billshcot
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Francisco Janeiro, Pres. delegação de Lisboa da Ass. dos Deficientes das Forças Armadas sobre stress pós-traumático.
Correio da Manhã – Milhares de antigos combatentes da guerra colonial sofrem de stress pós--traumático. Pedem ajuda à Associação dos Deficientes das Forças Armadas?
Francisco Janeiro – Todos os dias recebemos pedidos de ajuda, particularmente de ex-militares que dizem que não têm dinheiro para comprar os medicamentos.
– A associação tem meios para ajudar esses doentes?
– Temos apoiado algumas pessoas mais carenciadas e temos pago muitos medicamentos, mas não podemos ajudar todos aqueles que nos pedem ajuda e dinheiro. Não temos meios económicos para isso.
– São muitos os que pedem ajuda à associação para comprarem os medicamentos?
– São muitos os pedidos de ajuda, mas não consigo quantificar.
– Os militares não são seguidos no Serviço Nacional de Saúde [SNS]?
– Os que estão diagnosticados são seguidos no SNS, mas há muitos milhares de doentes que não estão diagnosticados e não recebem qualquer tratamento psiquiátrico ou psicológico.
– Porque é que não estão diagnosticados?
– Há pessoas que não estão sinalizadas porque também nunca procuraram os serviços de saúde ou apoio psicológico.
– Qual o motivo para não procurarem essa ajuda médica?
– Por vergonha ou para evitar recordarem momentos traumáticos que passaram na guerra. Ao falarem nas situações, podiam desencadear recordações que lhes foram traumatizantes.
– A família do doente sabe lidar com a situação?
– Muitas vezes, não. As associações ajudam a mulher a perceber porque o homem reage assim e a aprender a melhor forma de viver com a situação.
cm
Correio da Manhã – Milhares de antigos combatentes da guerra colonial sofrem de stress pós--traumático. Pedem ajuda à Associação dos Deficientes das Forças Armadas?
Francisco Janeiro – Todos os dias recebemos pedidos de ajuda, particularmente de ex-militares que dizem que não têm dinheiro para comprar os medicamentos.
– A associação tem meios para ajudar esses doentes?
– Temos apoiado algumas pessoas mais carenciadas e temos pago muitos medicamentos, mas não podemos ajudar todos aqueles que nos pedem ajuda e dinheiro. Não temos meios económicos para isso.
– São muitos os que pedem ajuda à associação para comprarem os medicamentos?
– São muitos os pedidos de ajuda, mas não consigo quantificar.
– Os militares não são seguidos no Serviço Nacional de Saúde [SNS]?
– Os que estão diagnosticados são seguidos no SNS, mas há muitos milhares de doentes que não estão diagnosticados e não recebem qualquer tratamento psiquiátrico ou psicológico.
– Porque é que não estão diagnosticados?
– Há pessoas que não estão sinalizadas porque também nunca procuraram os serviços de saúde ou apoio psicológico.
– Qual o motivo para não procurarem essa ajuda médica?
– Por vergonha ou para evitar recordarem momentos traumáticos que passaram na guerra. Ao falarem nas situações, podiam desencadear recordações que lhes foram traumatizantes.
– A família do doente sabe lidar com a situação?
– Muitas vezes, não. As associações ajudam a mulher a perceber porque o homem reage assim e a aprender a melhor forma de viver com a situação.
cm