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Para ir... em Dezembro
ROTA DO FRESCO
É no Alentejo, por terras de Alvito, Cuba, Portel, Viana do Alentejo e Vidigueira, que a Rota do Fresco tem lugar. Experiências únicas, de cariz tradicional, e descobertas inesquecíveis, no que diz respeito ao património cultural e natural da região, são as propostas deste original projecto alentejano. Aqui, as estrelas são os frescos, lindíssimas pinturas murais tantas vezes negligenciadas e pouco admiradas por quem visita os monumentos ou por quem devia ter zelado por eles. O objectivo é simples: dar a conhecer os frescos e ajudar a conservá-los. À escolha, há diferentes rotas, com percursos distintos pelas cinco vilas. Uma das rotas tem o nome de Terras do Fresco, e nela serão mostrados frescos existentes nas cinco vilas. Se preferir ficar por uma das localidades, sugerimos a Rota do Fresco de Alvito, onde descobrirá algumas pinturas desconhecidas, portais manuelinos e até pedreiras medievais de extracção de mós. Um petisco ao som de cante alentejano é a cereja no topo do bolo. Em Cuba, a rota dá a conhecer frescos seiscentistas, tesouros de arte sacra e, na gastronomia, o queijo e o vinho da zona. Uma ida a um invulgar museu, o Insectozoo, onde se revelam os segredos das formigas, das abelhas ou das térmitas, torna a rota mais original.
A Rota do Fresco da Vidigueira leva-nos até às ruínas romanas e à observação de frescos encobertos. Nos sabores, descobre-se o tão apreciado pão e vinho da Vidigueira. Na rota da vila de Portel, visita-se as ruínas do paço de D. Nuno Álvares Pereira. Um passeio na albufeira de Alqueva e os sabores do mel e do azeite, da serra de Portel, dão outro encanto à rota. Por fim, a Rota de Viana do Alentejo leva-nos a descobrir um templo de romaria medieval, o Castelo de D. João II, a doçaria conventual e a tradicional olaria. A duração da visita é variável. As rotas são sempre acompanhadas por um «intérprete» do património.
Preços:
Dia inteiro €25 (preço-base), inclui visita a 2 frescos e almoço regional; preço final dependente dos restantes locais a visitar e conforme escolha do visitante; Meio dia €15 (preço-base), inclui visita a 2 frescos; preço final dependente do 3.º local a visitar e conforme escolha do visitante; visitas de 2 e 3 dias mediante orçamento. Descontos: crianças até aos 4 anos grátis, 5-10 anos 50% desconto
ROTA DO CONTRABANDO
O distrito de Portalegre, pela zona geográfica que ocupa, junto à raia espanhola, foi uma das áreas mais utilizadas para fazer contrabando. A pé, de bicicleta ou até de burro, durante décadas os contrabandistas andavam por trilhos para escaparem à apertada vigilância da Guarda Fiscal e da Guardia Civil. Para lá, os portugueses, levavam café ou açúcar e traziam tabaco, bebidas alcoólicas, tecidos ou produtos de higiene pessoal. Trocavam-se produtos que escasseavam de cada um dos lados da fronteira para fazer face a dificuldades económicas. Este lucro fácil, foi, durante muito tempo, uma economia paralela, e ilegal, alimentada por portugueses e espanhóis. O objectivo desta rota não é, de todo, fazer a apologia do contrabando, mas sim verificar como ele também foi um meio para a aproximação de povos e ligação entre várias populações que, protegidas pela escuridão da noite, arriscavam a vida para arranjar mais algum dinheiro.
Em pouco mais de 100 km de terrenos, que vão de Elvas a Nisa, é possível andar pelos percursos dos contrabandistas, que estão devidamente assinalados, e aproveitar para visitar as localidades e conhecer a gastronomia de cada uma das zonas, assim como o património histórico, arquitectónico e paisagístico.
É usual realizarem-se passeios e caminhadas entre Elvas-Badajoz, Campo Maior-Badajoz, Arronches-La Godozera, S. Julião-Albuquerque ou Nisa-Cedillo. Sara Rodrigues
ROTA DOS DINOSSAUROS
Não se deixe intimidar pelo nome da rota, até porque as únicas coisas que poderá observar, se se aventurar por este percurso pedestre, são as belas paisagens, um museu, igrejas e praias da região da Lourinhã. Destes temíveis predadores, que habitaram a Terra há muitos milhões de anos, só encontrará mesmo centenas de vestígios (entre eles, o segundo mais antigo ninho de embriões do mundo), mas que estão guardados a sete chaves dentro do Museu da Lourinhã (composto por um vasto espólio agrupado em quatro grupos: paleontologia, arqueologia, arte sacra e etnologia).
