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Abusos sexuais a crianças aumentaram 40% em 2008

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Jun 2, 2007
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A Polícia Judiciária investigou quase mil casos de abusos sexuais de Janeiro a Outubro deste ano. Um número superior à totalidade do de 2007, que registou 685 casos. PJ defende que não foi o crime que aumentou, mas as denúncias recebidas pelos órgãos de polícia criminal.

Estremoz. Julho de 2008. Um indivíduo de 44 anos, em plena luz do dia, levou a filha de 11 anos e a sobrinha de 13 para um descampado, onde abusou delas sexualmente. A PJ chegou ao alegado violador através da denúncia da mãe de uma das crianças.

No mês anterior, em Lisboa, após recorrentes contactos via internet entre um homem de 52 anos e uma adolescente com 13 anos de idade, a PJ de Lisboa identifica o suspeito da prática dos crimes de abuso sexual, depois do encontro in loco entre a vítima e o agressor. "Após troca de mensagens e de imagens, o suspeito, mediante a ameaça de divulgação dos elementos recolhidos, exigiu um encontro com a menor, visando a prática de actos sexuais", segundo contou a Polícia Judiciária na altura.

Estes dois casos reflectem as estatísticas: desde Janeiro e até 31 de Outubro, a PJ abriu 956 inquéritos de investigação a abusos sexuais de menores, contra 685 em 2007. O número refere-se aos dez primeiros meses deste ano, que registaram mais 271 casos do que na totalidade do ano passado. Ou seja: em apenas dez meses, o ano de 2008 regista já um acréscimo de 40% do número total de casos registados nos 12 meses de 2007.

Segundo fonte da directoria de Lisboa da PJ, que tem a seu cargo a investigação dos crimes de abusos sexuais de menores, violação e lenocídio, o número de participações deste tipo de crimes tem, de facto, aumentado, "nos últimos três anos". "Mas não é o crime que tem aumentado, mas sim a iniciativa de denunciar comportamentos suspeitos", explicou ainda a mesma fonte ao DN. "E o processo da Casa Pia contribuiu para uma maior sensibilização deste tipo de situações." No entanto, 50% destas queixas relativas ao ano de 2007 acabaram por não configurar qualquer crime e foram arquivadas. Mais sensibilidade social para este tipo de crime é a causa principal apontada pela polícia para este aumento.

Nestas participações, 75% das vítimas são do sexo feminino e mais de 90% dos agressores são homens e estão inseridos no seio familiar das vítimas.


@ DN
 
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