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O consumo de café pode ser especialmente benéfico para pessoas em risco de doença hepática, sugere um grupo de investigadores do Indraprastha Apollo Hospital, na Índia, num artigo publicado na revista Clinical And Experimental Hepatology.
"A incidência de fibrose e cirrose avançada é menor entre os consumidores de café", resumiram os investigadores. O estudo, citado pelo Daily Express, revela que a bebida pode diminuir o risco de esteatose hepática. Conhecido como fígado gordo, trata-se de um problema de saúde grave que, habitualmente, se manifesta quando já é tarde demais e que pode progredir para cirrose e cancro, levando mesmo à necessidade de transplante na idade adulta.
Habitualmente, as pessoas só sabem que têm excesso de gordura no fígado depois de realizarem uma ecografia ao órgão por outros motivos. Contudo, quanto mais a doença se agrava, maiores as hipóteses de se notarem sintomas. A quarta e última fase da doença do fígado gordo é a cirrose, que ocorre após anos de inflamação.
A British Liver Trust, associação britânica dedicada ao estudo da patologia, adverte: "Embora beber café possa protegê-lo do desenvolvimento de doenças hepáticas", sobretudo para "quem já têm algum grau de dano hepático", esta é apenas uma medida de proteção.
Segundo a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA na sigla em inglês), responsável pela prestação de pareceres científicos para apoiar a legislação e políticas da União Europeia, o consumo diário de cafeína até 400 miligramas (mg) em adultos saudáveis não representa risco. A EFSA refere que 200 mg é a dose recomendada. Como tal, o mais seguro é beber entre duas a três chávenas por dia.
Recorde-se que a melhor forma de prevenir a esteatose hepática e as suas consequências é ter atenção ao peso a mais, manter uma alimentação saudável e equilibrada, praticar exercício físico regular e deixar de fumar.
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