Matapitosboss
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Sia quis libertar-se do espartilho downtempo mas não foi suficiente corajosa para tornar «We Are Born» num álbum pop energético.
Há coisa de uma década, o downtempo estava em alta e ser-se vocalista dos Zero 7 era bom marketing. Como do Gotan Project ou dos Thievery Corporation. Em 2010, o cenário não podia ser mais antagónico pelo que esta mini-aceleração de Sia se entende.
Até aqui, a carreira a solo da cantora sempre se tinha guiado pelos mesmos princípios da banda que inicialmente a revelou, os supra-citados Zero 7: canções tranquilas ou melancólicas, com núcleo electrónico, arranjos orquestrais e de resultado bocejante.
«We Are Born» é uma primeira tentativa de Sia de se ligar à corrente, apenas parcialmente conseguida. Por muito que queira contagiar a sua queda para a pop com aditivos energéticos, há uma tendência que parece natural para carregar no travão quando a máquina começa a acelerar.
Se a escolha de Greg Kurstin (produtor de Lily Allen, Ke$ha, Natasha Bedingfield) foi um acto premeditado de reforço da adrenalina de um som já pouco actual, há uma força que obriga à presença desse espartilho. E não sendo uma intervenção divina, torna-se óbvio que o compromisso com o passado assim o obrigou. É pena.
Fonte: Diário Digital
Há coisa de uma década, o downtempo estava em alta e ser-se vocalista dos Zero 7 era bom marketing. Como do Gotan Project ou dos Thievery Corporation. Em 2010, o cenário não podia ser mais antagónico pelo que esta mini-aceleração de Sia se entende.
Até aqui, a carreira a solo da cantora sempre se tinha guiado pelos mesmos princípios da banda que inicialmente a revelou, os supra-citados Zero 7: canções tranquilas ou melancólicas, com núcleo electrónico, arranjos orquestrais e de resultado bocejante.
«We Are Born» é uma primeira tentativa de Sia de se ligar à corrente, apenas parcialmente conseguida. Por muito que queira contagiar a sua queda para a pop com aditivos energéticos, há uma tendência que parece natural para carregar no travão quando a máquina começa a acelerar.
Se a escolha de Greg Kurstin (produtor de Lily Allen, Ke$ha, Natasha Bedingfield) foi um acto premeditado de reforço da adrenalina de um som já pouco actual, há uma força que obriga à presença desse espartilho. E não sendo uma intervenção divina, torna-se óbvio que o compromisso com o passado assim o obrigou. É pena.
Fonte: Diário Digital