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A ascensão e a queda do "Dilmo da Dilma"

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GF Ouro
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Quem é Aloizio Mercadante, o homem que está para a presidente brasileira como ela esteve para Lula da Silva? Odiado pelo PT e pelo aliado PMDB, toda a gente pede a cabeça deste economista e ministro da Casa Civil de Dilma Rousseff.
Junho de 2013, auge das primeiras grandes manifestações contra o governo. Na biblioteca da residência oficial da presidente, um núcleo duro, constituído por pesos-pesados do Partido dos Trabalhadores (PT), lulistas até à raiz dos cabelos, espera a chegada de Dilma Rousseff com os planos do contra-ataque aos protestos de rua. Ela entra. Mas não vem sozinha: atrás de si, Aloizio Mercadante, ministro da Educação. "Como entenderão, nem toda a gente nesta sala ficará a saber de todos os planos anticrise", disse a presidente. Ficou claro, logo ali, que, pelo contrário, Mercadante não só conhecia todos os planos como foi ele quem os redigiu.



Economista de 60 anos, ex-senador, ex-ministro, ex-candidato derrotado a governador do estado de São Paulo, Mercadante ganhou naquele dia a alcunha de "Dilmo da Dilma" de um dos ministros na sala. E, sobretudo, o ciúme e o ódio do partido que em 1980 ajudou a fundar. Mais tarde, passaram a chamar-lhe também de "primeiro-ministro", num tom muito mais desdenhoso do que elogioso, e finalmente de "Mercadados", porque sempre que é contestado aparece com números, índices e balancetes para sustentar as suas posições.

Foi esse lado workaholic e sem paciência para conversas de salão que terá seduzido Dilma, conhecida por ter as mesmas características. Conquistada a eleição de 2014, Mercadante passou da Educação a ministro da Casa Civil, o segundo cargo mais importante do executivo, partilhando com velhos e novos inimigos o andar do Palácio do Planalto logo abaixo do da presidente, chamado de "Faixa de Gaza" nos corredores de Brasília. Pouco a pouco foi afastando do convívio de Dilma os colaboradores mais próximos de Lula, ao mesmo tempo que estabelecia prazos aos ministros e distribuía raspanetes.



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