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Óscar

H

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Visitante
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Família: Ciclídeos Americanos


Nome comum: Óscar


Nome científico: Astronotus Ocellatus



Foto: Frederico de Carvalho






Distribuição Geográfica: Bacia do Rio Amazonas.


Comprimento em adulto: 25 cm (ou mais).


Tamanho do aquário: O aquário deve ter, no mínimo, 150 litros para proporcionar espaço suficiente para, pelo menos, poder dar a volta. Talvez seja possível manter um exemplar em aquários mais pequenos, mas isto só vai causar stress ao peixe e, possivelmente, doenças daí derivadas.


Temperatura da água: 20 - 26º C


PH: 7.2


GH: 10


Características: (Por: Frederico de Carvalho) - É um peixe bastante resistente, que tolera uma grande amplitude de valores de ph e de dureza. O importante é a estabilidade. As grandes variações de ph podem ser perigosas, tal como para todos os peixes de aquário. Assim como para o ph, eu não dou grande importância à dureza da água de rede. A água de rede de Lisboa é ligeiramente alcalina e mediamente dura. Quanto ao ph, não me preocupo, pelas razões acima indicadas. Sei que é sempre o mesmo e raramente o testo. Claro que para a dureza da água, a regra é uma água macia. Mas tem a desvantagem de perder o chamado "poder-tampão", que, grosso modo, se traduz na capacidade de manter os valores de ph fixos. Ou seja, uma água dura tem sempre o mesmo ph (normalmente alcalino), ao passo que uma água macia torna difícil a manutenção do ph nos valores desejados. Assim, se os peixes em causa são resistentes e suportam uma certa amplitude destes valores, para quê perder tempo, paciência e dinheiro para criar um ph e dureza "artificiais"? Claro que isto não se aplica a todas as espécies, porque há algumas muito sensíveis às qualidades da água (ex. Discos, neons). Mas, no caso de um oscar que habita um aquário lisboeta, o ph e a dureza realmente não interessam. O que considero de fundamental importância para TODOS os peixes é o cuidado com os produtos resultantes da decomposição da matéria orgânica (amónia e nitritos). Não pretendo explicar esse ciclo, até porque não possuo conhecimentos suficientes para isso. O que quero dizer é que esse ciclo pode ser feito com o(s) oscar(es) dentro do aquário, porque estes são resistentes. É necessário, no entanto, proceder a mudanças de água frequentes (cerca de 20% por semana, ou mesmo 2 vezes por semana) até o ciclo estar completo - aproximadamente 1 mês. Depois, pode-se passar a um esquema de mudanças de água de 20% ou 30% por mês ou duas vezes por mês. Escusado será dizer que só é possível controlar este processo efectuando os testes de amónia, nitrito e também de nitrato, não sendo este último de vital importância na minha opinião. O Óscar é compatível com vários peixes, mas, nesse capítulo, devo confessar a minha ignorância e deixar um "link" que acho muito útil: www.aquariacentral.com. Posso no entanto dizer que, com o espaço suficiente, são compatíveis com pl*cos (hipostumus plecostumus) e com ciclídeos presidiários (cichlasoma nigrofasciatum), que são os que eu tenho. No fundo, as compatibilidades não passam de uma questão de espaço. Na natureza estão todos no mesmo "aquário"... Quem tem ciclídeos, sabe do que eu estou a falar... E, de entre os ciclídeos, o oscar é especial. Tenho ouvido várias pessoas que o indicam como o mais inteligente dos peixes de aquário. Dantes achava que isto era um exagero, mas já tenho oscares há tempo suficiente para não me espantar com estas afirmações. O meu Óscar conhece o dono. O meu Óscar assusta-se e ataca estranhos; deixa-me tocar-lhe; come da minha mão. O meu Óscar tem ciúmes do meu cão! Não adianta tentar as plantas naturais, porque o oscar tem o hábito de fazer escavações na areia e destruir todas as plantas vivas. Qualquer decoração utilizada deve estar bem presa ou ter um peso que não lhe permita deslocá-la. De outra forma, o oscar vai decorar o aquário à sua maneira. Também é aconselhável ter bastante espaço aberto. Não convém ter o aquário muito cheio de decorações, pois os oscares só apreciam esconderijos onde possam caber e cedo deixam de caber nos esconderijos dos aquários mais comuns. Não é aconselhável o uso de filtro de fundo porque, devido à grande quantidade de desperdício resultante da alimentação, rapidamente perderá a sua eficácia, fazendo mais mal do que bem. O mais indicado será um ou dois filtros motorizados, com um débito total por hora de 5 vezes ou mais a capacidade do aquário.