É, aliás, aqui que começa o passeio. Esta região é uma das principais localidades a nível nacional, rica na quantidade de achados paleontológicos. Depois de conhecer o museu, continue até à Igreja e Convento de Santo António, não que os dinossauros tenham «ocupado» estes espaços, mas são dignos da sua visita. Em seguida é a vez de entrar na Igreja do Convento de Santo António, considerada Monumento Nacional desde 1919, assim como no edifício-sede da Santa Casa da Misericórdia da Lourinhã e na Igreja do Castelo, dedicada a Santa Maria. A sua riqueza arquitectónica merece a visita.
Agora que chegou junto à costa, deixe-se envolver pela beleza natural das Praias da Areia Branca, Vale de Frades, Caniçal e Paimogo. Saiba que na Praia de Vale de Frades foi encontrado um crânio de um dinossauro carnívoro e que o referido ninho com embriões foi achado na Praia de Paimogo.
Partida: Museu da Lourinhã
Chegada: Forte de Paimogo
Tipo de percurso: de pequena rota, por caminhos rurais
Distância: 10 km
Duração: cerca de 3 horas
Nível de dificuldade: fácil
Época aconselhada: Todo o ano
Preço: gratuito
ROTA DAS ALDEIAS DO XISTO
A rede de aldeias do xisto é constituída por 24 aldeias, que envolvem 14 municípios distribuídos pela região centro. São elas as aldeias de Benfeita (Arganil), Martim Branco e Sarzedas (Castelo Branco), Casal de S. Simão (Figueiró dos Vinhos), Barroca e Janeiro de Cima (Fundão), Aigra Nova, Aigra Velha, Comareira, Pena (Góis), Candal, Casal Novo, Cerdeira , Chiqueiro, Talasnal (Lousã), Gondramaz (Miranda do Corvo), Álvaro (Oleiros), Fajão e Janeiro de Cima (Pampilhosa da Serra), Ferraria de S. João (Penela), Figueira (Proença-a-Nova), Pedrógão Pequeno (Sertã), Água Formosa (Vila de Rei), Foz do Cobrão
(Vila Velha de Ródão).
Cada uma propõe ao visitante percursos distintos, mas sempre com a mesma preocupação. Recuperar as tradições, valorizar o património arquitectónico construído, dinamizar as artes e ofícios, de aldeias condenadas ao desaparecimento. Entre as muitas propostas da rede, sugerimos a visita a aldeia de Benfeita, situada entre Coja e a Paisagem Protegida da Serra do Açor, palco do último filme de Miguel Gomes Aquele Querido Mês de Agosto. Pode, simplesmente, percorrer as ruas da aldeia, as margens das ribeiras do Carcavão e da Mata, o recuperado moinho do Figueiral e alambique onde ainda se vê como se aproveitava a força da água. O ateliê da feltrosofia onde se fazem peças em feltro com design contemporâneo. Subir à Fonte das Moscas e observar o casario branco e as paredes de xisto, conhecer as belezas naturais da Mata da Margaraça e da Fraga da Pena. Outra das propostas é visitar a aldeia do Talasnal, a maior do concelho da Lousã. Foi devido a este programa de recuperação das aldeias de xisto que o Talasnal conseguiu ter telefone, água canalizada, Internet de banda larga e electricidade. Muitas casas aqui recuperadas, assim como em Casal Novo e Chiqueiro, foram entregues a estrangeiros (holandeses, belgas) que se dedicam à arte. Em Cerdeira, por exemplo, onde o cineasta João Mário Grilo gravou O Fim do Mundo. Aproveite para conhecer a Rede de Lojas das Aldeias do Xisto onde se vendem produtos genuínos feitos por artesãos destas povoações. A mais recente foi a loja do Fajão, em Pampilhosa da Serra. Florbela Alves
Mais informações Aldeias do Xisto
ROTA DOS MOINHOS DA ÁGUA
Há 14 moinhos de água (ou azenhas) na Montaria, Viana do Castelo, símbolo do funcionamento comunitário de outrora, que foram recuperados através de um projecto da Associação Desportiva e Cultural Montariense e do Pelouro do Ambiente de Viana do Castelo há quase uma década.
