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ONU pede mais liderança países ricos na redução emissões gases

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A ONU pediu hoje uma maior liderança dos países desenvolvidos no combate às causas das alterações climáticas com medidas mais ambiciosas no corte de emissões de gases que aumentam o efeito estufa e um aumento da cooperação com os países em desenvolvimento.
A questão é «quais os compromissos os países desenvolvidos vão concretizar na próxima fase (após o Protocolo de Quioto) para mostrar a liderança necessária», disse Yvo de Boer, secretário-geral da Convenção das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (UNFCCC, em inglês).
«Uma pedra angular do Protocolo de Quioto é que os países desenvolvidos assumam a liderança na redução de emissões porque são os que, fundamentalmente, causam o problema», salientou De Boer.
O secretário-geral da UNFCCC falava, em Viena, no início de uma reunião da ONU preparatória da Conferência sobre Alterações Climáticas da ONU do final de ano em Bali (Indonésia), destinada a conseguir um acordo sucessor do Protocolo de Quioto, que expira em 2012.
«Este diálogo vai dar uma indicação sobre a direcção em que nos devemos movimentar para dar uma resposta a longo prazo sobre as mudanças climáticas», disse De Boer.
De Boer citou como exemplo entre os países desenvolvidos a meta estabelecida pela União Europeia para que 20% do consumo energético de 2020 seja de fontes renováveis e apontou que esse é o caminho a seguir.
Salientou que os relatórios apresentados este ano pelos cientistas do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC) indicam que a acção do homem está por trás do aquecimento global e que a tecnologia para mitigar os efeitos existe.
Por isso, é necessária uma cooperação maior entre os países ricos e pobres para ajudar estes últimos a potenciar o uso de energias limpas a longo prazo por meio de incentivos económicos, disse.
«Penso que os mecanismos de mercado e a cooperação internacional oferecem uma excelente oportunidade para reduzir as emissões para um custo aceitável e fazer com que outros países possam adoptar o caminho do desenvolvimento sustentável», disse De Boer.
A ONU afirmou que para facilitar a aplicação do novo acordo, o prazo limite é 2009.
O Protocolo de Quioto, ratificado por 166 países, fixou como meta que 35 países industrializados reduzissem as emissões de gases poluidores até 5% abaixo dos níveis de 1990, algo que por enquanto está longe de ser cumprido.
Entre os países industrializados, os EUA (maiores consumidor de energia do mundo) e a Austrália não aplicam o acordo. Países em desenvolvimento com elevadas taxas de crescimento como a Índia e a China também não são obrigados a cumpri-lo.
De Boer frisou que as duas grandes economias em desenvolvimento da Ásia adoptaram medidas de redução voluntária: a Índia propôs-se obter 25% da sua energia por fontes renováveis em 2030 e a China melhorará a respectiva eficiência energética em 20% nos próximos anos.
 
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