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38 mil diplomados sem trabalho

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Portugal tinha, em Junho, 38 571 desempregados com habilitação superior inscritos nos centros de emprego, mais 4424 do que no mesmo mês de 2008 (34 147), segundo os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional. A maioria dos diplomados na área do Direito exerce funções em profissões que nada têm a ver com a advocacia.


Em comparação com os valores de Dezembro do ano passado, do relatório ‘Emprego dos Diplomados’ do Ministério da Ciência e do Ensino Superior, representa um aumento de 1395 diplomados no desemprego.

A maioria dos desempregados com habilitação superior pertence às áreas das Ciências Empresariais, das Ciências Sociais e do Comportamento e da Formação de Professores e Ciências da Educação. No conjunto, as três áreas representam 41,4 por cento dos indivíduos registados em centros de emprego com bacharelato, licenciatura, mestrado ou doutoramento. Dos mais de 37 mil desempregados licenciados no final de 2008, 69 por centro são mulheres, 40 por cento moram no Norte e 72 por cento têm menos de 35 anos.

'Há que diferenciar os grupos de desempregados registados nos centros de emprego. Os diplomados até estão numa situação mais favorável do que os restantes, com uma média de oito meses de espera até encontrarem uma posição no mercado de trabalho', explica ao CM Francisco Madelino, presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

No que respeita às Ciências Empresariais, os cursos com mais registos nos centros de emprego são Gestão, Contabilidade e Marketing. Já nas Ciências Sociais e do Comportamento, os diplomados em Economia, Psicologia e Sociologia são os mais afectados. Na Formação de Professores/Formadores e Ciências da Educação, os piores cursos são os de Educadores de Infância e Ensino Básico – 1º Ciclo.

No sentido contrário, explica Francisco Madelino, as áreas de formação com maior empregabilidade são 'as engenharias tradicionais'. 'Além da Medicina, por razões óbvias, as engenharias, como Construção Civil, Electrotécnica e Informática também são de grande empregabilidade', indica, acrescentando que 'quem tem formação em Línguas, Informática ou Físicas rapidamente obtém uma saída profissional'.

CURSOS DE DIREITO ASSUSTAM
A maioria dos diplomados na área do Direito exerce funções em profissões que nada têm a ver com a advocacia. Com o número de vagas para os cursos de Direito a aumentar para 1230 este ano, o bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, não escondeu a sua preocupação, aconselhando mesmo os candidatos ao Ensino Superior a 'fugir da advocacia'. 'O País já está encharcado de licenciados em Direito, que estão desempregados ou trabalham noutras áreas', disse António Marinho Pinto ao CM após a divulgação do número de vagas ao concurso nacional de acesso ao Ensino Superior.
As Faculdades de Direito de Coimbra e Lisboa são responsáveis por 30,7 por cento dos 1115 diplomados na área de Direito inscritos nos centros de emprego. O ensino privado, porém, coloca no desemprego 588 diplomados, contra os 526 do público.

PERGUNTAS & RESPOSTAS

- Como mudo de curso?
- Cada instituição tem o seu procedimento, mas estará sempre sujeito ao número de vagas. Se pedir a transferência do curso para outra instituição serão contabilizados cerca de 90 por cento das cadeiras já completas. Se mudar de curso, o processo das equivalência terá de ser analisado.

- Posso reingressar num curso?
- Sim. Basta pedir o reingresso nos serviços académicos da instituição onde iniciou o curso.

- Posso tirar outra licenciatura?
- Os titulares de um curso superior têm um concurso especial. Cada estabelecimento define as suas regras.

- Quem pode candidatar-se ao Ensino Superior?
- Todos os que tiverem concluído o Ensino Secundário e realizado as provas de ingresso.

REACÇÕES

'Para quem tira um curso na área do Ensino as alternativas não são muitas para não dizer que não existem. Nunca houve tantas actividades a precisar de professores como agora, mas por razões económicas estão a cortar na profissão.' (Mário Nogueira, S.G.Fenprof)

'Existem cerca de 26 500 advogados. Há demasiada oferta. Podem sempre optar por profissões como escrivão ou funcionário judicial, mas quem tira o curso de Direito não quer ir para essas profissões.' (Marinho Pinto, O. Advogados)

'Durante muitos anos, a profissão esteve desregulada e agora corremos atrás do prejuízo. Muitos estão desempregados, mas não faltam áreas a precisar de psicólogos, como o desporto, a saúde, a reabilitação ou até a empresarial.' (Telmo Baptista, O.Psicólogos)

PERFIL DO DESEMPREGADO COM HABILITAÇÃO SUPERIOR

TOTAL DE INSCRITOS NOS CENTROS DE EMPREGO EM JANEIRO 2008: 416 005
- Inscritos com habilitação superior – 37 176

SEXO
– Feminino – 68,5 % (25 475)
- Masculino – 31,5 % (11 701)

IDADE
<25 anos – 22,1% (8 205)
25 – 34 anos - (50,3%) 18 710
35 – 54 – (23,6%) 8 764

REGIÃO
– Norte – 39,7% (14752)
- Centro – 25,4% (9436)
- Lisboa – 26,3 % (9781)

TEMPO DE INSCRIÇÃO NO CENTRO DE EMPREGO
< 3 Meses – 32,5% (12080)
3-6 meses – 25,7% (9560)
6-12 meses – 17,3% (6448)

SITUAÇÃO DE PROCURA
33,3% - 1º Emprego
66,7% Novo Emprego

GRAU ACADÉMICO
87,7% Licenciatura – 32615

SUBSISTEMA DE ENSINO
Público – 64,6% (20830)
Universitário – 11 900 (36,9%)
Politécnico – 8930 (27,7%)
Privado – 35,4% (11426)
Universitário – 8108 (25,1%)
Politécnico – 3318 (10,3%)


@ CM
 

roger

GF Prata
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Infelizmente é o país que temos eé este o filme que teremos de viver durante mais algum tempo.
 
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