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«Cardozo devia acabar a carreira no Benfica» - Gamarra
Deixou de jogar em 2007 e actualmente, aos 40 anos, é presidente do Rubio Ñu, clube da primeira divisão paraguaia que vendeu para a Luz o jovem Derlis González, de 17 anos.
Em conversa com A BOLA Gamarra defende de forma intransigente as qualidades de Cardozo e recorda com carinho a passagem pelo Benfica em 1997/98.
Como tem acompanhado a carreira de Óscar Cardozo ao serviço do Benfica e como é ele visto no Paraguai?
- É um jogador muito bem visto no nosso país, mas muita gente reclama e diz que não consegue fazer golos pela selecção como faz pelo Benfica.
O que essas pessoas não compreendem, ou não conseguem ver, é que o Benfica joga para o Cardozo e a selecção não.
É semelhante ao que acontece com Messi no Barcelona e na Argentina. Quem é inteligente percebe.
- É injustiçado, por vezes?
- Penso que as críticas são muito injustas e foi muito maltratado no Paraguai, mas vai dar a volta.
Arce [novo seleccionador] gosta de jogar com extremos que cruzem para o ponta-de-lança e Cardozo já marcou nesse novo sistema. Lucas Barrios passou pelo mesmo, são jogadores de área.
- Gostava de o ver terminar a carreira no Benfica?
- Tomara que sim. Se ele está feliz aqui e os adeptos gostam dele, o melhor é acabar em casa.
É o jogador estrangeiro com mais golos pelo Benfica e tem muitos mais para marcar. Conversei com ele antes de viajar e está feliz.
Tinha-me dito para vir cá quando fosse o jogo com o Man. United, mas não pude. Agora disse-me que até marcou um golo para mim [risos].
- Como recorda a sua saída do Benfica, seis meses depois de ter chegado?
- Fui para o Corinthians na altura. Eram três da manhã quando uma pessoa me ligou do Brasil a perguntar se ia aceitar que o Benfica me transferisse novamente para lá.
Eu disse que dependia do que conversássemos.
Quando cheguei ao treino, no dia seguinte, já nem pude treinar-me, fui ao escritório do presidente.
Tinha de vender-me a mim ou ao João Pinto para arranjar dinheiro, mas o João Pinto não queria sair.
Apesar disso não fiquei com razões de queixa.
A Bola