Matapitosboss
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Não houvesse um complexo ancestral em relação à música negra e os HMB estariam para Portugal como Michael Kinawuka para o Inglaterra. Sendo que a banda portuguesa é bem mais estimulante.
Por preconceito urbano-depressivo, o sangue da pop portuguesa continua a ser mais branco que negro. E, no entanto, as excepções quase sempre acabaram por ser regra: Pedro Abrunhosa, Da Weasel, Boss AC ou Buraka Som Sistema no centrão, Expensive Soul a caminho, e Mind Da Gap ou Macacos do Chinês um pouco mais à margem são apenas os exemplos mais práticos.
Certo é que na hora de importar modelos (ou decalcar quando a imaginação rareia), olha-se quase sempre para a música branca. O mal não está na causa mas antes no efeito que essa imposição cria. Quando a norma devia ser a da liberdade, continua a haver um complexo de superioridade da música portuguesa branca vinda de guitarras.
Por isso, a muito agradável estreia dos HMB ganha um outro sentido que nem as canções adivinhariam. Se a renovação da soul encetada por gente como Common, D'Angelo ou Erykah Badu pouco inspirou os músicos portugueses, certamente não passou ao lado de uns HMB igualmente conhecedores dos contemporâneos John Legend ou dos ancestrais Al Green e Bill Withers.
Não há, contudo, nenhuma pretensão em «HMB» para além daquela que deve ser a motivação primordial de um criador: arrancar as melhores ideias do cérebro como quem tira uma Imperial fresca em dia de calor tórrido. E isto é música feita por quem gosta muito. O grau de identificação pode variar mas o carinho está todo lá. E só por isso já valia a pena ouvir os HMB. Mas há mais para descobrir…
HMB
«HMB»
In' Diário Digital
Por preconceito urbano-depressivo, o sangue da pop portuguesa continua a ser mais branco que negro. E, no entanto, as excepções quase sempre acabaram por ser regra: Pedro Abrunhosa, Da Weasel, Boss AC ou Buraka Som Sistema no centrão, Expensive Soul a caminho, e Mind Da Gap ou Macacos do Chinês um pouco mais à margem são apenas os exemplos mais práticos.
Certo é que na hora de importar modelos (ou decalcar quando a imaginação rareia), olha-se quase sempre para a música branca. O mal não está na causa mas antes no efeito que essa imposição cria. Quando a norma devia ser a da liberdade, continua a haver um complexo de superioridade da música portuguesa branca vinda de guitarras.
Por isso, a muito agradável estreia dos HMB ganha um outro sentido que nem as canções adivinhariam. Se a renovação da soul encetada por gente como Common, D'Angelo ou Erykah Badu pouco inspirou os músicos portugueses, certamente não passou ao lado de uns HMB igualmente conhecedores dos contemporâneos John Legend ou dos ancestrais Al Green e Bill Withers.
Não há, contudo, nenhuma pretensão em «HMB» para além daquela que deve ser a motivação primordial de um criador: arrancar as melhores ideias do cérebro como quem tira uma Imperial fresca em dia de calor tórrido. E isto é música feita por quem gosta muito. O grau de identificação pode variar mas o carinho está todo lá. E só por isso já valia a pena ouvir os HMB. Mas há mais para descobrir…
HMB
«HMB»
In' Diário Digital