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Admirável disco

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Admirável disco

<TABLE cellSpacing=0 cellPadding=3 align=right><TBODY><TR><TD bgColor=#eeeeee>
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</TD></TR></TBODY></TABLE>O cérebro humano recebe e assimila centenas de informações vindas do exterior. As experiências mais marcantes ficam armazenadas no «disco rígido» para mais tarde recordar. Outras só ocupam umas «pastas temporárias». Entre a memória implícita e a memória de elefante há muitas mais. A memória humana pode ser comparada a um computador. Toda a informação é armazenada em pastas desde os primeiros anos de vida. O processo de memorização inicia-se com o desenvolvimento do sistema nervoso. O cérebro humano é altamente plástico, possuindo uma tremenda capacidade de assimilação e transformação.
Esta característica «atinge o seu pico máximo nos primeiros anos de vida e permite a aquisição de enormes quantidades de conhecimento, naquela fase quase sem esforço aparente», explica Belina Nunes, neurologista e directora da Clínica da Memória, no Porto, e autora do livro Memória: Funcionamento, Perturbações e Treino, uma edição Lidel.
A especialista convida-nos a percorrer os trilhos do admirável mundo da memória: «Antes de mais, é necessário introduzir informação, a chamada recepção.» As informações, captadas pelos sentidos e transmitidas ao cérebro são codificadas: Se usarmos uma metáfora do computador, a fase de codificação corresponde à utilização de diferentes programas informático», diz.
Passada a etapa de consolidação, o cérebro vai organizar os ficheiros por temas, de modo silencioso, sem interromper o que se está a fazer no momento. Contudo, contrariamente a um computador, não controlamos o modo como a informação é arquivada dentro do cérebro: «Só mais tarde, aquando da procura de informação, é que se consegue descobrir se esta foi armazenada correctamente e de modo completo. Podemos, apenas, guardar fragmentos pouco importantes ou mesmo inúteis.»
Em termos sistemáticos, o nosso cérebro recria uma espécie de cópia de segurança, que é usada quando necessitamos de reciclar a informação, é a fase de recuperação». Belina Nunes adianta que «este processo, consciente ou espontâneo», é activado com recurso a dicas ou mesmo por efeito de sugestão: «Estas ajudas servem para desemaranharmos os vários nós que atam os ficheiros da memória.» Os lapsos de memória, «de um modo simples, podem dever-se a defeitos de codificação, armazenamento ou recuperação».

Registos
Há tipos de memória que nos permitem guardar os dados por «períodos de tempo limitados. A memória de trabalho é um desses exemplos e retém apenas segundos ou minutos de informação: Esta situação acontece quando memorizamos um número de telefone ou as indicações de um caminho a seguir. É um tipo de memória à la carte, pelo que, «expirado esse período, é apagada do sistema.
Para armazenarmos esta informação «no disco duro, é necessário um esforço de consolidação, que é potenciado pela repetição continuada. Existem, no entanto, memórias para as quais não é necessário aplicar este esforço.
A assimilação é quase automática. Andar de bicicleta é um desses exemplos. Depois de aprendermos, nunca mais se esquece. Trata-se da memória implícita: uma capacidade de aprender sem intenção, considera a neurologista.
Existe, ainda, a memória de longo prazo, que guarda a informação por extensos períodos de tempo. Esta categoria divide-se em memória semântica e episódica.
No primeiro caso, estamos perante a enciclopédia» do nosso cérebro: É um conjunto de acontecimento independentes do contexto espaço/tempo», refere Belina Nunes. É esta memória que ajuda a memorizar o significado das palavras, a assimilar conceitos e a aumentar o nosso conhecimento sobre o mundo que nos rodeia.
Já a memória episódica refere-se ao «conjunto de acontecimentos pessoais, onde estão registadas e consolidadas as informações num contexto temporal e espacial.
É um tipo de memória, como o nome indica, que nos permite recordar determinado momento das nossas vidas: Esta é a memória que mais nos atraiçoa e aquela que primeiro se perde em situações de demência. Para ter uma «memória de elefante, a especialista aconselha o desenvolvimento das capacidades mentais ao longo de toda a vida.
Só contrariando a tendência de realizar tarefas rotineiras», afirma, se consegue manter o cérebro “musculado”, jovem e activo. ||


Fonte:Açoriano Oriental


 
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