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Dias depois de consumada a detenção do último fugitivo de guerra sérvio que credibilizava o país aos olhos da UE, eis que, na noite de quarta-feira, cerca de 200 sérvios tomaram de assalto um posto de controlo na fronteira norte do Kosovo com a Sérvia.
O grupo composto por cerca de 200 sérvios utilizou granadas de fogo no ataque ao complexo fronteiriço, onde incendiaram um posto de controlo e mataram um agente da polícia kosovar.
As autoridades apontaram que o ataque deveu-se à recente decisão do primeiro-ministro do Kosovo, Hashim Thaci, que ordenou as tropas kosovares para que tomasse o controlo de dois postos fronteiriços no norte do país sob a soberania de polícias sérvios da força internacional da NATO.
A Associated Press aponta igualmente as tensões étnicas que imperam no Norte do Kosovo como a outra origem do ataque, numa região onde as tensões entre a etnia albanesa e a minoria sérvia se têm feito notar cada vez mais.
O ataque ao posto fronteiriço poderia representar um revés no processo de adesão sérvia à UE, que nos últimos dois meses ganhou contornos mais optimistas tanto nos dirigentes comunitários como na classe política sérvia, graças à detenção, primeiro, de Ratko Mladic e, há cerca de 10 dias, de Goran Hadzic.
Como tal, o presidente sérvio, Boris Tadic, apressou-se a atribuir a autoria do ataque a «hooligans sérvios que não estão a defender a Sérvia e os seus cidadãos», antes de apelar ao «fim imediato da violência» e à calma dos sérvios que se encontram no Kosovo.
As declarações de Tadic não impediram Hashim Thaci de culpar a nação vizinha de ter orquestrado o ataque. As divergências entre ambas as nações nunca esfriaram desde o fim da Guerra do Kosovo (1996-99), sendo que se intensificaram, por outro lado, desde a declaração unilateral de independência do Kosovo, que nunca foi reconhecida pela Sérvia.
SOL/AP
O grupo composto por cerca de 200 sérvios utilizou granadas de fogo no ataque ao complexo fronteiriço, onde incendiaram um posto de controlo e mataram um agente da polícia kosovar.
As autoridades apontaram que o ataque deveu-se à recente decisão do primeiro-ministro do Kosovo, Hashim Thaci, que ordenou as tropas kosovares para que tomasse o controlo de dois postos fronteiriços no norte do país sob a soberania de polícias sérvios da força internacional da NATO.
A Associated Press aponta igualmente as tensões étnicas que imperam no Norte do Kosovo como a outra origem do ataque, numa região onde as tensões entre a etnia albanesa e a minoria sérvia se têm feito notar cada vez mais.
O ataque ao posto fronteiriço poderia representar um revés no processo de adesão sérvia à UE, que nos últimos dois meses ganhou contornos mais optimistas tanto nos dirigentes comunitários como na classe política sérvia, graças à detenção, primeiro, de Ratko Mladic e, há cerca de 10 dias, de Goran Hadzic.
Como tal, o presidente sérvio, Boris Tadic, apressou-se a atribuir a autoria do ataque a «hooligans sérvios que não estão a defender a Sérvia e os seus cidadãos», antes de apelar ao «fim imediato da violência» e à calma dos sérvios que se encontram no Kosovo.
As declarações de Tadic não impediram Hashim Thaci de culpar a nação vizinha de ter orquestrado o ataque. As divergências entre ambas as nações nunca esfriaram desde o fim da Guerra do Kosovo (1996-99), sendo que se intensificaram, por outro lado, desde a declaração unilateral de independência do Kosovo, que nunca foi reconhecida pela Sérvia.
SOL/AP