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Notícias “Mamão, filho da p***": Testemunhas recordam reações a discurso de Pinto da Costa na Assembleia-Geral do FC Porto

Roter.Teufel

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“Mamão, filho da p***": Testemunhas recordam reações a discurso de Pinto da Costa na Assembleia-Geral do FC Porto

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Alegações finais do processo 'Pretoriano' estão agendadas para 30 de junho e 1 de julho.

Luís Gonçalves, antigo diretor-geral FC Porto e ex-administrador, foi ouvido esta quarta-feira no julgamento da operação Pretoriano. Esteve na assembleia extraordinária do FC Porto a 13 de novembro de 2023, tanto no auditório, como no pavilhão Dragão Arena.

“Na bancada ouvia vozes, muitas pessoas a falar, mas as palavras exatas eu não sei”, explicou o ex-administrador, que foi arrolado como testemunha de defesa de ‘Macaco’.

“Recorda-se de um confronto físico entre associados na bancada norte?”, perguntou Gonçalo Cerejeira Namora, que defende o casal Madureira.

“As confusões que vi foram no topo norte. O primeiro episódio é do lado esquerdo, uma senhora loira, outro senhor, não sei se eram família. Houve um desaguisado, depois chegaram a vias de facto e a SPDE teve de intervir. A senhora passou depois por nós e foi muito malcriada, chamou-nos filhos da p*** e mamões. Eu estava com alguns diretores e funcionários do clube”, lembrou.

Uma outra testemunha chamada a depor foi António Silva, que foi arrolado pela defesa dos arguidos Hugo Loureiro, Vítor Manuel ‘Aleixo’ e do filho Vítor Bruno. Este sócio do FC Porto esteve na assembleia e lembra o que aconteceu no pavilhão.

“Houve reações negativas ao discurso de Pinto da Costa. Chamaram desde mamão, filho da p***, velho, vai embora”, explicou, dando conta de que viu Vítor Manuel ‘Aleixo’ a dirigir-se à bancada norte.

António recordou que existiram duas situações de confusão. “Acha que o discurso de Henrique Ramos (adepto portista) incendiou a assembleia?”, perguntou o advogado Gonçalo Nabais.

“Acho que sim. Mas eu penso que a assembleia não devia ter acontecido. Houve ali uma confusão, além de insultos, vi pessoas a empurrarem, a tentarem evitar a violência. Ouvia dizerem: mamão, filho da p***. Diziam isto nas bancadas uns para os outros”, lembrou

A testemunha disse que se aproximou de Henrique Ramos. “Disse-lhe que era escusado ter alimentado e ter tido aquele discurso”, explicou.

Em resposta à advogada do FC Porto, António confirmou que é sócio da claque dos Super Dragões e que chegou a dar o seu consentimento para que Fernando Madureira ficasse numa casa sua caso este passasse para prisão domiciliária.

Foi ainda ouvido Jorge Coutinho, amigo de Hugo Loureiro, mais conhecido como ‘Fanfas’. Jorge era à data dos factos o chefe do Núcleo dos Super Dragões da Maia. “Ele sempre foi tranquilo no futebol, nunca existiram problemas”, disse.

Neste processo estão em causa os factos na assembleia extraordinária do FC Porto a 13 de novembro de 2023. Fernando Madureira e outros 11 arguidos estão suspeitos de terem montando um plano para intimidarem e calarem os apoiantes de André Villas-Boas.

Estão acusados de 19 crimes de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, um de instigação pública a um crime, outro de arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda três de atentado à liberdade de informação. ‘Macaco’ é o único arguido em prisão preventiva.

O tribunal marcou já as alegações finais do processo para 30 de junho e 1 de julho.

Correio da Manhã
 
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