Ao visitante são propostos sete percursos pedestres ambientais (todos eles com ponto de partida em S. Lourenço da Montaria) que atravessam as belíssimas paisagens da serra d’Arga. Estes percursos permitem conhecer as tradições destas aldeias cujas famílias voltaram a fazer a farinação do seu cereal (para comer ou dar aos animais). Para partir à descoberta, sugere-se a marcação prévia. Serão os próprios proprietários dos moinhos que guiarão o visitante. Os graus de dificuldade são variados e as extensões dos percursos oscilam entre os dois e os oito quilómetros.
Nesta zona, em Carreço, existe ainda o único moinho de vento de velas trapezoidais de madeira em funcionamento em Portugal: o Moinho de Vento de Montedor. Aos fins-de-semana, e sob marcação, o Grupo Folclórico do Carreço organiza piqueniques (onde se serve a típica salada de lamparões e mexilhões, pataniscas, sonhos, entre outros pratos típicos). Aconselha-se ainda a visita ao Museu do Pão de Outeiro, situado numa antiga escola primária, onde se observa uma mostra de alfaias agrícolas relacionadas com o ciclo do milho e do pão. Depois da visita, aproveite para provar a broa cozida em forno a lenha ou chouriço. As marcações para estas rotas devem ser efectuadas através do Museu do Traje, em Viana do Castelo, através do T. 258 800171/173.
ROTA DO VINHO DO PORTO
É em tons fortes, texturas marcadas e relevos acentuados que se pinta este cenário. Dentro da unidade geográfica da Região Demarcada do Douro, que engloba acentuadas assimetrias e uma rica paisagem física e natural, a actividade vinícola pontuada por vinhas e quintas, caves e adegas marca a história desta região. Criada em 1996, a Rota do Vinho do Porto surgiu como forma de potenciar toda a riqueza e tradição da zona. Sendo constituída por 49 lugares, ligados em rede, directa ou indirectamente relacionados com a produção do vinho do Porto. Assim, a Rota propõe a realização de uma série de percursos para o visitante tomar contacto directo não apenas com as formas de cultivo e produção de vinho, mas também com gentes e costumes. Nomeadamente, através de visitas e provas de vinhos em quintas, onde se pode saborear a gastronomia tradicional, e dormir em belas e seculares quintas. Em complemento, há actividades como os Laboratórios de Sabores, com provas de vinhos e produtos regionais, como pão, azeite e compotas.
A Rota organiza ainda actividades e desportos radicais em parceria com diversas empresas, e faz reservas para cruzeiros no rio Douro e viagens no Comboio Histórico. A paisagem de socalcos de videiras, imagem de marca da mais antiga região demarcada do mundo, convida a percorrer caminhos, rios e vales, quase sempre na companhia do Douro. E para garantir que o essencial deste património mundial ficará para sempre na memória não se pode deixar de provar, à mesa, vinhos e produtos regionais. Por um fim-de-semana, uns dias ou umas horas, renda-se ao Douro. Susana Silva Oliveira
Lg. da Estação, Pêso da Régua, T. 254 324 774,
96 791 4043. [email protected]
ROTA DOS ESCRITORES
Partir à descoberta da geografia de alguns dos mais significativos escritores e poetas portugueses é o desafio desta rota. Uma outra forma de conhecer o País, em percursos e caminhos alternativos. Este itinerário, que inclui casas e regiões ligadas à vida de ficcionistas e poetas, tem em conta não só os lugares de toda a literatura como aquelas paisagens e recantos que inspiraram as obras. Usar a literatura como ponto de partida para elaborar um mapa de património cultural da Região Centro foi a ideia principal do projecto A Rota dos Escritores do século XX, uma iniciativa da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) que contou com o apoio de dez câmaras municipais.