Alimentação: (Por: Frederico de Carvalho) - O Óscar é um peixe carnívoro e grande. Como tal, necessita de uma quantidade de alimento de acordo. Além disso é um peixe muito "guloso"! O meu Óscar, após ter comido vários "sticks", continua a "implorar" por mais e, enquanto eu lhe fôr dando, ele continua. Também não é, obviamente, um peixe de comunidade (a menos que estejamos a falar de aquários muito grandes), porque come todos os peixes que lhe couberem na boca. Já ouvi demasiadas histórias de pessoas que, inadvertidamente, compraram Óscares em jovens para os pôr no seu aquário comunitário e acabaram por ter uma surpresa muito desagradável. No capítulo da alimentação, as opiniões divergem: Por um lado há aqueles "puristas" que defendem o regresso às origens e que acham que nada é melhor do que alimento vivo para os Óscares. Por outro, há os que acham que os alimentos vivos não são equilibrados e que não possuem os nutrientes e elementos para uma vida saudável, que abundam nos actuais alimentos processados. Eu acho que ambos têm razão. Os primeiros até arranjaram solução para as vitaminas e minerais e alimentam toda a espécie de alimentos vivos (grilos, peixes, lagostins) com esses alimentos processados, para poderem, indirectamente, dar aos seus oscares esses elementos. Apesar de achar que ambos têm razão, actualmente não utilizo alimentos vivos, porque isso impressionaria muito a minha filha de 5 anos, pelo menos no que se refere aos peixes e lagostins. Os alimentos que utilizo mais frequentemente são: "Sticks" para ciclídeos, comprimidos, larvas de mosquito vermelhas congeladas, ovas de pescada e miolo de camarão. O importante é, tal como nos humanos, a variedade.


Reprodução: (Por: Frederico de Carvalho) - Mais um assunto em que pouco ou nada posso dizer. A verdade é que isso é o que eu desejo e já tentei conseguir com os oscares, mas sem sucesso. Para pensar nisso a sério preciso, em primeiro lugar, de espaço. E é o que não tenho. O maior aquário que tive até hoje é o de 205 litros que tenho actualmente e é manifestamente insuficiente. Como tal, não posso falar da minha experiência e só do que já ouvi. A reprodução dos Óscares não é difícil. O problema é que requer certos mínimos que não são fáceis de atingir. Para começar, é virtualmente impossível determinar o sexo de um oscar jovem. Mesmo de um adulto é muito difícil e há quem diga que é completamente impossível, a não ser que se adquiram vários exemplares e, confiando nas probabilidades, se espere que cresçam e que formem pares. É fácil imaginar o tamanho do aquário necessário para tornar este método viável... Uma vez conseguido (eu ainda ando à procura do método certo para mim) um casal, o resto virá por acréscimo. À semelhança de muitos outros ciclídeos, os oscares tratam do assunto deles sem necessitarem de grande intervenção humana. Existem, no entanto, certos "indícios" que alegadamente podem determinar o sexo de um oscar. Mas, como isso não é regra nem é de aceitação unânime nos criadores de oscares, não vou falar deles. Só para terminar, gostaria de dizer que sou capaz de apostar que o meu oscar é macho. Mas posso estar enganado...

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