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Mais do entreter, eles ajudam os pequenos a estimular linguagem e criatividade
Antes de passar horas em lojas de brinquedo, vale lembrar que o primeiro instrumento com o qual o bebê brinca é o próprio corpo.
Até os seis meses, a exploração dos objetos é instintiva e ele se sente estimulado a pegar o que vê pela frente e tenta levar à boca.
Perto de completar 1 ano, consegue se locomover melhor, seja rastejando, engatinhando ou andando. Além disso, pode passar qualquer coisa de uma mão para a outra com facilidade.
Por causa da mobilidade, a capacidade de exploração aumenta consideravelmente. Até um ano e meio, é esperado um vocabulário mais desenvolvido e maior movimentação que na fase anterior.
Próximo aos 2 anos, a memória e a imitação se desenvolvem e aparece o faz-de-conta. Muitas vezes, o brinquedo perde sua função porque a criança o transforma em outra coisa, por exemplo, quando um cabo de vassoura vira um cavalo.
Nesse momento, ela já é mais independente do adulto e quer fazer tudo sozinha, mesmo que não consiga. Até os 3 anos, deve desenvolver bem a linguagem.
É comum querer saber o nome de tudo e definir as coisas pela sua função. Gosta de reconhecer figuras pregadas em paredes ou em livros.
Com 4 e 5 anos, o repertório de brinquedos aumenta. Os de encaixar, como o quebra-cabeça, são boas pedidas. Como a atividade física nessa fase está a todo vapor, bolas, skates, patins e bicicletas também são opções.
Precisa de adaptação?
Bebês e crianças com deficiência também brincam e aprendem muito durante esses momentos lúdicos. A maneira de apresentar os brinquedos é a mesma.
É preciso prever algumas adaptações ou alterar a evolução das atividades de acordo com a deficiência.
“Com os cegos, é preciso estimular os outros sentidos para conseguir bons resultados na aprendizagem e o brinquedo é um instrumento fundamental nesse processo”, comenta Mara.
Um bom exemplo é o Guizo Pé-mão. Trata-se de duas pulseiras e duas tornozeleiras com guizos costurados. Pelo barulho produzido, a criança entende que tem duas mãos e dois pés.
“Como o cego não enxerga seus pares, não sabe como é o formato do próprio corpo. Por causa disso, por algum tempo ele não juntará as mãos e não pegará os pés”, explica Mara.
Na deficiência física, a adaptação pode ser feita com a colocação de uma prótese. Se falta um dos braços, com o aparelho a criança consegue pegar os objetos.
Quem tem deficiência intelectual não deve receber muitos estímulos ao mesmo tempo, pois seu ritmo é diferente. Além disso, o educador deve pontuar cada descoberta.
“Com um chocalho, por exemplo, o pequeno vai perceber que o objeto faz barulho, mas é preciso ensiná-lo a bater com ele nas mãos”, conta Ione Matsuoka, terapeuta ocupacional da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo (APAE).
abril.com