Afonso Lopes Vieira, Aquilino Ribeiro, Carlos de Oliveira, Eugénio de Andrade, Fernando Namora, Miguel Torga e Vergílio Ferreira foram os escritores seleccionados. A CCDRC publicou um livro ilustrado, sobre a vida e obra de cada um dos autores, com um roteiro turístico da zona. Nele figuraram informações sobre a história, património, natureza e gastronomia, assim como diferentes sugestões de percursos, para fazer a pé ou de carro. A curiosidade natural, sentida por muitos leitores, em relação à pessoa que se esconde por detrás de um livro continua a ser razão suficiente para se fazer ao caminho. S.S.O
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento
da Região Centro
R. Bernardim Ribeiro, 80, Coimbra, T. 239 400 100
Revista Visão

ROTA DO FRESCO
É no Alentejo, por terras de Alvito, Cuba, Portel, Viana do Alentejo e Vidigueira, que a Rota do Fresco tem lugar. Experiências únicas, de cariz tradicional, e descobertas inesquecíveis, no que diz respeito ao património cultural e natural da região, são as propostas deste original projecto alentejano. Aqui, as estrelas são os frescos, lindíssimas pinturas murais tantas vezes negligenciadas e pouco admiradas por quem visita os monumentos ou por quem devia ter zelado por eles. O objectivo é simples: dar a conhecer os frescos e ajudar a conservá-los. À escolha, há diferentes rotas, com percursos distintos pelas cinco vilas. Uma das rotas tem o nome de Terras do Fresco, e nela serão mostrados frescos existentes nas cinco vilas. Se preferir ficar por uma das localidades, sugerimos a Rota do Fresco de Alvito, onde descobrirá algumas pinturas desconhecidas, portais manuelinos e até pedreiras medievais de extracção de mós. Um petisco ao som de cante alentejano é a cereja no topo do bolo. Em Cuba, a rota dá a conhecer frescos seiscentistas, tesouros de arte sacra e, na gastronomia, o queijo e o vinho da zona. Uma ida a um invulgar museu, o Insectozoo, onde se revelam os segredos das formigas, das abelhas ou das térmitas, torna a rota mais original.
A Rota do Fresco da Vidigueira leva-nos até às ruínas romanas e à observação de frescos encobertos. Nos sabores, descobre-se o tão apreciado pão e vinho da Vidigueira. Na rota da vila de Portel, visita-se as ruínas do paço de D. Nuno Álvares Pereira. Um passeio na albufeira de Alqueva e os sabores do mel e do azeite, da serra de Portel, dão outro encanto à rota. Por fim, a Rota de Viana do Alentejo leva-nos a descobrir um templo de romaria medieval, o Castelo de D. João II, a doçaria conventual e a tradicional olaria. A duração da visita é variável. As rotas são sempre acompanhadas por um «intérprete» do património.
Preços:
Dia inteiro €25 (preço-base), inclui visita a 2 frescos e almoço regional; preço final dependente dos restantes locais a visitar e conforme escolha do visitante; Meio dia €15 (preço-base), inclui visita a 2 frescos; preço final dependente do 3.º local a visitar e conforme escolha do visitante; visitas de 2 e 3 dias mediante orçamento. Descontos: crianças até aos 4 anos grátis, 5-10 anos 50% desconto
ROTA DO CONTRABANDO
O distrito de Portalegre, pela zona geográfica que ocupa, junto à raia espanhola, foi uma das áreas mais utilizadas para fazer contrabando. A pé, de bicicleta ou até de burro, durante décadas os contrabandistas andavam por trilhos para escaparem à apertada vigilância da Guarda Fiscal e da Guardia Civil. Para lá, os portugueses, levavam café ou açúcar e traziam tabaco, bebidas alcoólicas, tecidos ou produtos de higiene pessoal. Trocavam-se produtos que escasseavam de cada um dos lados da fronteira para fazer face a dificuldades económicas. Este lucro fácil, foi, durante muito tempo, uma economia paralela, e ilegal, alimentada por portugueses e espanhóis. O objectivo desta rota não é, de todo, fazer a apologia do contrabando, mas sim verificar como ele também foi um meio para a aproximação de povos e ligação entre várias populações que, protegidas pela escuridão da noite, arriscavam a vida para arranjar mais algum dinheiro.
Em pouco mais de 100 km de terrenos, que vão de Elvas a Nisa, é possível andar pelos percursos dos contrabandistas, que estão devidamente assinalados, e aproveitar para visitar as localidades e conhecer a gastronomia de cada uma das zonas, assim como o património histórico, arquitectónico e paisagístico.
É usual realizarem-se passeios e caminhadas entre Elvas-Badajoz, Campo Maior-Badajoz, Arronches-La Godozera, S. Julião-Albuquerque ou Nisa-Cedillo. Sara Rodrigues
ROTA DOS DINOSSAUROS
Não se deixe intimidar pelo nome da rota, até porque as únicas coisas que poderá observar, se se aventurar por este percurso pedestre, são as belas paisagens, um museu, igrejas e praias da região da Lourinhã. Destes temíveis predadores, que habitaram a Terra há muitos milhões de anos, só encontrará mesmo centenas de vestígios (entre eles, o segundo mais antigo ninho de embriões do mundo), mas que estão guardados a sete chaves dentro do Museu da Lourinhã (composto por um vasto espólio agrupado em quatro grupos: paleontologia, arqueologia, arte sacra e etnologia).
