2013.
Os investigadores identificam o S309 como o anticorpo neutralizador do SARS mais potente, que pode bloquear o novo coronavírus. Contudo, dizem que ele pode ser combinado com anticorpos SARS adicionais que tiveram uma atividade mais fraca contra o SARS-CoV-2, a fim de formar um “cocktail” que poderia fornecer proteção adicional.



Segundo o laboratório americano,Vir Biotechnology, os dois medicamentos com versões geneticamente modificadas do anticorpo S309 serão usados ​​em testes clínicos em parceria com a GlaxoSmithKline. Estes são conhecidos como VIR-7831 e VIR-7832. O primeiro deve ter uma meia-vida prolongada, enquanto o segundo tem uma meia-vida prolongada e deve funcionar como uma vacina de células T, de acordo com a empresa.



Notavelmente, acreditamos que o S309 provavelmente cubra toda a família de coronavírus relacionados, o que sugere que, mesmo que o SARS-CoV-2 continue a evoluir, pode ser bastante desafiador tornar-se resistente à atividade neutralizante do S309.



Além disso, o S309 exibe uma função efetiva potente in vitro, permitindo que o anticorpo se envolva e recrute o restante do sistema imunológico para matar as células já infectadas. Vimos em modelos animais de outras infecções respiratórias, como a gripe, que a função efetora aumenta significativamente a atividade de anticorpos que já são potencialmente neutralizantes.


Explicou o investigador da Vir, Herbert Virgin, em comunicado.



Conforme temos percebido, há várias abordagens já em fase avançada de testes, se umas procuram novas drogas, outras estão a traçar o caminho através de outros SARS.




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