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A arte de fazer coabitar turbinas eólicas e aves

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[h=1]A arte de fazer coabitar turbinas eólicas e aves[/h] [h=2]Os parque eólicos constituem uma ameaça para inúmeras espécies protegidas. Investigadores e empresas tentam encontrar formas de limitar danos. Leia no Courrier Internacional, já nas bancas.

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ILUSTRAÇÃO DE LYNDA BARRY, ESTADOS UNIDOS










Nas colinas calcárias no extremo sul de Espanha, Marc Bechard examina o céu com um olhar inquieto. Cada outono, milhares de abutres - e outras aves de rapina ameaçadas de extinção - voam pelo Estreito de Gibraltar para África.
Todavia, antes de conseguirem chegar ao seu destino têm de navegar num espaço aéreo particularmente perigoso: de ambos os lados do estreito as cumeadas estão semeadas de turbinas eólicas que chegam a atingir 170 metros de altura e estão munidas de pás que cortam o ar a 270 km/h.
Desde outubro de 2008 que este biólogo, recém-chegado da Boise State University, no Idaho, EUA, e outros cientistas da estação biológica de Doñana, perto de Sevilha, se preocupa em ajudar as aves a atravessar em segurança 13 parques eólicos instalados na província de Cádis.
Cada vez que vislumbravam um abutre a dirigir-se para uma turbina, os investigadores chamavam o centro de controlo do parque. Em alguns minutos as pás abrandavam até parar completamente, permitindo, assim, salvar mais uma ave de arribação. Logo a seguir o gerador voltava a arrancar.
[h=2]Morte de 6 a 18 milhões de aves e morcegos por ano[/h]
Quando não estavam a observar o céu, os biólogos percorriam o terreno para recuperar carcaças de grifos e de águias ibéricas, entre outros. Segundo a Sociedade de Ornitologia espanhola, sedeada em Madrid, entre 6 e 18 milhões de aves e morcegos são mortos todos os anos pelas turbinas. "Uma pá pode cortar um grifo em dois", explica Marc Bechard. "Já vi muitos animais decapitados."
Apesar de tudo, os geradores eólicas matam menos aves por ano que a maioria dos outros perigos associados à ação humana, desde os gatos domésticos às colisões com vidros. Os parques eólicos constituem, no entanto, um perigo para algumas espécies em vias de extinção, como a águia-real americana.


 
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