É, aliás, aqui que começa o passeio. Esta região é uma das principais localidades a nível nacional, rica na quantidade de achados paleontológicos. Depois de conhecer o museu, continue até à Igreja e Convento de Santo António, não que os dinossauros tenham «ocupado» estes espaços, mas são dignos da sua visita. Em seguida é a vez de entrar na Igreja do Convento de Santo António, considerada Monumento Nacional desde 1919, assim como no edifício-sede da Santa Casa da Misericórdia da Lourinhã e na Igreja do Castelo, dedicada a Santa Maria. A sua riqueza arquitectónica merece a visita.
Agora que chegou junto à costa, deixe-se envolver pela beleza natural das Praias da Areia Branca, Vale de Frades, Caniçal e Paimogo. Saiba que na Praia de Vale de Frades foi encontrado um crânio de um dinossauro carnívoro e que o referido ninho com embriões foi achado na Praia de Paimogo.
Partida: Museu da Lourinhã
Chegada: Forte de Paimogo
Tipo de percurso: de pequena rota, por caminhos rurais
Distância: 10 km
Duração: cerca de 3 horas
Nível de dificuldade: fácil
Época aconselhada: Todo o ano
Preço: gratuito
ROTA DAS ALDEIAS DO XISTO
A rede de aldeias do xisto é constituída por 24 aldeias, que envolvem 14 municípios distribuídos pela região centro. São elas as aldeias de Benfeita (Arganil), Martim Branco e Sarzedas (Castelo Branco), Casal de S. Simão (Figueiró dos Vinhos), Barroca e Janeiro de Cima (Fundão), Aigra Nova, Aigra Velha, Comareira, Pena (Góis), Candal, Casal Novo, Cerdeira , Chiqueiro, Talasnal (Lousã), Gondramaz (Miranda do Corvo), Álvaro (Oleiros), Fajão e Janeiro de Cima (Pampilhosa da Serra), Ferraria de S. João (Penela), Figueira (Proença-a-Nova), Pedrógão Pequeno (Sertã), Água Formosa (Vila de Rei), Foz do Cobrão
(Vila Velha de Ródão).
Cada uma propõe ao visitante percursos distintos, mas sempre com a mesma preocupação. Recuperar as tradições, valorizar o património arquitectónico construído, dinamizar as artes e ofícios, de aldeias condenadas ao desaparecimento. Entre as muitas propostas da rede, sugerimos a visita a aldeia de Benfeita, situada entre Coja e a Paisagem Protegida da Serra do Açor, palco do último filme de Miguel Gomes Aquele Querido Mês de Agosto. Pode, simplesmente, percorrer as ruas da aldeia, as margens das ribeiras do Carcavão e da Mata, o recuperado moinho do Figueiral e alambique onde ainda se vê como se aproveitava a força da água. O ateliê da feltrosofia onde se fazem peças em feltro com design contemporâneo. Subir à Fonte das Moscas e observar o casario branco e as paredes de xisto, conhecer as belezas naturais da Mata da Margaraça e da Fraga da Pena. Outra das propostas é visitar a aldeia do Talasnal, a maior do concelho da Lousã. Foi devido a este programa de recuperação das aldeias de xisto que o Talasnal conseguiu ter telefone, água canalizada, Internet de banda larga e electricidade. Muitas casas aqui recuperadas, assim como em Casal Novo e Chiqueiro, foram entregues a estrangeiros (holandeses, belgas) que se dedicam à arte. Em Cerdeira, por exemplo, onde o cineasta João Mário Grilo gravou O Fim do Mundo. Aproveite para conhecer a Rede de Lojas das Aldeias do Xisto onde se vendem produtos genuínos feitos por artesãos destas povoações. A mais recente foi a loja do Fajão, em Pampilhosa da Serra. Florbela Alves
Mais informações Aldeias do Xisto
ROTA DOS MOINHOS DA ÁGUA
Há 14 moinhos de água (ou azenhas) na Montaria, Viana do Castelo, símbolo do funcionamento comunitário de outrora, que foram recuperados através de um projecto da Associação Desportiva e Cultural Montariense e do Pelouro do Ambiente de Viana do Castelo há quase uma década.
