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Swiss Leaks: Os meandros do escândalo!
Em 2012 foi aprovado um plano de regularização fiscal de dinheiro que está no estrangeiro: o Regime Excepcional de Regularização Tributária (RERT). Esse mecanismo permitiu o repatriamento de quase 260 milhões de euros. Nesse ano entrou também em vigor um acordo com a Suíça que permite a troca de dados bancários e fiscais. Milhares de contribuintes foram por isso obrigados a pagar impostos ao fisco em Portugal.
A investigação, baptizada "Swissleaks", revela documentos fornecidos por um informático, Hervé Falciani, ex-trabalhador do HSBC em Genebra, ao governo francês em 2008, que deu início a uma investigação. O jornal francês Le Monde teve acesso a parte da documentação e partilhou-a com aquele consórcio e com jornalistas de mais de 40 países.
[video=youtube_share;M_PlTw2jywg]http://youtu.be/M_PlTw2jywg[/video]
Dirigentes políticos, membros da realeza de Marrocos e Jordânia, homens de negócios, banqueiros,
advogados, actores, celebridades, desportistas: os ficheiros da filial suíça do banco britânico HSBC
revelam 106.000 clientes de quase 200 países.
Portugal surge em 45.º lugar na lista de países que constam da informação divulgada, com um total de 855,8 milhões de euros depositados no HSBC Private Bank, distribuídos por 778 contas bancárias de 611 clientes. Pelo número de clientes, Portugal surge em 33º. Das 778 contas bancárias, 531 foram abertas entre 1970 e 2006, e dos 611 clientes com ligações a Portugal, 36% tem passaporte português, indicam as informações divulgadas pelo ICIJ.
A informação agora divulgada diz respeito a contas no valor de mais de 100.000 milhões de dólares de 106.000 clientes de 203 países:
- Suíça (31,2 mil milhões de dólares),
- Reino Unido (21,7 mil milhões de dólares),
- Venezuela (14,7 mil milhões de dólares),
- Estados Unidos (13,3 milhões de dólares),
- França (12,5 milhões de dólares).
São os cinco países de origem das maiores verbas depositadas no ramo suíço do HSBC.
Segundo a investigação, o HSBC Private Bank garantiu repetidamente aos seus clientes que nunca revelaria qualquer detalhe sobre contas bancárias às autoridades fiscais dos respectivos países, mesmo que houvesse indícios de fugas fiscais.
Os jornalistas analisaram cerca de 60.000 ficheiros, alguns dos quais com informações que denunciam que o banco tinha conhecimento de práticas ilícitas de alguns clientes. A longa lista integra nomes de sauditas, suspeitos de financiamento à Al-Qaeda, de traficantes de droga, de armas ou de diamantes, ou de personalidades suspeitas de corrupção nos respectivos países.
O ICIJ publica informação sobre 61 pessoas, onde não surge qualquer personalidade portuguesa, mas inclui, por exemplo:
- Mohammed VI, rei de Marrocos;
- Abdullah II, rei da Jordânia;
- O designer de moda Valentino;
- A modelo Elle McPherson;
- O actor Christian Slater;
- O banqueiro Edouard Stern;
- O motociclista Valentino Rossi.
Tina Turner, Joan Collins e John Malkovich entre os clientes.
A cantora norte-americana Tina Turner que conseguiu a nacionalidade suíça, e o actor John Malkovich são alguns dos clientes do banco. Malkovich já veio dizer, através de um representante, desconhecer por completo esta conta. E afirmou que tal poderá estar relacionado com Bernard Madoff, o presidente de uma financeira que foi detido por fraude e a quem reclama milhões de euros. Um porta-voz da actriz britânica Joan Collins, disse ao ICIJ que ela depositou em 1993, alguns fundos numa conta de um banco em Londres, e que depois, descobriu que sem as suas instruções o dinheiro seguiu para uma conta na Suíça do banco HSBC.
Escândalo do Mundo Motorizado
O escândalo que rebentou relativo ao Swissleaks, em que se ficou a saber da existência de uma lista de mais 100.000 contas da filial suíça do banco HSBC, que terá contribuído para uma fraude fiscal massiva ao esconder do fisco mais de 180 mil milhões de euros (numa revelação feita por um Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação) poderá ter envolvidos alguns nomes do desporto automóvel mundial.
Os dados referem-se apenas aos anos de 2006 e 2007, e alegadamente constam os nomes de Fernando Alonso, Flavio Briatore, Heikki Kovalainen e Valentino Rossi:
- Fernando Alonso que residia na Suíça e regressou a Espanha em 2010 tem uma conta na Suíça.
- O advogado de Flavio Briatore também já disse que é verdade que o italiano tenha contas na Suíça (não especificou o HSBC), mas nega qualquer ilícito fiscal.
- Quanto a Valentino Rossi, o seu advogado revelou que o italiano resolveu com as autoridades italianas a sua situação em 2008, pagando cerca de 30 milhões de euros.
- Heikki Kovalainen ainda não teceu quaisquer comentários.
