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“Os combustíveis são um instrumento político”

billshcot

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Nov 10, 2010
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Os hipermercados, hoje com mais de 30% do mercado, vendem combustíveis com margem zero.

A Galp, através do seu presidente, Ferreira de Oliveira, considera que há concorrência suficiente no mercado de combustíveis e que não pode ser obrigada a vender combustíveis ‘low cost' nos seus postos de abastecimento.

O Executivo admite colocar postos ‘low cost' dentro das áreas de serviço já existentes...

Deixe-me dizer-lhe o que é ‘low cost': é baixa qualidade de serviço, produtos mais simples. Não é mau, é mais simples, menos qualidade de serviço e localização do posto mais barata. A localização é um dano na estrutura de custos. Um posto destes nunca pode ser ‘low cost'...

Mas o Governo quer...

Se o posto é nosso, não é do Governo, não sei como pode fazê-lo. Terá de o nacionalizar primeiro para, depois, lá colocar o que quiser. A Galp tem produtos Galp, esta é que é a nossa oferta aos clientes. Se formos obrigados a ter um produto diferente, parto do princípio que a lei será dirigida a todos. As ‘low cost' também têm de ter produtos de qualidade. Não consigo perceber que se legisle só para que quem tem produtos de qualidade, de modo a incluir os ‘low cost'.

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