Ao visitante são propostos sete percursos pedestres ambientais (todos eles com ponto de partida em S. Lourenço da Montaria) que atravessam as belíssimas paisagens da serra d’Arga. Estes percursos permitem conhecer as tradições destas aldeias cujas famílias voltaram a fazer a farinação do seu cereal (para comer ou dar aos animais). Para partir à descoberta, sugere-se a marcação prévia. Serão os próprios proprietários dos moinhos que guiarão o visitante. Os graus de dificuldade são variados e as extensões dos percursos oscilam entre os dois e os oito quilómetros.
Nesta zona, em Carreço, existe ainda o único moinho de vento de velas trapezoidais de madeira em funcionamento em Portugal: o Moinho de Vento de Montedor. Aos fins-de-semana, e sob marcação, o Grupo Folclórico do Carreço organiza piqueniques (onde se serve a típica salada de lamparões e mexilhões, pataniscas, sonhos, entre outros pratos típicos). Aconselha-se ainda a visita ao Museu do Pão de Outeiro, situado numa antiga escola primária, onde se observa uma mostra de alfaias agrícolas relacionadas com o ciclo do milho e do pão. Depois da visita, aproveite para provar a broa cozida em forno a lenha ou chouriço. As marcações para estas rotas devem ser efectuadas através do Museu do Traje, em Viana do Castelo, através do T. 258 800171/173.
ROTA DO VINHO DO PORTO
É em tons fortes, texturas marcadas e relevos acentuados que se pinta este cenário. Dentro da unidade geográfica da Região Demarcada do Douro, que engloba acentuadas assimetrias e uma rica paisagem física e natural, a actividade vinícola pontuada por vinhas e quintas, caves e adegas marca a história desta região. Criada em 1996, a Rota do Vinho do Porto surgiu como forma de potenciar toda a riqueza e tradição da zona. Sendo constituída por 49 lugares, ligados em rede, directa ou indirectamente relacionados com a produção do vinho do Porto. Assim, a Rota propõe a realização de uma série de percursos para o visitante tomar contacto directo não apenas com as formas de cultivo e produção de vinho, mas também com gentes e costumes. Nomeadamente, através de visitas e provas de vinhos em quintas, onde se pode saborear a gastronomia tradicional, e dormir em belas e seculares quintas. Em complemento, há actividades como os Laboratórios de Sabores, com provas de vinhos e produtos regionais, como pão, azeite e compotas.
A Rota organiza ainda actividades e desportos radicais em parceria com diversas empresas, e faz reservas para cruzeiros no rio Douro e viagens no Comboio Histórico. A paisagem de socalcos de videiras, imagem de marca da mais antiga região demarcada do mundo, convida a percorrer caminhos, rios e vales, quase sempre na companhia do Douro. E para garantir que o essencial deste património mundial ficará para sempre na memória não se pode deixar de provar, à mesa, vinhos e produtos regionais. Por um fim-de-semana, uns dias ou umas horas, renda-se ao Douro. Susana Silva Oliveira
Lg. da Estação, Pêso da Régua, T. 254 324 774,
96 791 4043. [email protected]
ROTA DOS ESCRITORES
Partir à descoberta da geografia de alguns dos mais significativos escritores e poetas portugueses é o desafio desta rota. Uma outra forma de conhecer o País, em percursos e caminhos alternativos. Este itinerário, que inclui casas e regiões ligadas à vida de ficcionistas e poetas, tem em conta não só os lugares de toda a literatura como aquelas paisagens e recantos que inspiraram as obras. Usar a literatura como ponto de partida para elaborar um mapa de património cultural da Região Centro foi a ideia principal do projecto A Rota dos Escritores do século XX, uma iniciativa da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) que contou com o apoio de dez câmaras municipais.
Afonso Lopes Vieira, Aquilino Ribeiro, Carlos de Oliveira, Eugénio de Andrade, Fernando Namora, Miguel Torga e Vergílio Ferreira foram os escritores seleccionados. A CCDRC publicou um livro ilustrado, sobre a vida e obra de cada um dos autores, com um roteiro turístico da zona. Nele figuraram informações sobre a história, património, natureza e gastronomia, assim como diferentes sugestões de percursos, para fazer a pé ou de carro. A curiosidade natural, sentida por muitos leitores, em relação à pessoa que se esconde por detrás de um livro continua a ser razão suficiente para se fazer ao caminho. S.S.O
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento
da Região Centro
R. Bernardim Ribeiro, 80, Coimbra, T. 239 400 100
Revista Visão