A Lista Portuguesa
Segundo o jornal angolano Maka, uma ilustre desconhecida de Vila Real, Sílvia Ruivo Caçador, acumulou na filial suíça do banco HSBC a quantia de 227 milhões de euros, sendo a portuguesa com mais dinheiro no banco do escândalo SwissLeaks.
Na lista divulgada pelo site angolano Maka Angola, que teve acesso aos documentos do HSBC, consta milionários desconhecidos do público português:
- Sílvia Ruivo Caçador, uma desconhecida de Vila Real acumulou na filial suíça do HSBC 227 milhões de euros.
- Joaquim António Amaro da Cruz, de Castelo Branco, com um total de 196 milhões de euros em duas contas separadas.
- Rosa Maria Pinho Amaro da Cruz da Silva, de Santos-o-Velho, com 163,73 milhões de euros, também em duas contas.
- Américo Ferreira Amorim aparece entre os afortunados com uma modesta quantia de 4,4 milhões de euros.
Há ainda um cidadão português titular de uma conta com 143 milhões de euros, cujo nome ainda não foi divulgado e que estará a ser investigado pelas autoridades francesas desde 2008. No total, há 611 clientes com ligações a Portugal e 855 milhões de euros depositados.
Da lista constam ainda dois nomes com fortunas consideráveis, com ligações brasileiras:
- A portuguesa Maria José de Freitas Jakurski, residente no Brasil, com 100 milhões de euros.
- O brasileiro Jacob Barata, conhecido como o "rei do ónibus", com 84 milhões de euros.
Conforme destaca o consórcio de jornalistas responsável pela divulgação destes dados, o ICIJ, ter uma conta bancária na Suíça não significa que se esteja envolvido em actividades ilícitas. Em Portugal, não é ilegal ter uma conta offshore, desde que o cliente se sujeite ao princípio da tributação universal, ou seja, que declare todos os rendimentos ao Estado.
A Espírito Santo Activos Financeiros, SGPS, SA, que faz parte do universo de empresas do Grupo Espírito Santo, é o maior depositante institucional português na filial suíça do banco HSBC, com 154 milhões de euros. Por sua vez, a Espírito Santo Activos Financeiros Asset Management, que parece ser a mesma empresa, surge noutra rubrica, com outro código bancário, e mais um depósito de igual valor, 154 milhões de euros.
A informação das contas do HSBC, obtida pelo jornal Le Monde e partilhada pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ), com 140 jornalistas por todo o mundo, incluindo o jornalista e activista angolano Rafael Marques, do jornal Maka Angola, data de 2006 e 2007.
Em 2012 foi aprovado um plano de regularização fiscal de dinheiro que está no estrangeiro: o Regime Excepcional de Regularização Tributária (RERT). Esse mecanismo permitiu o repatriamento de quase 260 milhões de euros. Nesse ano entrou também em vigor um acordo com a Suíça que permite a troca de dados bancários e fiscais. Milhares de contribuintes foram por isso obrigados a pagar impostos ao fisco em Portugal.
A investigação, baptizada "Swissleaks", revela documentos fornecidos por um informático, Hervé Falciani, ex-trabalhador do HSBC em Genebra, ao governo francês em 2008, que deu início a uma investigação. O jornal francês Le Monde teve acesso a parte da documentação e partilhou-a com aquele consórcio e com jornalistas de mais de 40 países.
[video=youtube_share;M_PlTw2jywg]http://youtu.be/M_PlTw2jywg[/video]
Dirigentes políticos, membros da realeza de Marrocos e Jordânia, homens de negócios, banqueiros,
advogados, actores, celebridades, desportistas: os ficheiros da filial suíça do banco britânico HSBC
revelam 106.000 clientes de quase 200 países.

Portugal surge em 45.º lugar na lista de países que constam da informação divulgada, com um total de 855,8 milhões de euros depositados no HSBC Private Bank, distribuídos por 778 contas bancárias de 611 clientes. Pelo número de clientes, Portugal surge em 33º. Das 778 contas bancárias, 531 foram abertas entre 1970 e 2006, e dos 611 clientes com ligações a Portugal, 36% tem passaporte português, indicam as informações divulgadas pelo ICIJ.
A informação agora divulgada diz respeito a contas no valor de mais de 100.000 milhões de dólares de 106.000 clientes de 203 países:
- Suíça (31,2 mil milhões de dólares),
- Reino Unido (21,7 mil milhões de dólares),
- Venezuela (14,7 mil milhões de dólares),
- Estados Unidos (13,3 milhões de dólares),
- França (12,5 milhões de dólares).
São os cinco países de origem das maiores verbas depositadas no ramo suíço do HSBC.
Segundo a investigação, o HSBC Private Bank garantiu repetidamente aos seus clientes que nunca revelaria qualquer detalhe sobre contas bancárias às autoridades fiscais dos respectivos países, mesmo que houvesse indícios de fugas fiscais.
