Matapitosboss
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O R&B laboratorial marcou a década na pop americana. «Basic Instinct» recupera essa linguagem desprovido de personalidade.
À medida que a inspiração dos produtores se evaporou no deslumbramento, o clubbing americano da década 00 perdeu a validade. Alguns como Justin Timberlake afastaram-se – percebendo primeiro que os outros que os ciclos da pop são ainda mais curtos na era da informação livre – e outros como Timbaland ou mesmo Pharrell Williams simplesmente perderam importância.
A pop americana passou a beber na electrónica europeia o combustível para incendiar pistas. Black Eyed Peas e David Guetta foram, nas últimas duas temporadas, campeões de projecção actualizando um género que, como no círculo da moda, muda de tendência a cada estação. Houve, no entanto, quem resistisse.
Ciara foi uma das artistas a não mudar de registo. «Basic Instinct» é já o seu quarto álbum mas, verdadeiramente, nunca descola da produção laboratorial que torna algumas destas vozes em meros enfeites de beats enlatados. E este é um dos casos em que a perfeição formal é tão exagerada que se perde qualquer tipo de espontaneidade.
A homogeneidade que o caracteriza não chega a ser uma virtude, a partir do momento em que o disco é basicamente uma montanha-russa de R&B meloso e baladas de lágrima no canto do olho. Mais do mesmo, pois. Banal e formatado. Básico mas sem instinto suficiente para o distinguir de tanta produção a metro.
Ciara
«Basic Instinct»
Fonte: Diário Digital
À medida que a inspiração dos produtores se evaporou no deslumbramento, o clubbing americano da década 00 perdeu a validade. Alguns como Justin Timberlake afastaram-se – percebendo primeiro que os outros que os ciclos da pop são ainda mais curtos na era da informação livre – e outros como Timbaland ou mesmo Pharrell Williams simplesmente perderam importância.
A pop americana passou a beber na electrónica europeia o combustível para incendiar pistas. Black Eyed Peas e David Guetta foram, nas últimas duas temporadas, campeões de projecção actualizando um género que, como no círculo da moda, muda de tendência a cada estação. Houve, no entanto, quem resistisse.
Ciara foi uma das artistas a não mudar de registo. «Basic Instinct» é já o seu quarto álbum mas, verdadeiramente, nunca descola da produção laboratorial que torna algumas destas vozes em meros enfeites de beats enlatados. E este é um dos casos em que a perfeição formal é tão exagerada que se perde qualquer tipo de espontaneidade.
A homogeneidade que o caracteriza não chega a ser uma virtude, a partir do momento em que o disco é basicamente uma montanha-russa de R&B meloso e baladas de lágrima no canto do olho. Mais do mesmo, pois. Banal e formatado. Básico mas sem instinto suficiente para o distinguir de tanta produção a metro.
Ciara
«Basic Instinct»
Fonte: Diário Digital