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“Queimei pneus para enviar sinais”

Rotertinho

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Chile: Resgate histórico em Copiapó
“Queimei pneus para enviar sinais”

"Depois de termos a certeza de que estávamos presos, uma das primeiras decisões que tomámos foi tentar enviar sinais para o exterior. Por isso, queimámos pneus", contou Richard Villarroel, o 28º mineiro a chegar à superfície.

À medida que vão tendo alta, os ‘heróis de Atacama’ levantam o véu sobre o tormento por que passaram durante os 69 dias em que estiveram encurralados na mina de San José, mas decidiram não revelar tudo, porque acordaram contar toda a odisseia apenas a troco de dinheiro, que repartirão por todos.

Em declarações ao ‘El Mercurio’, Villarroel, mecânico de 27 anos, pormenoriza: "Entrei num veículo, subi até ao que restava da rampa e queimei pneus na esperança de que lá fora vissem o fumo. Também efectuámos pequenas detonações com explosivos e encostámos maquinaria pesada a uma parede da galeria para que vibrasse até à superfície." Mas cá fora ninguém se apercebeu dos sinais. "Estávamos à espera da morte."

Além de Richard Villarroel, também José Henríquez, o ‘pastor’, levantou a ponta do véu: revelou que eram um grupo muito organizado e que resolviam tudo com votações. Foi de facto a disciplina férrea, como explicou ainda Villarroel, que lhes garantiu a sobrevivência nas 72 horas após a derrocada (durante as quais nada comeram) e nos 17 dias sem auxílio em que maximizaram escassas rações.

Hospitalizados logo após o resgate, alguns mineiros já tiveram ontem alta, com os médicos a afirmarem que até domingo deverão estar todos em casa.

"VOU LEVAR-TE PARA A CAMA"

Yonni Barrios, de 50 anos, saltou para a ribalta quando convidou a mulher e a amante a estarem juntas à sua espera quando subisse à superfície. Marta Salinas, a legítima, rejeitou o convite, mas Susana Valenzuela, a ‘outra’, lá estava para o abraçar. O ‘mineiro-médico’ conteve-se no reencontro com amante, evitando o beijo na boca, mas compensou a reserva com uma promessa aliciante: "Vou levar-te para a cama durante vários dias." Casada há 28 anos com Barrios, Salinas, de 58 anos, conta que já há alguns anos que disputa o afecto do marido com Valenzuela, de 50 anos. Agora acabou, mas assegura não estar ressentida. Não foi visitá-lo ao hospital. "Se ele quiser falar comigo sabe onde estou, senão falamos através dos advogados."


Correio da Manhã
 
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