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Adopção: 557 crianças à espera de família

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GF Prata
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0% dos casais querem adoptar bebés e sem problemas. Realidade é bem diferente. Mas há casos de sucesso.
Há 557 crianças a viver em instituições que procuram uns pais adoptivos. Os últimos dados do Ministério da Segurança Social relativos à adopção evidenciam discrepâncias preocupantes entre o que procuram os casais candidatos e a realidade das crianças em condições de serem adoptadas.

No final do primeiro semestre do ano, havia 2923 crianças incluídas no sistema de dados da adopção e cujo projecto de vida passava por aí. Mas 557 ainda não tinham encontrado uma família.

Cerca de 80% tinham mais de três anos e a grande maioria já estava há mais de dois em situação de acolhimento. Contudo, 93% dos candidatos à adopção procuravam crianças mais novas, se possível bebés, e, no máximo, com três anos. As características das crianças também são importantes para quem quer adoptar.

Mas se havia apenas sete candidatos dispostos a acolher uma criança com deficiência, mais de 130 apresentavam esse problema. As questões de saúde também impedem que muitas adopções se concretizem.

Os dados mostram que havia 426 crianças adoptáveis com problemas de saúde ligeiros e apenas 174 famílias dispostas a acolhê-las.Este desencontro não é uma realidade nova, mas ajuda a explicar porque demoram tanto tempo os processos de adopção, reconhece ao DN o presidente do Instituto de Segurança Social (ISS).

Edmundo Martinho diz que a solução tem de passar pelos pais e pela sua maior consciencialização do que é a adopção. "Procuramos que percebam que é uma missão exigente e que podem ter o mesmo nível de gratificação com uma criança mais velha", disse ao DN. Em 2009, o ISS estabeleceu um protocolo com a Faculdade de Psicologia da Universidade do Porto para dar formação aos candidatos e ajudá-los a preparar a sua missão parental.
In Diário de Notícias
 
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