Os jornalistas analisaram cerca de 60.000 ficheiros, alguns dos quais com informações que denunciam que o banco tinha conhecimento de práticas ilícitas de alguns clientes. A longa lista integra nomes de sauditas, suspeitos de financiamento à Al-Qaeda, de traficantes de droga, de armas ou de diamantes, ou de personalidades suspeitas de corrupção nos respectivos países.
O ICIJ publica informação sobre 61 pessoas, onde não surge qualquer personalidade portuguesa, mas inclui, por exemplo:
- Mohammed VI, rei de Marrocos;
- Abdullah II, rei da Jordânia;
- O designer de moda Valentino;
- A modelo Elle McPherson;
- O actor Christian Slater;
- O banqueiro Edouard Stern;
- O motociclista Valentino Rossi.
Tina Turner, Joan Collins e John Malkovich entre os clientes.
A cantora norte-americana Tina Turner que conseguiu a nacionalidade suíça, e o actor John Malkovich são alguns dos clientes do banco. Malkovich já veio dizer, através de um representante, desconhecer por completo esta conta. E afirmou que tal poderá estar relacionado com Bernard Madoff, o presidente de uma financeira que foi detido por fraude e a quem reclama milhões de euros. Um porta-voz da actriz britânica Joan Collins, disse ao ICIJ que ela depositou em 1993, alguns fundos numa conta de um banco em Londres, e que depois, descobriu que sem as suas instruções o dinheiro seguiu para uma conta na Suíça do banco HSBC.
Escândalo do Mundo Motorizado
O escândalo que rebentou relativo ao Swissleaks, em que se ficou a saber da existência de uma lista de mais 100.000 contas da filial suíça do banco HSBC, que terá contribuído para uma fraude fiscal massiva ao esconder do fisco mais de 180 mil milhões de euros (numa revelação feita por um Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação) poderá ter envolvidos alguns nomes do desporto automóvel mundial.
Os dados referem-se apenas aos anos de 2006 e 2007, e alegadamente constam os nomes de Fernando Alonso, Flavio Briatore, Heikki Kovalainen e Valentino Rossi:
- Fernando Alonso que residia na Suíça e regressou a Espanha em 2010 tem uma conta na Suíça.
- O advogado de Flavio Briatore também já disse que é verdade que o italiano tenha contas na Suíça (não especificou o HSBC), mas nega qualquer ilícito fiscal.
- Quanto a Valentino Rossi, o seu advogado revelou que o italiano resolveu com as autoridades italianas a sua situação em 2008, pagando cerca de 30 milhões de euros.
- Heikki Kovalainen ainda não teceu quaisquer comentários.
A Lista Portuguesa
Segundo o jornal angolano Maka, uma ilustre desconhecida de Vila Real, Sílvia Ruivo Caçador, acumulou na filial suíça do banco HSBC a quantia de 227 milhões de euros, sendo a portuguesa com mais dinheiro no banco do escândalo SwissLeaks.
Na lista divulgada pelo site angolano Maka Angola, que teve acesso aos documentos do HSBC, consta milionários desconhecidos do público português:
- Sílvia Ruivo Caçador, uma desconhecida de Vila Real acumulou na filial suíça do HSBC 227 milhões de euros.
- Joaquim António Amaro da Cruz, de Castelo Branco, com um total de 196 milhões de euros em duas contas separadas.
- Rosa Maria Pinho Amaro da Cruz da Silva, de Santos-o-Velho, com 163,73 milhões de euros, também em duas contas.
- Américo Ferreira Amorim aparece entre os afortunados com uma modesta quantia de 4,4 milhões de euros.
Há ainda um cidadão português titular de uma conta com 143 milhões de euros, cujo nome ainda não foi divulgado e que estará a ser investigado pelas autoridades francesas desde 2008. No total, há 611 clientes com ligações a Portugal e 855 milhões de euros depositados.
Da lista constam ainda dois nomes com fortunas consideráveis, com ligações brasileiras:
- A portuguesa Maria José de Freitas Jakurski, residente no Brasil, com 100 milhões de euros.
- O brasileiro Jacob Barata, conhecido como o "rei do ónibus", com 84 milhões de euros.
Conforme destaca o consórcio de jornalistas responsável pela divulgação destes dados, o ICIJ, ter uma conta bancária na Suíça não significa que se esteja envolvido em actividades ilícitas. Em Portugal, não é ilegal ter uma conta offshore, desde que o cliente se sujeite ao princípio da tributação universal, ou seja, que declare todos os rendimentos ao Estado.
A Espírito Santo Activos Financeiros, SGPS, SA, que faz parte do universo de empresas do Grupo Espírito Santo, é o maior depositante institucional português na filial suíça do banco HSBC, com 154 milhões de euros. Por sua vez, a Espírito Santo Activos Financeiros Asset Management, que parece ser a mesma empresa, surge noutra rubrica, com outro código bancário, e mais um depósito de igual valor, 154 milhões de euros.
A informação das contas do HSBC, obtida pelo jornal Le Monde e partilhada pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ), com 140 jornalistas por todo o mundo, incluindo o jornalista e activista angolano Rafael Marques, do jornal Maka Angola, data de 2006 e 2007.
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