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Leyat Helica, uma espetacular má ideia para um carro movido a hélice

D.Corleone1

GF Ouro
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Fev 22, 2020
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Não tenhamos dúvidas que no passado surgiram as mais espetaculares ideias para dar movimentos aos veículos. Aliás, carros elétricos são coisa do passado, experiências com combustível nuclear foi de outra era e até usar uma hélice, para “voar sem asas”, já se testou há muitas décadas. Portanto, olhando para o panorama atual, diríamos que a tecnologia automóvel não evoluiu nada de extraordinário.


Apesar de termos hoje o pensamento nos veículos movidos a energia limpa, no passado houve quem tivesse uma fantástica má ideia de movimentar os carros com ar… puro!








Pode parecer estranho, mas o mundo automóvel já passou por muito. Do vapor, ao nuclear, passando pela energia elétrica até ao combustível fóssil, muita coisa no passado foi tentada. Ganhou, como sabemos, o lobby do petróleo, mas isso não invalida a fantástica criatividade colocada ao serviço das 3 ou 4 rodas.



O carro em causa, um requintado Helica Leyat, data de 1921 e apenas foram feitas 30 unidades. O seu criador, o francês Marcel Leyat, construiu-os todos e 23 dizem que terão sido vendidos. Leyat era designer de biplanos antes do início da Primeira Guerra Mundial, mas dedicou-se ao design de automóveis.






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Helica Leyat fazia o carro voar baixinho
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Podemos ler e deliciar-nos com a resenha histórica do seu criador. Conforme rezam os acontecimentos, Leyat percebeu que os primeiros projetos de carros eram muito pesados ​​e aerodinamicamente ineficientes. Portanto, sendo ele um conhecedor dos pontos basilares dos aviões, esforçou-se para resolver os entraves.



Na altura, a ideia de haver rodas motrizes pareceu-lhe altamente complexo. Isto porque iria exigir transmissões e embraiagens, eixos de transmissão e diferenciais e todo o tipo de peças. Por outro lado, os aviões eram projetados para serem aerodinâmicos e leves desde o início, e a hélice podia ser montada mais ou menos diretamente na cambota do motor. Então, por que não um avião sem asas para a estrada?


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Enquadrando a época, temos de perceber que estávamos no início da indústria automobilística, e todos os tipos de tecnologias diferentes podiam e eram ainda misturados. Em 1913, a potência era um recurso bastante escasso. Na altura em que Leyat construiu a sua primeira Helica, este carro usava um motor Harley-Davidson V-twin de 1.000 cc de 18 cavalos numa carroçaria monocoque leve e tinha muitas peças de alumínio para obter um peso total de apenas 250 kg.



Aliás, em vez de usar rodas tradicionais, Leyat construiu a sua própria versão da roda. Desenhou e fabricou discos de alumínio e integrou os travões para reduzir ainda mais o arrasto.



O seu objetivo era extrair o movimento desse poder da forma mais eficiente possível. Nesse sentido, ele saiu-se muito bem; um Helica posterior registou uma velocidade máxima de 171 km/h em 1927, uma velocidade assustadora para a época.











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Uma excelente má ideia colocar a hélice na frente
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Há vários aspetos críticos nesta conceção. Para começar, um carro com uma hélice à frente, é uma ideia que iria falhar por todos os aspetos e mais alguns. A gaiola da hélice inicialmente não seria blindada com arame. Provavelmente foi um upgrade ao projeto original depois de pássaros e pedestres poderem correr risco de vida ao chocar com tal “armadilha”.



Leyat também adotou uma abordagem inspirada na aviação para a direção, evitando as complexidades de uma cremalheira de direção. Assim, neste seu projeto utilizou um sistema de direção de roda traseira muito simples, operado por um cabo, que puxava a extremidade traseira para fora para virar o carro.







Portanto, emoção não deveria faltar a conduzir este bólide. Velocidade estonteante para a altura, um sistema de direção que exigia toda e mais alguma arte do piloto e um método de deslocação único nas estradas.





np
 
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