As abetardas estão a aumentar no Alentejo, a única região do país onde esta espécie continua a a existir. Apesar de constar entre as aves ameaçadas, a população aumentou de 1150 exemplares, em 2001, para os actuais 1600. Para esta recuperação muito tem contribuído a zona do Campo Branco, em Castro Verde, onde residem cerca de 80 por cento das abetardas do país.
As restantes 20 por cento podem ser encontradas nos terrenos agrícolas de Alter do Chão, Monforte, Vila Fernando, Veiros, Campo Maior, Elvas, Évora, Mourão, Cuba e Vidigueira, por se tratarem de terrenos que actualmente se apresentam como pouco produtivos, onde a seara alterna com campos de pousio, essenciais para a parada nupcial dos machos.
Segundo Pedro Rocha, do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade, admite que a possibilidade dos agricultores da região do Campo Branco, onde se encontra a Zona de Protecção Especial de Castro Verde, (engloba ainda os concelhos de Mértola, Aljustrel, Ourique e Beja) "passarem a ter acesso a subsídios para desenvolverem práticas agrícolas adequadas à conservação da natureza, logrou estancar o declínio da abetarda e originou o aumento da população. "
A própria compatibilização do ciclo agrícola com a época de nidificação é um aspecto chave para a conservação da espécie no Campo Branco, já que os trabalhos agrícolas são uma das principais causas de destruição de ninhos, mas a maioria dos agricultores já deixa manchas por lavrar ou ceifar quando se depara com a presença de um ninho.
As campanhas de sensibilização para a preservação da ave estão a alcançar resultados, tendo mesmo a abetarda passado a ser uma espécie de "bandeira local" em algumas instituições da terra, assumindo-se como o símbolo do clube de futebol de São Marcos da Ataboeira, além de ser a mascote dos jogos concelhios de Castro Verde.
Hoje em dia, a principal causa da mortalidade dos exemplares adultos é a colisão em linhas de transporte de energia de alta e média tensão. No Campo Branco, num único troço de Alta Tensão, morreram pelo menos 13 abetardas em 2004. A colisão ocorre também em outras áreas, como sucede na linha de alta tensão entre Palmela e Évora. Em meados dos anos 80 terão morrido pelo menos 18 abetardas por colisão com os cabos, sendo que a proliferação recente de linhas de média tensão na região potencia, ainda mais, a mortalidade por colisão.
Já em relação às crias não voadoras a principal causa de morte são os predadores, principalmente raposas e os cães que acompanham os pastores para tornear o gado. A proliferação de cães assilvestrados, devido ao seu abandono por parte de caçadores, também acaba por ter efeitos nefastos.
Contudo, a maior ameaça identificada no nosso país é a alteração do habitat da abetarda, devido à intensificação da agricultura e florestação de terras agrícolas, agravado pela irrigação de vastas zonas agrícolas, receando os biólogos que a curto prazo possa provocar o desaparecimento da espécie de vários locais de ocorrência tradicional do Alentejo.
Diário do Sul
As restantes 20 por cento podem ser encontradas nos terrenos agrícolas de Alter do Chão, Monforte, Vila Fernando, Veiros, Campo Maior, Elvas, Évora, Mourão, Cuba e Vidigueira, por se tratarem de terrenos que actualmente se apresentam como pouco produtivos, onde a seara alterna com campos de pousio, essenciais para a parada nupcial dos machos.
Segundo Pedro Rocha, do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade, admite que a possibilidade dos agricultores da região do Campo Branco, onde se encontra a Zona de Protecção Especial de Castro Verde, (engloba ainda os concelhos de Mértola, Aljustrel, Ourique e Beja) "passarem a ter acesso a subsídios para desenvolverem práticas agrícolas adequadas à conservação da natureza, logrou estancar o declínio da abetarda e originou o aumento da população. "
A própria compatibilização do ciclo agrícola com a época de nidificação é um aspecto chave para a conservação da espécie no Campo Branco, já que os trabalhos agrícolas são uma das principais causas de destruição de ninhos, mas a maioria dos agricultores já deixa manchas por lavrar ou ceifar quando se depara com a presença de um ninho.
As campanhas de sensibilização para a preservação da ave estão a alcançar resultados, tendo mesmo a abetarda passado a ser uma espécie de "bandeira local" em algumas instituições da terra, assumindo-se como o símbolo do clube de futebol de São Marcos da Ataboeira, além de ser a mascote dos jogos concelhios de Castro Verde.
Hoje em dia, a principal causa da mortalidade dos exemplares adultos é a colisão em linhas de transporte de energia de alta e média tensão. No Campo Branco, num único troço de Alta Tensão, morreram pelo menos 13 abetardas em 2004. A colisão ocorre também em outras áreas, como sucede na linha de alta tensão entre Palmela e Évora. Em meados dos anos 80 terão morrido pelo menos 18 abetardas por colisão com os cabos, sendo que a proliferação recente de linhas de média tensão na região potencia, ainda mais, a mortalidade por colisão.
Já em relação às crias não voadoras a principal causa de morte são os predadores, principalmente raposas e os cães que acompanham os pastores para tornear o gado. A proliferação de cães assilvestrados, devido ao seu abandono por parte de caçadores, também acaba por ter efeitos nefastos.
Contudo, a maior ameaça identificada no nosso país é a alteração do habitat da abetarda, devido à intensificação da agricultura e florestação de terras agrícolas, agravado pela irrigação de vastas zonas agrícolas, receando os biólogos que a curto prazo possa provocar o desaparecimento da espécie de vários locais de ocorrência tradicional do Alentejo.
Diário do Sul